terça-feira, 27 de setembro de 2011
Encerramento do Vice Consulado de Frankfurt e do Posto de Osnabrueck – Um Escândalo
Os gastos com os nossos ricos das Embaixadas e dos Ministérios são tabus
António Justo
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal determinou encerrar o Vice-Consulado de Frankfurt, e o Posto de Osnabrueck, já no próximo mês de Dezembro. O Posto de Frankfurt, tem uma basta área geográfica que abrange três Estados federados da Alemanha.
Há dois anos o Consulado-Geral de Frankfurt foi reduzido a Vice-consulado para se possibilitar o Posto de Osnabrueck.
O argumento agora apresentado para extinguir o Posto de Frankfurt é a poupança. Também a poupança requer ser feita com inteligência e eficiência, ou segue-se o princípio de extinguir os locais onde se espera menos resistência política.
Deparamos com uma poupança atabalhoada que não contempla um programa racional de poupança eficaz nem pondera a possibilidade dum serviço à comunidade com menos custos. Delibera-se, autoritariamente, sem um plano eficiente de poupança racional a efectuar e sem uma estratégia como atingir os objectivos da poupança determinada mantendo o máximo de serviço à comunidade com a verba reduzida.
Facto é que não pode despedir o pessoal e a sua transferência vai criar grandes dificuldades às comunidades de portuguesas por ele servidas. Em Frankfurt, tal como noutras representações diplomáticas, poder-se-ia diminuir drasticamente os pesados encargos com aluguer de instalações e talvez com outras poupanças a nível interno de maneira a os funcionários continuarem a manter o serviço aos utentes. Podiam manter-se locais de serviço fazendo funcionários deslocar-se a outros postos carentes de pessoal… Frankfurt é uma zona rica e o centro das finanças da EU. Enquanto outros países procuram manter o contacto com este centro europeu, Portugal despede-se dele.
Porque não se diminuem as repartições onde moram os ricos começando pelas embaixadas e serviços altos do Estado? Almeida Garrett constatava já: “E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?” Portugal poupa mal e nos lugares falsos.
Portugal paga 60.000€ mensais pelo aluguer do alojamento em Berlim
Portugal pretende manter o Brilho da Embaixada à custa de Serviços consulares. Embora possuindo um terreno em Berlim, o Estado português paga 29.894,93 euros de aluguer pelas instalações da Embaixada e 12.782,30 euros pela residência do Embaixador, num total mensal de 42.677,23 euros, como referia já o Portugal Post em 2008. Agora com a repartição de turismo a conta subiu, pelo que consta, para a 60.000 € mensais. Não se refira já os gastos com mensalidades a dignitários da Embaixada com ordenados mastodônticos e carros ao serviço, cujo trabalho poderia ser garantido com despesas módicas. De consciência embaçada, vivem bem nos seus guetos discretos e imperceptíveis à comunidade e à sociedade alemã, gastando o dinheiro que a Nação não tem.
Portugal para ser humano e moderno terá de racionalizar os gastos com a sua vaidade, com os que vivem para lá da barreira do povo e não apenas com os que trabalham directamente com ele. O povo já é demasiado pobre. A crise não se resolverá porque o problema está em manter os nossos ricos da sociedade e do Estado.
Se em tempos de guerra não se limpam armas, porque se não reduzem também os consulados de Hamburgo, Düsseldorf e Estugarda a vice-consulados? Mantinham-se os serviços sem nenhum prejuízo para a produtividade. Com o dinheiro poupado nestes cargos honoríficos improdutivos tapar-se-iam buracos sem abrir outros. Se um vice-cônsul é um trabalhador um Cônsul é um senhor! Estes justificam-se só a nível excepcional. O único critério da sua sustentabilidade deveria ser o que conseguem, em cifras, obter para Portugal.
Também não se conhece nada do que terão feito os cônsules de Estugarda, de Dusseldorf e de Hamburgo, o que, a seguir a mesma lógica, também estes deveriam ser reduzidos a vice-consulados, destinando-se as centenas de milhares de euros anualmente poupados na promoção das actividades associativas e cívicas em torno do consulado ou para os fins da poupança.
Fazer dos Consulados e das Embaixadas Casas da Porta Aberta de Portugal
Uma política de reestruturação consular e das embaixadas (destas ninguém fala!...) terá que assentar em dados científicos e numa política prospectiva que tenha em conta uma acção programática portuguesa a curto prazo para os próximos 10 – 20 anos. Os vice-consulados terão de se tornar em Centros da Porta Aberta, em Casas de Portugal onde se realizam as mais diferentes actividades.
