segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MULTICULTURALISMO FALHADO - Políticos sem Mão no Povo

MULTICULTURALISMO FALHADO
Encontramo-nos no Início dum novo Maio de 68


António Justo
O multiculturalismo „falhou redondamente”, acaba de dizer a chanceler alemã.

Isto significa a repulsa dum multiculturalismo de costas viradas uns para os outros e a afirmação dum interculturalismo aberto nos dois sentidos. A Europa perdeu demasiado tempo no jogo do pingue-pongue político que apostava numa tolerância que não passava de comodismo e indiferença.

Também a Chanceler Angela Merkel, na sequência de outros políticos e intelectuais, faz passar a mensagem, aos imigrantes de cultura árabe, de que não podem continuar a viver na Alemanha sem aceitarem os valores da Constituição alemã. O Presidente alemão, de visita à Turquia, fará lá passar a mesma mensagem e exigirá sinais concretos da sociedade turca no sentido de deixarem de perseguir os cristãos e as minorias.

A mensagem transmitida por Merkel aos Cristãos-Democratas (CDU) é uma resposta à voz do povo. Exige que os turcos aceitem que a Alemanha se orienta por ” valores cristãos”. Repete o apelo doutros políticos ao insistirem que aprendam a língua alemã. Esquece, porém, que na França a população islâmica fala bem o francês e os problemas ainda são maiores.

Assiste-se a um fenómeno novo na sociedade alemã. Toda a sociedade fala dos problemas da divisão da sociedade alemã, fala de xenofobia e da xenofilia. Em Hamburgo o povo impede uma reforma escolar do governo, em Estugarda o povo manifesta-se de maneira premente contra um projecto esbanjador de dinheiros públicos no plano megalómano da construção duma nova estação de comboio. Os 650 mil livros de Sarrazin com estatísticas sobre a realidade migrante e os problemas do precariado manifestam a impaciência dum povo demasiado habituado a ser açaimado com uma moral ideológica dos meninos-bem do pós-guerra.

Os políticos cada vez têm menos mão no povo, por isso vêem-se obrigados a descer à rua. Encontramo-nos nos começos dum Maio 68 diferente.

Na realidade assistimos a uma classe média apoquentada e desesperada perante uma economia e uma política distante de todos. A classe média, que era tradicionalmente a portadora de cultura e do bem-estar, constata que os seus filhos se encontram cada vez com menos perspectivas e em situação precária.

Uma sociedade, mais adulta, verifica também que os políticos não têm poder nem capacidade para domarem um turbo-capitalismo feroz e um liberalismo desumano.

O estado social que a velha burguesia criou na Europa encontra-se ameaçado. Por um lado a política desmiola-o e parte da migração vive dele; ao contrário do que acontece no Kuwait, USA, Canadá, e outros países fora da Europa. O bem-estar social alemão foi criado pelas pessoas simples . Os novos ricos desprezam tudo o que é povo!

Um jornalismo de ânimo leve fala com facilidade de xenofobia. Quem vê na discussão pública alemã um discurso anti-imigração não se deu conta ainda do que se passa na Alemanha nem dos verdadeiros problemas que preocupam o povo.

A radicalização do discurso público é uma resposta aos radicais da economia e da ideologia. Corresponde a um atestado de incompetência e de desconfiança nas pseudo-elites irresponsáveis e sem personalidade. O povo sacode os políticos e os intelectuais para que se dêem conta do que se passa.

António da Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@googlemail.com

11 comentários:

Jorge da Paz Rodrigues disse...

Prezado amigo:

Compreendo os receios alemães e franceses, mas estão agora a sofrer e recear o terem permitido e até incentivado a imigração de mão-de-obra barata, cuja integração descuraram, diga~se de passagem com alguma sobranceria.

Digo isto porque ainda há 20 anos atrás, os emigrantes portugueses nesses países eram tratados como pessoas inferiores...

Com todos os defeitos de Portugal, e são muitos, temos cá, sem problemas de maior, africanos (muitos, designadamente guineenses e moçambicanos, são da religião islãmica), brasileiros, ucranianos, eslavos, romenos, russos, etc.

Enfim, ao menos a nossa maneira universalista de conviver, tanto no passado como no presente, talvez seja algo de que nos podemos minimamente orgulhar.

Um forte abraço,
Jorge da Paz.

Anónimo disse...

Caro António Justo,

Compreendi bem as suas palavras e as razões do radicalização do discurso público.

