Investigação sobre Imoralidade na Riqueza
A Honra do rico é a sua Toalha
António Justo
Ricos mentem mais e têm menos consideração por outros,
ensina o preconceito e confirma uma investigação.
Segundo uma investigação levada a efeito nos USA a
riqueza atrai a violação da lei.
Nos USA condutores com carros de prestígio são
considerados como impiedosos e atrevidos. Um estudo feito veio comprovar que
isso corresponde à realidade. Pessoas ricas em autos ricos transgridem mais as
leis do que pessoas com carros médios ou pequenos. Os cientistas da
Universidade da Califórnia (Berkeley/US-Staat K.) chegaram também à conclusão
que membros da camada social superior mentem mais que membros da camada social
inferior. A ganância, para os mais ricos testados, não constituía, duma maneira
geral, problema moral. Nas elites é prevalente a concretização dos próprios
interesses. Naturalmente que não se pode generalizar porque também nas camadas
superiores há muito boa gente que se orienta por fins superiores.
Ricos não têm consideração por muitas regras porque sabem
que não sofrem as consequências directamente no pelo, porque partem do
princípio que o dinheiro pode comprar quase tudo. O preconceito de que os
ricos não tomam a sério a moral é apoiado por esta investigação. Não é
fácil manter o equilíbrio entre os próprios interesses e os da comunidade.
Na nossa sociedade contorna-se a moral com muita
facilidade. A usura praticada por especuladores da Bolsa (certos ordenados
de banqueiros, de futebolistas e de muitos parasitas de empresas, Estado e
instituições), fazendo o seu negócio com a insolvência de firmas e Estados à
custa dos trabalhadores e dos cidadãos brada aos céus.
Não se trata de condenar quem é rico mas de lembrar que
riqueza implica sempre uma componente e um dever social. Se mandássemos fazer
uma investigação sobre a proporção de pessoas do crime registado, certamente
que as encontraríamos muito mais nas camadas baixas. Isto apenas revela a
mobilizaç1bo da agressividade latente em cada pessoal desde que se encontre em
determinada situação.
Com investigações poder-se-iam fomentar ainda mais
preconceitos dado a virtude e o mal espreitam em cada humano. Há muita gente
rica com consciência social. O problema está mais nos super-ricos, que afirmam
o seu negócio com agressividade tal como acontece na condução na estrada. A
honra do rico é a sua toalha mas o pobre não deve ser privado duma toalha
honrada a que se possa limpar.
Riqueza um Perigo ameaçador de Estados
Muitas vezes não se nota nos pequenos a sua
corruptibilidade porque se limitam a pouca. A corrupção dos ricos usa uma
medida e a dos pobres usa uma outra.
O que se possui deve provir, duma maneira geral, do
próprio trabalho.
O Estado deveria intervir regulando a usura escandalosa. Quem
ganha mais de 25 vezes do que o salário mínimo deveria ser condicionado a
empregar o excedente em instituições de caracter cultural e social. Cada
pessoa quer ser orgulhosa por algo, o que é legítimo. Uma igualdade de
cemitério seria catastrófica como se demonstrou nos estados socialistas; uma
desigualdade vistosa e imoral, como se observa no turbo-capitalismo destrói
qualquer ética de coesão social.
A sociedade em que vivemos, atendendo à sua insegurança,
não favorece o desprendimento. Por isso muito boa gente se vê obrigada a
precaver-se do futuro, acumulando riqueza para si e para os filhos. Uma
sociedade cada vez mais contra instituições morais, cada vez mais egoísta
aposta na diferenciação exagerada. Disto sofre a humanidade.
Necessita-se uma cultura da dignificação da honra no
oferecer. Uma maneira gratificante no oferecer seria ajudar directamente
pessoas necessitadas ou prestar ajuda através de ordens e congregações onde
vivem pessoas (sem ordenado material) que entregam a sua vida ao serviço do
próximo sem olhar a quem.
O mérito social, a virtude, o cultivo do bem e do belo
terão de ser tomados a sério pela sociedade, doutro modo, a riqueza de alguns
torna-se num perigo público.
António da Cunha Duarte Justo
Sem comentários:
Enviar um comentário