Os funcionários dos postos deveriam ter competência para estabelecerem ligações comerciais e industriais com empresas alemãs de modo a cativar investimento para Portugal. Para isso o Estado português teria de saber o que quer, não se podendo limitar a medidas cosméticas, reagindo a interesses parciais instalados.
A economia e a cultura serão os determinantes do futuro. As Casas de Portugal terão de se tornar biótopos, viveiros de toda a vida das regiões onde se encontram os portugueses. Portugal não se torna caro com os funcionários que servem directamente o povo; Portugal é pobre pelos custos que tem com uma alta burocracia parasitária improdutiva.
Não chega criar “condições para responder às solicitações” dos utentes; é preciso antecipar-se a elas e aos instalados no sistema. Precisa-se dum novo perfil de pessoal das embaixadas e de postos consulares (verdadeiras Casas de Portugal). Apesar da “revolução” as embaixadas resistiram aos ventos da mudança.
Uma democracia, se de facto o é, deverá pedir contas aos seus representantes. Os Embaixadores, os conselheiros de embaixada, os cônsules, vice-cônsules, deveriam tornar público um plano bienal que mostre o programa a realizar concretamente por eles. Naturalmente que de dois em dois anos deveria ser apresentado um relatório do que fizeram ou deixaram de fazer e porquê. Assim a comunidade adulta poderia controlar o que os seus “servidores” fazem e intervir no sentido de se promover Portugal em vez de viver à custa dele. A comunidade civil tem o direito de saber o que os seus mais altos funcionários fazem. A um professor, que ganha um quarto ou até menos dum quinto do que muitos destes senhores recebem, exigem-se relatórios irracionais e àqueles deixa-se andar à vontade com relatórios internos feitos para contentar a administração e sem um mínimo de controlo de eficácia.
Como poderá Portugal permitir que pessoas ocupem cargos administrativos improdutivos e recebam do erário público mais de dois mil contos por mês sem apresentarem contas do que fazem à comunidade civil? É pena que a grande maioria suje a veste de alguns poucos. Isto escandaliza e torna ridículas as medidas que o MNE toma.
A reestruturação dos consulados terá de ser mais radical a nível de concepção, de estratégias, de perfil do pessoal e de excussão. Antes porém deveria começar-se pelas Embaixadas, verdadeiros absorvedores dos dinheiros públicos. Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, não se deixe atemorizar pelos boys da sua casa grande. Não actuar é beneficiar a praga dos gafanhotos. Eles comem tudo e não deixam nada.
Todos estamos dispostos a contribuir para restabelecer a honra enxovalhada da nação. Queremos porém que os que nos conduziram a esta situação não sejam indulgenciados como continuam a ser.
(Envio este texto também ao Senhor Primeiro ministro e ao senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros.)
António da Cunha Duarte Justo
(Conselheiro Consultivo do Vice-Consulado de Frankfurt)
antoniocunhajusto@googlemail.com
www.antonio-justo.eu
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23 comentários:
Meu caro Prof. António Justo:
Não conheço Frankfurt, nem Osnabrueck, nem sequer a Alemanha, mas acredito naquilo que expõe com toda a frontalidade.
Conheço, porém, a forma algo displicente como os nossos diplomatas servem Portugal, com raras e honrosas excepções, como é o caso de Seixas da Costa, ora em Paris, depois de ter feito um ótimo trabalho em Brasília, de tal forma que ainda hoje é recordado lá com saudade.
Tanto quanto sei, os Vice-Consulados foram uma forma que o anterior governo encontrou de servir alguma "clientela" política, visto não serem diplomatas de carreira que os chefiam (isto no Brasil, na Alemanha não sei), e não sendo propriamente devido à necessidade de acudir ao aumento de emigrantes portugueses (mais uma vez refiro-me ao Brasil, que melhor conheço).
Desconfio que na Alemanha não será muito diferente, embora admita que, entretanto, o número de portugueses em Frankfurt e Osnabrueck, justifiquem presentemente e existência do Vice-Consulado e do Posto Consular.