Mas....será que o modelo de sociedade multicultural não permite o diálogo e a convivência entre as comunidades? Teremos que optar entre o direito de fazer exigências ou a prioridade do dialogo?

O radicalismo do discurso e a xenofobia não é um problema só da Alemanha. É também de outros países europeus.

Contudo a formação da Europa surgiu da multiculturalidade. E as guerras também! Será que a Europa não consegue gerir os valores da multiculturalidade? Será que esta intolerancia não comstitui uma ameaça à "construção" da União Europeia?

Já o Canadá , o Brasil, os EUA, etc. conseguiram gerir melhor a multiculturalidade dos milhões de seus imigrantes.

A Europa vai bem?

Saudações,

Margarida

António da Cunha Duarte Justo disse...

Prezada Margarida,
O problema começa pela definição de sociedade multicultural e de cultura.
Quanto a diálogo não o tem havido. Os alemães com o medo de serem apelidados de racistas e com o complexo de culpa herdada da segunda guerra mundial não se atreveram a discutir deixando-os andar à vontade. Um pressuposto essencial para o diálogo é a abertura das duas partes e o interesse no diálogo. Na Alemanha, a nível de imigrantes há diálogo e interesse de parte a parte; a maioria turca não se abre e quando o faz é apenas no trabalho ou por interesse próprio. Mesmo nas tentativas que associações e famílias alemãs tomam para os convidar, só aparecem os representantes, sem o povo; se, por acaso, o homem visita uma família alemã não retribui o convite para a própria família. (De notar que os migrantes turcos provêm das partes mais conservadoras e atrasadas da Turquia e muitos conservadores turcos têm mais hipótese de defender os seus hábitos tradicionais na Alemanha que na Turquia (uso do lenço nas escolas…).
continua

António da Cunha Duarte Justo disse...

Continuação
Até princípios de 80 a emigração dava-se para as empresas de trabalho. A partir da crise do petróleo a imigração turca continuou mas mais para as instituições sociais.
Quanto a exigências, as lobies turcas têm feito muitas sendo-lhe cedidas algumas. A nível cultural, os únicos que têm cedido são os alemães. As crianças turcas perdem oportunidades na sociedade alemã porque crianças turcas, filhas de turcos nascidos na Alemanha vão para a escola sem saberem o alemão. Se desejar ler algo sobre a solução deste problema leia por exemplo:
http://antonio-justo.blogspot.com/2008/06/bilinguismo-vantagem-de-ser-diferente.html

António da Cunha Duarte Justo disse...

Continuação

Diálogo pressupõe que as duas partes cedam. Não falo de cor porque dei muito da minha vida na defesa dos interesses dos turcos e muitas vezes até contra os alemães. A minha ingenuidade levava-me a falar como muito boa gente fala hoje sobre o problema da integração na Alemanha. Como chefe redactor da revista Gemeinsam tive oportunidade de conhecer as lobies estrangeiras. O problema não está nos turcos que são muito boa gente a nível popular; o problema está nas suas lobies e na indoutrinaçao que a Turquia exerce mas mesquitas da Alemanha. O governo turco envia mais de 600 ‘imans’ por ano que não sabem o alemão e fomentam guetos herméticos . Um outro problema é que a discussão sobre a multicultura foi enchida com conteúdos ligados principalmente a um partido onde turcos fazem carreira e que recruta muito do seu eleitorado daí. O tema multicultural não é inocente com será noutras partes do mundo onde a multicultura não surgiu da ideologia mas da vida partilhada que se tornou intercultura. Por esta e por outras sou um defensor do termo intercultura porque pressupõe o diálogo e o interdiálogo sem preconceitos das duas partes; multicultura, no contexto referido pressupõe a afirmação da cultura turca contra a cultura dos alemães.
O termo multicultura tem uma má conotação porque aqui se utilizou para defender, nos anos 80, valores culturais contra direitos humanos.
A Europa é um bom exemplo duma sociedade intercultural e aberta. Não é fácil porque tem uma camada social muito grande que se dá conta da problemática.
O Canadá, a USA e outros colocaram quotas e condições para a imigração não permitindo a imigração para a assistência social e para a Caixa de Previdência. Quem vai para o Brasil não vai fazer concorrência aos que vivem da assistência social.
A Europa vai mal, porque nela se prova o futuro do desenvolvimento do mundo. O mal dela é ser mais rica que outras regiões e atrair os pobres. A sua riqueza deve-se também devido ao colonialismo e à exploração de outros povos, o que justifica que agora seja a sua vez de bater à nossa porta exigindo para eles também uma fatia do bolo. Também se pode dizer que a Europa vai demasiado bem, senão não tinha os problemas que tem.
O mal está é no preconceito e na conversa fiada de muita boa gentinha que fala por falar ou se deixa instrumentalizar por grupos de interesse. Infelizmente a realidade não permite uma visão linear dos assuntos e muita argumentação e muita gente perde-se nas entrelinhas.
Pena é que imigrantes turcos tal como muita gente do precariado sofra, sendo vítimas da própria situação e da arrogância dos outros.
Fala-se contra turcos e contra alemães mas ninguém se dá conta que quem tem sido instrumentalizado e explorado têm sido alemães, turcos e estrangeiros por uma economia que para solucionar os seus problemas cria outros.
Hoje não teríamos os problemas e a discussão em curso se as bolsas do Estado estivessem cheias como nos anos 60.
O tema é demasiado complexo e de tal modo diversificado de continente para continente que não pode ser compreendido cabalmente.
Se seguíssemos o apelo do amor ao próximo e entendêssemos todos a parábola do samaritano, os problemas seriam menores. O problema começa quando uns começam a ter razão sobre os outros e quando a riqueza e o bem estar de uns se adquire à custa dos outros. Teria imenso para dizer mas quanto mais se diz menos se acerta! Por de trás de palavras iguais encontram-se ideias e experiências diferentes.
Sou do parecer que não chega uma cultura do diálogo, do eu e do tu. Precisamos é duma cultura do triálogo, do eu-tu-nós. Esta encontra-se escondida na Trindade e na física quântica, penso eu! Até chegarmos a uma cultura integradora e não apenas dialéctica teremos que sofrer todos um pouco mais.
Um abraço cordial
António Justo

