quarta-feira, 2 de agosto de 2023

JOVENS CRISTÃOS VINDOS DO MUNDO FESTEJAM A VIDA EM PORTUGAL

"QUE ROTA SEGUES, OCIDENTE, SE INVESTES EM ARMAS E NÃO NO FUTURO DOS FILHOS?"

 

A 37ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começou na terça-feira (01/08/23) em Lisboa com mais de 250 mil peregrinos de todo o mundo na cessão de abertura pelo cardeal-patriarca. Esta festa da fé dura até sábado e conta-se que congregará 1,5 milhão de peregrinos jovens.

A celebração de abertura feita pelo cardeal-patriarca teve a presença de 7.120 padres, 500 bispos e 20 cardeais. Na celebração de abertura participaram também 200 artistas. Na distribuição da comunhão estiveram 1.800 pessoas e 7.000 voluntários apoiantes e havia 150 confessionários disponíveis.

A cidade tem mais de 100 espaços para 480 eventos de 55 países. Os jovens também têm oportunidade de se encontrarem com os seus bispos.  Há mais de 90 palcos com 600 eventos e 2.500 artistas. Há também 16.000 agentes e 2.500 bombeiros a garantir a segurança.

Como é natural num mundo dividido, as forças agressivas aproveitam-se de tais eventos para mostrarem a sua presença destrutiva que, doutro modo, estaria destinada a morrer na privacidade do seu dia-a-dia. Para muitos, numa Europa envelhecida e materializada constitui afronta o facto de uma Igreja que desejariam ultrapassada encontre tanta ressonância no mundo jovem. Grupos interessados em explorar o homem pelo homem revelam-se contra a espiritualidade, porque esta é o âmbito privado que dá força aos muitos que são desprovidos dela. Havia iniciativas do estrangeiro em vir perturbar os eventos da JMJ com cenas de colagem de corpos e corpos nus em certos lugares onde o Pontífice passaria; serviços secretos internacionais colaboram com os serviços portugueses que pensam ter tudo sob controle. 

O Papa ao chegar a Portugal (02.08.2023) pediu à Europa envelhecida que se mostre capaz de acabar com “o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios”.

Uma “boa política” deve “corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riqueza, mas não a distribui empobrecendo os recursos e os ânimos”.

Lisboa que nas descobertas levou o cristianismo ao mundo, hoje bastante envelhecida e esquecida, recebe de volta o cristianismo de brilho nos olhos vindo de todo o mundo. Surge uma brisa de sonho e de eterna juventude. Citações do SUMO Pontífice no discurso ao corpo diplomático em nota (1).

António CD Justo

Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8701

(1) "Que rota segues, Ocidente, se investes em armas e não no futuro dos filhos?”

"Para onde navegam se não oferecem caminhos de Paz?"

Estou "feliz por estar em Lisboa, cidade do encontro que abraça vários povos e culturas e que, nestes dias, se mostra ainda mais universal; torna-se, de certo modo, a capital do mundo", "condiz bem com o seu caráter multiétnico e multicultural (penso, por exemplo, no bairro da Mouraria, onde convivem pessoas provenientes de mais de sessenta países) e revela os traços cosmopolitas de Portugal, que afunda as suas raízes no desejo de se abrir ao mundo e explorá-lo, navegando rumo a novos e amplos horizontes".

“Olhando com grande afeto para a Europa, no espírito de diálogo que a carateriza, apetece perguntar-lhe: Para onde navegas, se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo?... Que rota segues, Ocidente? A tua tecnologia, que marcou o progresso e globalizou o mundo, sozinha não basta; e muito menos bastam as armas mais sofisticadas, que não representam investimentos para o futuro, mas empobrecimento do verdadeiro capital humano que é a educação, a saúde, o estado social. Fica-se preocupado ao ler que, em muitos lugares, se investem continuamente os recursos em armas e não no futuro dos filhos.... Para onde navegais, Europa e Ocidente, com o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios? Para onde ides se, perante o tormento de viver, vos limitais a oferecer remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte, solução cômoda que parece doce, mas na realidade é mais amarga que as águas do mar?”

Cita Fernando Pessoa: «Navegar é preciso; viver não é preciso (...); o que é necessário é criar» (Navegar é preciso). Trabalhemos, pois, com criatividade para construirmos juntos!

Cfr:

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-08/papa-francisco-portugal-jmj-encontro-autoridades-sociedade-civil.html

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