Mas, mais grave, é o que se passa desde há mais de 1 ano na Suíça, com os ordenados em euros pagos aos funcionários a desvalorizarem de dia para dia, face ao fortalecimento do franco suíço perante o euro, originando que muitos funcionários portugueses estejam a viver quase indigentes, de tal modo que entraram em greve vai para 1 mês e o MNE não dialoga nem sequer os recebe... e, entretanto, os emigrantes na Suíça vão esperando...
É sobretudo este "deixa andar" do MNE que eu censuro e que contrasta com o resto dos membros do governo, pois a maioria dos ministros e secretários de estado de outros departamentos, mal ou bem, esforçam-se por resolver os problemas e dignificar as suas funções, mas, no MNE, viaja-se, viaja-se os problemas amontoam-se.
Assim , a terminar, diria que o MNE parece mais um "acumulador"... e isso é mau.
Um abraço amigo.
Jorge da Paz Rodrigues
Este amigo Jorge da Paz Rodrigues deve viver ou conhecer um Brasil que eu desconheço. Seria bom que ele apontasse quais são os Vice-Consulados no Brasil para os quais foram nomeados clientes políticos.
É que mandar a boca sem chamar os bois pelos nomes, como diz o povo, é, no mínimo, falta de coragem.
Mas eu creio que ele fala de um outro Brasil. Só pode ser!
Sérgio Esteves
No 1º parágrafo, 3ª leia-se "tem uma vasta área"
Não não falo de "outro" Brasil, mas sim do único que existe!
Comecemos pelo Embaixador, que ora cessa funções, Dr. João Salgueiro: apagado, sem praticamente nunca aparecer em defesa das posições de Portugal, apenas se lhe conhecendo a sua presença no Itamaraty para o estritamente necessário.
Consulados encerrados sem uma justificação e ao fim de mais de 30 ou 40 anos, vimos por exemplo o de Santos, que servia uma comunidade de mais de 30.000 portugueses, ao mesmo tempo que eram criados Vice-Consulados "políticos" (se quiser pró-PS), como o de Fortaleza, onde talvez vivam cerca de 1.000 portugueses...
Outro Consulado onde reina a "confusão" é o de São Paulo, o que já é muito grave, pois a comunidade de emigrantes portugueses é muito grande. E ao que me dizem no da Bahia é o mesmo.
Quero, porém, ressalvar o bom trabalho, em todos os campos, que o Consulado-Geral do Rio tem feito. Em termos de "papelada", de defesa dos emigrantes e de informação/esclarecimento tem mesmo um bom naipe de funcionários, que eu aqui elogio.
E não fale "grosso", pois, infelizmente, a maioria dos nossos diplomatas (sejam Embaixadores ou só Cônsules), no Brasil e em muitos outros países, como é voz corrente e eu já confirmei em vários lados, parece que vão mais para os diversos postos passar férias do que para defender os interesses de Portugal e dos portugueses. Espero que o novo governo consiga pôr esta gente a trabalhar.
Claro que há excepções, como é o caso de Seixas da Costa, ora em Paris, como já referi.
Cordiais cumprimentos.
Jorge da Paz Rodrigues
Caro António Justo,
Compreendo a sua indignação...! Conheço muitas das situações que refere e subscrevo algumas das suas criticas. Porém, como conheço relativamente bem aquilo de que fala sou obrigada a discordar de outras. Nomeadamente, no que se refere á necessidade premente de se proceder a uma reformulação do conceito e a uma reestruturação profundissima da Diplomacia Portuguesa. Não podemos querer ser cidadaos do Séc. XXI e defender modelos organizacionais e de funcionamento gizados (em alguns casos) no Séc. XIX.
Como não estou ligada a essa "máquina" tenho uma visão distanciada e desapaixonada, logo, mais isenta dessa mesma "máquina" e das suas manifestações. É a visão de uma cidadã que por razões profissionais (ou outras) se cruza/contacta com a dita "máquina".
Para mim é impensável que sendo Portugal membro da União Europeia (UE) (na era das TIC e com meios de comunicação rápidos e sofisticados), continue a ter a profusão de Embaixadas, Consulados, Vice-Consulados e Delegações do AICEP (entre outros) nos territórios dos 27. Pode alegar que o território é vasto, que o fluxo de negócios é intenso, que o nº de emigrantes e imigrantes é elevado, etc., etc., etc., Ok! e as novas tecnologias, as excelentes vias e meios de comunicação não servem para nada!!!
