domingo, 25 de fevereiro de 2024

70.000 SOLDADOS UCRANIANOS MORTOS E 120.000 RUSSOS EM DOIS ANOS DE GUERRA

 A Cidade de Coimbra tem bastante menos habitantes do que soldados mortos na Ucrânia

 

No segundo aniversário da guerra ucraniana, os meios de comunicação alemães citam números macabros como resultado da guerra ucraniana.

Segundo informações das Nações Unidas houve 10.000 vítimas civis e o dobro de feridos. Quatro em cada cinco vítimas estavam em áreas controladas pelo governo, as restantes em áreas ocupadas pela Rússia.

Quanto aos soldados mortos, as estimativas dos EUA do verão de 2023 colocam o número em 70 mil soldados ucranianos e 120 mil russos.

Segundo o ACNUR, desde o início da guerra, 6,5 milhões de ucranianos fugiram para o estrangeiro e 3,7 milhões foram deslocados dentro do país. 65% dos que fugiram para o estrangeiro esperam um dia regressar à Ucrânia.

O governo ucraniano estima que a destruição e os danos materiais se cifram em 152 mil milhões de dólares.

É difícil acreditar como é que os problemas se desenvolveram a tal ponto desastroso  entre a Rússia e a Europa. Ainda em 2001, Putin foi aplaudido no Parlamento alemão quando defendia uma zona económica de Lisboa a Vladivostok.

Em 2010, o geostrategista americano Georg Friedmann disse que não deveria acontecer que matérias-primas baratas da Rússia e a mais recente tecnologia da Europa, especialmente da Alemanha, se juntassem. Caso contrário, os EUA como potência mundial ficariam enfraquecidos.

Em 1997, outro geostrategista, Brzezinski já tinha escrito que se se puxar a Ucrânia para o Ocidente e se a convidássemos para a NATO, a Rússia ficaria enfraquecida.

Em 2014, os EUA apoiaram o golpe na Ucrânia. Seguiu-se então a tragédia da guerra civil com o apoio da Rússia e as táticas erradas da Europa que embocaram na guerra aberta entre a Rússia e a Ucrânia, uma espécie de guerra delegada da geopolítica (americana e russa). Uns e outros querem um pedaço de bolo sujo amassado com o sangue do povo!

A Europa mostraria espírito humanista cristão no interesse da paz e da Europa se em vez ​de fornecer armas iniciasse negociações de paz no sentido de uma Ucrânia neutra.

Tudo isto se resume numa vergonha civilizacional. Guerras são atentados contra a humanidade e testemunho do fracasso político e governamental e de povos submersos.

António CD Justo

Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9091

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