sábado, 5 de novembro de 2022

ENCONTRO DO CHANCELER SCHOLZ COM O PRESIDENTE XI EM PEQUIM

                 “Política de uma só China” e por que não Política de uma só Europa?

 

 No programa de visita de 11 horas à China (4.11.2022), o chanceler alemão, acompanhado da sua delegação com mais de 60 pessoas (funcionários, empresários, jornalistas) esperava que o presidente chinês Xi Jinping o apoiasse na sua política relativa à Ucrânia e criticasse Putin!

Scholz declarou que a Alemanha segue a "política de uma só China", isto é, de China e Taiwan unidas, pressupondo-se que alterações do status quo só podem ter lugar "pacificamente e de comum acordo" e advertiu a China contra uma intervenção militar. O presidente chinês não criticou a Rússia. Xi Jinping limitou-se a advertir: "A utilização de armas nucleares ou a ameaça delas deve ser rejeitada" e disse ainda que a comunidade internacional deveria trabalhar para assegurar que "as armas nucleares não possam ser utilizadas e as guerras nucleares não possam ser combatidas"(1)...

Scholz foi sozinho sem o presidente francês Mácron...

O chanceler, ao ser o primeiro político do Ocidente a visitar o presidente Xi Jinping agora reeleito, revela coragem e por outro, a dependência alemã da China...

Scholz conseguiu trazer já algo na bagagem: BioNTech passa a ter acesso ao mercado chinês podendo estrangeiros que vivam na China ser vacinados com ela. Scholz espera que em breve chegue a haver "uma disponibilidade geral da vacina BioNTech" também para os chineses...

Resta uma pergunta: se a Alemanha segue a “política de uma só China” porque não prever também a longo prazo uma política de uma só Europa?

 

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=7942

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