Isto para não falar já no caso concreto da Bélgica e dos horários de funcionamento...!!!!!!!!!!! Por acaso já teve o azar de ser assaltado (ficar sem Docs e sem dinheiro) e de necessitar de ajuda do Consulado?! Provavelmente não! Eu fui assaltada á hora do almoço, fui fazer a participação ás autoridades policiais e cheguei ao Consulado 14H45, mas
como o Consulado tinha encerrado ás 14H30 !!! tive que ficar em Bruxelas para o dia seguinte (e lá seguiu o avião das 19H30 sem a ilustre portuguesa que teve o azar de ser assaltada). Ele é REPER, ele é Embaixada, ele é Consulado, ele é Vice-Consulados (alguns deles distam de Bruxelas 20, 30 ou 60 minutos de comboio)!!!!
E o que dizer ainda, das dezenas de funcionários dos organismos e empresas públicas portuguesas que se deslocam diariamente a Bruxelas para assistir a uma reunião (podiam acompanhar a reunião por video conferência) quando a REPER, e não só, tem 3 e 4 pessoas "altamente" especializados para cada uma das diversas áreas...
Num outro extremo o que dizer por exemplo em Angola ou Moçambique em que o(os) Consulado mais próximo de um nº significativo de pessoas fica a mais de mil Km. Será que os portugueses que vivem e ou trabalham no centro da Europa são mais portugueses que os restantes? Pense nisso! Porque são realidades que conheço muito bem e que venho estudando á longos anos fruto das minhas viagens de trabalho e de passeio.
E já agora também é preciso não esquecer que todos os disparates feitos por nós, pelos nossos governantes e pela totalidade da classe politica é paga por Nós. E principalmente pela maioria da população que não tem direito a mordomias nem "susidios" de renda de casa de 2.750,00 € (e alguns) mais, mais e mais... e outros!!!
Caro António, Portugal precisava de um governo com muita coragem para alterar o status quo e sem medo de perder eleições, para corrigir a irracionalidade organizacional que prolifera neste País e nas suas representações por esse Mundo fora (já vários tentaram mas todos recuaram).
Infelizmente não é só a Administração Pública Central e Local que deveria ser reduzida a 1/3... e ser posta a trabalhar verdadeiramente!!!
Melhores cumprimentos,
ISM (Auditora de Política Externa)
Caríssimo
Professor António Justo,
Mais uma vez, o meu mais vibrante aplauso para a sua douta e oportuna postagem!
Falar de “Embaixadas”, “Consulados” e “Vice-Consulados” implica que se saiba do que se fala, para não se cometer o risco de não se saber o que se diz! Esta, é, de facto, uma matéria muito complexa. Sempre existiram e existem boas Embaixadas, Consulados e Vice-Consulados, assim como menos bons e maus…
Relativamente ao Brasil, que é, de facto, o que conheço melhor, por expriência própria, nomeadamente, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, importa que se diga que cada um tem a sua valência própria, decorrente das suas especificidades e MISSÃO, embora todas ou quase todas desaguem no SERVIÇO PÚBLICO!
A questão de fundo, salvo melhor opinião, passa pelas “reestruturações cegas”, que nos últimos tempos se têm verificado, particularmente, quando se associou a DIPLOMACIA à ECONOMIA e ou aos NEGÓCIOS.
Hoje, fala-se com muita insistência que o Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, tem um problema, ainda não resolvido, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Paulo Portas, neste domínio! Problema esse, que tenderá a agravar-se ainda mais com as “decisões cegas” que estão a ser tomadas.
Ainda estamos bem recordados das “tropelias” que se fizeram sentir, aquando da última reestruturação da Rede Consular e de alguns secretários de Estado da área diplomática envolvidos. O mais grave, é que essa “reestruturação”, pelos vistos, segundo me asseguram, ainda não está concluída! Mas viagens, passeios, almoçaradas e jantaradas não faltaram, sobretudo, para angariar fundos para a Capanha Eleitoral das Legislativas recentes!…
De resto, importa, desde já, questionar:
- QUAL O VERDADEIRO PAPEL DO EMIGRANTE?
- DE MÁQUINA DE VOTAR A REBOQUE DE ALGUNS “ILUMINADOS” QUE “PARASITAM” À CUSTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS, PARA OS QUAIS TUDO VALE?
