quinta-feira, 26 de abril de 2018

NO NEVOEIRO OS SATÉLITES BRILHAM MAIS

NO NEVOEIRO OS SATÉLITES BRILHAM MAIS

Meu Portugal, sem rei nem roque
De alma à chuva e corpo ao vento
Num abrigo descansa a mente
Sempre à espera do sol-nascente


Alheio anda, sempre adiado
Cão rafeiro bem-educado
Passa a vida enfileirado
Já nem nota o cadeado.

Minha gente no nevoeiro
Já nem sabe pra onde vai
No escuro tudo é brilho
E os satélites brilham mais

© António da Cunha Duarte Justo, in Nas Pegadas da Poesia, OxaláEditora

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