Anónimo disse...

Caro António Justo,

Conforme diz, a situação da integração dos imigrantes na Europa varia de país para país. Na Alemanha, por exemplo, imigrantes e alemães vivem muito paralelamente e pouco, conjuntamente. Pergunto: Pode fazer uma comparação sobre a mesma situação em Portugal? A relação dos portugueses com os imigrantes? Quanto à relação dos muçulmanos com outras comunidades, sei que em Portugal a convivência é pacífica!

Mas o problema da integração dos imigrantes e filhos continua problemático em toda a Europa. Suponho. Os dados da Alemanha são preocupantes, quando se sabe, que entre as crianças e jovens de famílias imigrantes "diminui a participação no sistema educacional em cada grau mais elevado de ensino". O resultado é que 40% dos jovens, com passaporte estrangeiro, não possuem formação profissional e que apenas 8% conseguem aprovação no Abitur, o exame médio que dá direito de acesso às universidades. E que a mais alta cota de adultos sem qualificação profissional, 72%, é registrada entre homens e mulheres de origem turca.
Mas estes dados, certamente, que se repetem em outros países, nomeadamente em Portugal. A Europa está com dificuldades em dar uma resposta positiva às migrações. Não sabe como lidar? A França agora expulsou os ciganos romenos. E a crise está provocando atitudes xenófobas por parte dos europeus em relação aos imigrantes. Em muitas latitudes provocando tensões explosivas. Na França por exemplo!

Mas é claro que não podemos comparar as relações dos "nacionais com os imigrantes" na Europa com a nos EUA, Canadá, Brasil.

Este assunto é muito importante para mim. Há que acompanhar.

Saudações,
Margarida

António da Cunha Duarte Justo disse...