Queiram-me desculpar, mas falar e escrever, genericamente, sobre esta ou aquela Embaixada, sobre este ou aquele Consulado ou ainda sobre este ou aquele Vice-Consuladado, ou introduzi-los TODOS no mesmo “SACO”, só pode evidenciar falta de BOM SENSO, “folclore” ou “propaganda barata”, mas, infelizmente, é o que mais abunda por aí!
O antigo Consulado Honorário de Portugal em Fortaleza, actual Vice-Consulado de Portugal em Fortaleza, é a prova provada da irracionalidade da última reestruturação da Rede Consular, pois ainda não está definitivamente instalado! O mais grave, todo o movimento assenta em duas únicas pessoas: o Vice-Cônsul e uma empregada que não pertence aos quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros!
Pela experiência colhida, no dia a dia, no contacto permanente, o Vice-Cônsul, Dr. Francisco Brandão, apesar de não ser de carreira, desde há já alguns anos, vem desenvolvento um trabalho altamente notável e meritório em prole da Comunidade Portuguesa, assim como a empregada que, também, o acompanha, Dona Sannara Diniz, é alvo de muito respeito, muitas simpatias e, sobretudo, relevada a sua competência e dedicação profissionais por parte dos muitos utentes que ali se deslocam!
Dos Consulados-Gerais de São Paulo e do Rio de Janeiro, nen vale a pena falar, dadas as reclamações que nos chegam diariamente. Inclusive, o de São Paulo deu-se ao “luxo” de fazer entrar em vigência uma tabela de emolumentos, em desrespeito com a oficial…
Paulo M. A. Martins
__________________________________
Jornalista luso-brasileiro, em Fortaleza, e
Conselheiro da Fundação Aristides de Sousa Mendes (Portugal)
(Continua no seguinte comentário)
(continuação do comenztário anterior)
Assim como, se encerrou, na última “reestruturação” da Rede Consular, o Consulado de Santos (litoral de São Paulo), a mais de cem quilómetros de distância, com cerca de trinta mil inscrições, passando a ser assistido, duas vezes por semana, pelo Consulado-Geral de São Paulo…
Neste contexto, coloca-se uma outra questão de fundo: No Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, há a noção do que se tem andado a fazer e do que significa”PLANEAMENTO”?
Na realidade, se houvesse, ter-se-ia evitado todo este “chorrilho de asneiras”! Cada uma maior do que a anterior!
Isto, para não falar do silêncio sepulcral doMinistério dos Negócios Estrangeiros, relativamente ao gravíssimo problema que atravessa o Consulado de Portugal na Suiça e se arrasta há mais de um ano!… Quer se queira, quer não, estamos perante o PRINCÍPIO DE PETER! Quanto mais elevado, maior a incompetência! Nem dá para olhar um pouco mais para baixo…
Para concluir, importaria deixar expressa uma Mensagem de Louvor ao Embaixador Francisco Seixas da Costa, actualmente, em França, depois de ter feito um brilhante trabalho no Brasil. O que significa dizer, quem quer PODE!
Sem margem para dúvidas, o Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, tem que, com a máxima urgência, olhar, com olhos de ver, para o que se está a passar no Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma vez que o Ministro Paulo Portas anda mais preocupado em promover a sua agenda mediática e “botar” discursos de ocasião para a Comunicação Social! Se isto, é fazer POLÍTICA… Professor António Justo, queira aceitar o meu mais fraterno abraço de muita amizade e admiração.
Paulo M. A. Martins
__________________________________
Jornalista luso-brasileiro, em Fortaleza, e
Conselheiro da Fundação Aristides de Sousa Mendes (Portugal)
Nós que estamos habituados aos bons e eficientes serviços do posto consular de Frankfurt somos os mais afectados com esta medida de poupança.
Fazemos nossas as palavras de indignacao do conselheiro António Justo. Aguardamos as vossas sugestoes de protesto.
JAMP
O que vale é que há sempre as casas do Benfica!!!
JC
Gosto muito de ler os seus comentários porque sinto a mesma revolta e compartilho a luta que tem travado em prol da LCP.
Uma pergunta : é mesmo verdade que este governo vai encerrar o "meu" vice-consulado em Osnabrück ?
Saudacoes amigas e solidárias,
Cc
Cc
Obrigado pelo comentário
É verdade que oficialmente não conheço indicaç1bo nenhuma sobre o encerramento de Osnabrück, mas esta é a consequência mais lógica, se tivermos em conta queuma das razões da criação do posto de Osnabrück foi a degradação do Consulado-Geral de Frankfurt para Vice-Consulado.