Querida Margarida,
Não me sinto suficientemente informado e não tenho experiência directa para poder dar resposta sobre a situação dos imigrantes em Portugal. Além disso Portugal não tem iniciativa a nível de política. Os Governos vão administrando a miséria criada ou cultivada estando mais preocupado com problemas de imagem do que com realidades sejam elas económicas ou sociais. Portugal vive à sombra da EU e da emigração; por isso creio que saberá administrar bem a questão dos imigrantes. Quanto ao povo esse é um povo de boa gente habituado a uma relação boa a nível de indivíduo para indivíduo. Os pobres são solidários entre si. O problema conflitual é mais uma questão de superstruturas que sabem canalizar as disputas para o povo à medida dos seus(elites).
Sim, a convivência dos muçulmanos em Portugal parece pacífica, tal como o era na Alemanha no tempo em que a sua quantidade de muçulmanos no país ainda era irrelevante em termos de percentagem populacional. Os Estados Unidos, que têm tantos muçulmanos como a Alemanha teve um comportamento diferente na política de imigração; a mesma USA faz pressão sobre a Europa para que deixe entrar os turcos!
Naturalmente que os pobres e com eles muitos emigrantes têm dificuldades numa sociedade competitiva; o problema turco/árabe na Europa está nos seus Guetos. Querem aproveitar o máximo da sociedade empenhando-se menos. Têm certas características comuns à raça cigana (ambas culturas nómadas) e por isso têm problemas e criam problemas às culturas sedentárias!
Quanto aos dados estatísticos não há critérios aferidos para se fazer uma comparação. Por outro lado a preocupação dos políticos em Portugal no que diz respeito à formação é diferente à da Alemanha ou das nações fortes. A Alemanha está preocupada em dar uma formação sólida a todos os seus habitantes porque sabe que da formação surge o desenvolvimento; Portugal, por seu lado, está a fazer o contrário: proletariza a formação escolar e desce cada vez mais os critérios de exigências aos alunos. Enquanto a Alemanha está preocupada em formar técnicos que enriqueçam o país, Portugal, isto é as elites preferem um povo incapaz de argumentar para as deixar viver em paz; para o governo basta-lhe que o povo se arranje e se emigrar não há problema porque a sua saudade os fará mandar as remessas de dinheiro para Portugal e assim continuar a manter uma mentalidade parasitária encostada à administração e ao Estado. Portugal tem população mas ainda não tem povo, tal como acontece no Brasil, Moçambique, Angola, etc. Por isso é fácil para as elites fazer o que querem.
Naturalmente que um país quanto mais tem mais egoísta se torna. Facto é que ciganos e outros não procuram os países onde o Estado não é providencial e onde não haja um mínimo de respeito pelos pobres. A sua cultura não se orienta para o trabalho e têm outros critérios de vida e de valores que muitas vezes contradizem os dos autóctones.
O maior problema está no facto de diferentes povos terem diferentes conceitos de economia e de se arranjar economicamente cada um à sua maneira.
Os políticos deixaram-se levar nos anos 60 e sequentes pelas promessas das multinacionais, tal como hoje se deixam levar pela sua nova estratégia turbocapitalista a nível global.
Os políticos europeus cometeram o erro de atraiçoar os interesses do povo a longo prazo e agora o povo tem que aguentar os estilhaços que as elites deixam no povo e nas nações.
Este assunto é muito importante o problema é que é utilizado para a defesa de ideologias e de preconceitos formados!
Escrevi tudo a correr pois devido à escrita que continuamente tenho entre mãos não me permite tempo para correcções ou aferimento de ideias.
Um abraço cordial
António Justo

António da Cunha Duarte Justo disse...

Querida Margarida,
Não me sinto suficientemente informado e não tenho experiência directa para poder dar resposta sobre a situação dos imigrantes em Portugal. Além disso Portugal não tem iniciativa a nível de política. Os Governos vão administrando a miséria criada ou cultivada estando mais preocupado com problemas de imagem do que com realidades sejam elas económicas ou sociais. Portugal vive à sombra da EU e da emigração; por isso creio que saberá administrar bem a questão dos imigrantes. Quanto ao povo esse é um povo de boa gente habituado a uma relação boa a nível de indivíduo para indivíduo. Os pobres são solidários entre si. O problema conflitual é mais uma questão de superstruturas que sabem canalizar as disputas para o povo à medida dos seus(elites).
Sim, a convivência dos muçulmanos em Portugal parece pacífica, tal como o era na Alemanha no tempo em que a sua quantidade de muçulmanos no país ainda era irrelevante em termos de percentagem populacional. Os Estados Unidos, que têm tantos muçulmanos como a Alemanha teve um comportamento diferente na política de imigração; a mesma USA faz pressão sobre a Europa para que deixe entrar os turcos!

António da Cunha Duarte Justo disse...