Um abraço justo
Dr. Justo
Louvo a sua justa aspiração. O seu artigo apresenta dados que fundamentam os seus desejos.
Comentar as decisões traçadas não é fácil, porque engloba contornos para além da minha esfera.
Desejo que V. possa continuar a apoiar quem preciso de ajuda.
Com amizade
PAG
Caro Amigo...
Gostei deste seu grito em abono da verdade que tem de ser divulgada ao POVO de Portugal, e por isso vou repassar o texto nos meus espaços com todo o gosto.
Já fiz o meu comentário e publiquei nos meus Blogs.
(veja o link: http://osgambuzinos.blog.com/2011/09/27/tudo-em-aguas-de-bacalhau/)
Receba um abraço com amizade.
Silvino Potêncio
Email: sspotencio@yahoo.com.br
MSN - ss_potencio@hotmail.com
www.potencio.multiply.com
www.silvinopotencio.net
Prezado escritor Silvino Potêncio
Estou-lhe muito grato pela divulgação feita. Os seus textos têm uma originalidade literária inconfundível e os temas que trata são de "grande valia para a Classe Emigrante" onde está integrado há tantos anos! Os links referidos são bons adereços.
Um grande abraço
Entre outras respostas deixo aqui esta:
Exmo. Senhor
Chefe do Gabinete do
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Cumpre-me remeter a V. Exa. o e-mail enviado ao Senhor Primeiro Ministro por António Duarte Justo.
Com os melhores cumprimentos
Pel’O Chefe do Gabinete
Mafalda Pereira
(Assessora Administrativa)
Gabinete do Primeiro Ministro
Rua da Imprensa à Estrela, 4 – 1200-888 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 21 392 35 00 Fax: (+351) 21 395 16 16
pm@pm.gov.pt
Caro Amigo Dr Antonio Justo,
Agradeço pela publicação dos meus "escritos" e aproveito a oportunidade para cumprimentar os demais comentaristas (e Leitores) deste espaço virtual.
Vale lembrar que (por motivos de algum problema da linguagem HTML) quando se clica no link acima copiado ( http://osgambuzinos.blog.com/2011/09/27/tudo-em-aguas-de-bacalhau/) alguns leitores poderão não abrir e não ter acesso.
Caso isso aconteça nos vossos PC, podem digitar apenas http://osgambuzinos.blog.com e acessar cada texto lá deixado por mim, à vossa consideração!
Abraço a todos e fiquem com Deus... O Consolado d'ELE nunca será fechado!!!
Silvino Potêncio
Eu tinha razão. O amigo Jorge da Paz Rodrigues não sabe mesmo do que fala. Tão depressa fala de Vice-Consulados, como mistura com Embaixadas, Consulados Gerais, etc..., tal a salganhada que lhe vai no espírito.
E então, quando refere que o Vice-Cônsul de Fortaleza foi nomeação política, só confirma que não pesca nada do assunto.
O homem de Fortaleza era Cônsul Honorário há vários anos, suportando do seu bolso - sim! suportando do seu bolso - a grande parte das despesas do consulado honorário e tendo uma acção a todos os títulos meritória, reconhecida por toda a comunidade portuguesa. Por isso, nada mais de interesse público do que nomeá-lo Vice-Cônsul quando a estrutura se alterou. A não ser que o amigo ache que deviam por lá um pára-quedista qualquer que não percebesse nada do assunto. Talvez o amigo Paz se achasse indicado para ocupar o cargo. Quem sabe…
Não sei se o homem de Fortaleza é PS, se é PSD, se é PCP. Seja o que for, o que interessa é que ele é competente e isso basta-me. E se tem dúvidas pergunte aos elementos da Comunidade Portuguesa de lá que eles esclarecem-no melhor que eu.
E quanto à dimensão da Comunidade Portuguesa, mais uma vez o amigo não sabe do que fala. Mesmo que fossem mil, que não são, esquece que uma estrutura consular não serve apenas a comunidade residente. Já lhe passou, mesmo que assim ao de leve, pela cabeça, quantos turistas portugueses passarão anualmente pelo Ceará? Ou acha que esses não precisam de uma estrutura de apoio.
É uma pena achar-se que se é padeiro apenas porque se vai à padaria comprar pão.