Continuaçao
Naturalmente que os pobres e com eles muitos emigrantes têm dificuldades numa sociedade competitiva; o problema turco/árabe na Europa está nos seus Guetos. Querem aproveitar o máximo da sociedade empenhando-se menos. Têm certas características comuns à raça cigana (ambas culturas nómadas) e por isso têm problemas e criam problemas às culturas sedentárias!
Quanto aos dados estatísticos não há critérios aferidos para se fazer uma comparação. Por outro lado a preocupação dos políticos em Portugal no que diz respeito à formação é diferente à da Alemanha ou das nações fortes. A Alemanha está preocupada em dar uma formação sólida a todos os seus habitantes porque sabe que da formação surge o desenvolvimento; Portugal, por seu lado, está a fazer o contrário: proletariza a formação escolar e desce cada vez mais os critérios de exigências aos alunos. Enquanto a Alemanha está preocupada em formar técnicos que enriqueçam o país, Portugal, isto é as elites preferem um povo incapaz de argumentar para as deixar viver em paz; para o governo basta-lhe que o povo se arranje e se emigrar não há problema porque a sua saudade os fará mandar as remessas de dinheiro para Portugal e assim continuar a manter uma mentalidade parasitária encostada à administração e ao Estado. Portugal tem população mas ainda não tem povo, tal como acontece no Brasil, Moçambique, Angola, etc. Por isso é fácil para as elites fazer o que querem.
Naturalmente que um país quanto mais tem mais egoísta se torna. Facto é que ciganos e outros não procuram os países onde o Estado não é providencial e onde não haja um mínimo de respeito pelos pobres. A sua cultura não se orienta para o trabalho e têm outros critérios de vida e de valores que muitas vezes contradizem os dos autóctones.
O maior problema está no facto de diferentes povos terem diferentes conceitos de economia e de se arranjar economicamente cada um à sua maneira.
Os políticos deixaram-se levar nos anos 60 e sequentes pelas promessas das multinacionais, tal como hoje se deixam levar pela sua nova estratégia turbocapitalista a nível global.
Os políticos europeus cometeram o erro de atraiçoar os interesses do povo a longo prazo e agora o povo tem que aguentar os estilhaços que as elites deixam no povo e nas nações.
Este assunto é muito importante o problema é que é utilizado para a defesa de ideologias e de preconceitos formados!
Escrevi tudo a correr pois devido à escrita que continuamente tenho entre mãos não me permite tempo para correcções ou aferimento de ideias.
Um abraço cordial
António Justo

António da Cunha Duarte Justo disse...

Continuação
Naturalmente que os pobres e com eles muitos emigrantes têm dificuldades numa sociedade competitiva; o problema turco/árabe na Europa está nos seus Guetos. Querem aproveitar o máximo da sociedade empenhando-se menos. Têm certas características comuns à raça cigana (ambas culturas nómadas) e por isso têm problemas e criam problemas às culturas sedentárias!
Quanto aos dados estatísticos não há critérios aferidos para se fazer uma comparação. Por outro lado a preocupação dos políticos em Portugal no que diz respeito à formação é diferente à da Alemanha ou das nações fortes. A Alemanha está preocupada em dar uma formação sólida a todos os seus habitantes porque sabe que da formação surge o desenvolvimento; Portugal, por seu lado, está a fazer o contrário: proletariza a formação escolar e desce cada vez mais os critérios de exigências aos alunos. Enquanto a Alemanha está preocupada em formar técnicos que enriqueçam o país, Portugal, isto é as elites preferem um povo incapaz de argumentar para as deixar viver em paz; para o governo basta-lhe que o povo se arranje e se emigrar não há problema porque a sua saudade os fará mandar as remessas de dinheiro para Portugal e assim continuar a manter uma mentalidade parasitária encostada à administração e ao Estado.
continua

António da Cunha Duarte Justo disse...

Portugal tem população mas ainda não tem povo, tal como acontece no Brasil, Moçambique, Angola, etc. Por isso é fácil para as elites fazer o que querem.
Naturalmente que um país quanto mais tem mais egoísta se torna. Facto é que ciganos e outros não procuram os países onde o Estado não é providencial e onde não haja um mínimo de respeito pelos pobres. A sua cultura não se orienta para o trabalho e têm outros critérios de vida e de valores que muitas vezes contradizem os dos autóctones.
O maior problema está no facto de diferentes povos terem diferentes conceitos de economia e de se arranjar economicamente cada um à sua maneira.
Os políticos deixaram-se levar nos anos 60 e sequentes pelas promessas das multinacionais, tal como hoje se deixam levar pela sua nova estratégia turbocapitalista a nível global.
Os políticos europeus cometeram o erro de atraiçoar os interesses do povo a longo prazo e agora o povo tem que aguentar os estilhaços que as elites deixam no povo e nas nações.
Este assunto é muito importante o problema é que é utilizado para a defesa de ideologias e de preconceitos formados!
Escrevi tudo a correr pois devido à escrita que continuamente tenho entre mãos não me permite tempo para correcções ou aferimento de ideias.
Um abraço cordial
António Justo