Mas a ignorância sempre foi muito atrevida.
Sérgio Esteves
Apesar de não estar por dentro do assunto, parece-me ter razão naquilo que expõe. Subscrevo o que diz e faço minhas as suas palavras.
Nestas coisas da política poupa-se no farelo e gasta-se na farinha. Aos políticos não interessa se o país sofre, aplicam medidas fáceis e propagandistas a pensar no seu ninho, fazendo mal ao povo e ao país. Pode aparecer um sério, mas não se faz notar no meio de tanto "lixo" sem vergonha nem carácter.
Recordo com saudade o tempo em que os políticos, com a minha ingenuidade, me pareciam ser uns SENHORES, pessoas respeitadas e confiáveis que tinham nas mãos os destinos do país.
Ao que nós chegamos!!! Parece-me que estamos nas mãos de canalha, sem escrúpulos, só preocupada com o seu umbigo...
Um abraço com amizade.
ADJUS
Prezado ADJUS,
gostei do que diz e do modo do seu dizer!
O que diz expressa o sentir da grande maioria do cidadão. "Nas mãos de canalha" uma expressão que bem descreve muito do agir público. A política cada vez se manifesta mais por já não poder fazer nada, por tão enredada se encontrar! Isto deve-se também a um pensamento progressista prescrito, um agir infantil que transborda para toda a sociedade. Este progressismo sem orientação só se preocupa emeliminar a tradição e considera a orientação por valores como um peso. Por isso falta o caracter e a consciência só estorva.
Um abraço
Só uma palavrinha ao amigo Sérgio Esteves:
Já vi que é ou está em Fortaleza e eu até acredito que o Vice-Cônsul seja um homem esforçado e procure servir a população emigrante. Só que, por apenas ter sido antes Cônsul Honorário e por não ser diplomata de carreira, nem lhe ter sido fornecida formação, vários compatriotas de lá me fizeram perguntas sobre vários assuntos e eu claro que tive o gosto de esclarecer coisas que um diplomata de carreira saberia com certeza. Claro que um posto diplomático não serve só a comunidade, nem os turistas, representa, antes de mais, Portugal e, por isso, não é qualquer um que pode estar à sua frente. Daí o que eu escrevi anteriormente.
Quanto a insinuar que eu quero ir para Cônsul, devolvo-lhe a ideia, pois eu estou muito bem como estou, com a minha aposentação/jubilação.
Quanto à Embaixada e ao Embaixador de saída Dr. João Salgueiro, vejo que não contestou minimamente nada do que eu escrevi, tal como não contestou o resto sobre os Consulados do Rio e de São Paulo. Sinal de que afinal não falei de “cor”.
E escusa de ser arrogante, pois podemos escrever sem machucar ninguém e o meu amigo não me conhece e mais dia menos dia todos vimos a precisar uns dos outros.
Cordiais saudações para todos.
Jorge da Paz Rodrigues
Caro amigo Jorge da Paz Rodrigues,
Mais uma vez se engana e em larga escala. Acredite.
E continua a falar de cor, asseguro-lhe!
Tenho imensa curiosidade em saber que perguntas lhe foram feitas que o Vice-Consulado em Fortaleza não terá sabido responder, e que um diplomata de carreira saberia. Garanto-lhe que quase morro de curiosidade.
Pela forma como fala, é óbvio que desconhece a formação que os diplomatas de carreira recebem do Ministério, neste particular aspecto das respostas à Comunidade Portuguesa.
Quanto ao facto de não me referir ao Embaixador João Salgueiro nem aos Consulados do Rio e São Paulo, é porque esses são outros assuntos, meu caro. Não gosto de misturar alhos com bugalhos. Recordo-o de que o assunto era “Vice-Consulados”. Para além disso, gosto de trocar opiniões com que percebe mais do assunto do que eu.
Acredite, nada tenho de arrogante, mas detesto a injustiça e o atrevimento da ignorância. Não que lhe esteja a chamar ignorante. Longe de mim. Refiro-me à ignorância da realidade!
Cansam-me as pessoas que falam de cor e que acham que sabem de tudo. E pior: quando não sabem, inventam.
Porque, meu caro, nestas coisas é preciso ser muito rigoroso e objectivo, mesmo quando não gostamos de qualquer decisão ou situação. Misturar pequenas querelas pessoais com a realidade nunca deu bom resultado.
Sérgio Esteves
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