AUMENTO DAS REFORMAS NA ALEMANHA -
DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES E ENTRE ESTE E OESTE
Apesar dos imensos Encargos com os
Refugiados a Economia cresce
Por António Justo
Segundo o cálculo do gabinete do governo federal alemão,
em 2016 prevê-se um aumento substancial das reformas para os 20,6 milhões de
reformados. As contribuições para pensões para 2016 deverão manter-se nos
18,7%.
A pensão terá um aumento, a partir de 1.07.2016, de 4,4 %
na zona antiga e de 5 % nos novos Länder (Cf. Relatório do Governo sobre o
seguro de pensões:
http://www.bundesregierung.de/Content/DE/Artikel/2015/11/2015-11-18-rentenversicherungsbericht.html).
Em 2014, na Alemanha ocidental os homens tiveram uma
reforma média de 993 € por mês; na Alemanha oriental (antiga Alemanha
socialista) receberam 1074 € por mês. Na Alemanha ocidental as mulheres tinham
uma reforma de 707€ e na oriental 968€. A diferença deve-se ao facto de na
Alemanha oriental, embora ganhando menos as pessoas trabalharem mais tempo e ao
facto de o sistema de reforma beneficiar os alemães orientais numa espécie de
compensação da antiga divisão.
Na Alemanha ocidental ao trabalhador, por cada ano de
rendimentos anuais descontados são-lhe creditados, em média, na conta de
pensões 27,05 €, na Alemanha ocidental são depositados 29,21€ por ano de
trabalho.
O relatório sobre pensões, parte do princípio que em 2019
os homens receberão em média 1.133 € de pensão na zona ocidental e 1.239€ na
zona oriental, enquanto as mulheres receberão 806€ no ocidente e 1.116 € no
oriente.
Apesar das pensões na
zona oriental serem mais elevadas o reformado da parte ocidental tem um nível
de vida mais elevado que o da antiga zona socialista resultante de outros
rendimentos devidos a poupanças ou investimentos que o empregado fez
paralelamente aos descontos para o seguro de pensão legal. Assim na zona
ocidental um casal aposentado atinge em 2011 um rendimento líquido mensal de
uma média de 2.510 € enquanto na oriental apenas chega aos 2.016 €. Na parte
oriental 91% dos vencimentos mensais provêm da reforma do regime legal enquanto
na ocidental são 58%”. Actualmente o nível da reforma é de 47,5% do rendimento
médio atual dos empregados; e daqui a 10 anos a reforma corresponderá a 46% do
que ganharão as pessoas com emprego. Atendendo ao decréscimo dos nascimentos, a
reforma do regime legal não chegará para assegurar o actual nível de vida dos
reformados.
A entrada de grandes
contingentes de refugiados jovens poderá contribuir para a estabilização das
reformas, uma vez que se encontrem no mercado de trabalho.
Num período em que a
Alemanha gasta dez mil milhões com a recepção de refugiados, o governo não
poderia deixar os reformados sem um aumento superior ao normal, para conseguir
assim obter a compreensão destes para a sua política de fronteiras abertas.
António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo www.antonio-justo.eu
PUTIN ACERTOU – O PRESIDENTE ASSAD
FAZ PARTE DA SOLUÇÃO
A História do Iraque e da Líbia deu-lhe razão. O
resultado da intervenção americana na região foi catastrófico. Apoiaram os
rebeldes contra regimes autoritários estabelecidos, intervieram militarmente e
depois abandonaram o terreno às feras. O mesmo está a dar-se no Afeganistão.
Derrubaram o presidente Saddam no Iraque sem qualquer plano para o futuro.
Agora reina o terror do ISIS. O Ocidente interveio na Líbia derrubando o
presidente Gaddafi e o resultado foi ficar tudo mil vezes pior que antes e
agora reina o Caos . Parece que não percebem um mínimo da sociologia e
antropologia árabe-muçulmana; ou será, a esperança da reconstrução, um programa
para a conjuntura económica do ocidente?
Já por tudo isto Putin parece ter razão ao apoiar o
presidente Assad. Assim pode assegurar um mínimo de segurança na região. Foi
preciso chegar Putin para as potências europeias chegarem à conclusão que
afinal Baschar al-Assad é parte da solução.
Putin tem experiência: sabe que uma sociedade autoritária
com um fascismo ideológico de base só pode ser governada por regimes
autoritários com força suficiente para manter uma certa ordem a desordem
ordenada.
FUMADORES – NA ALEMANHA MORREM
121.000 PESSOAS POR ANO EM CONSEQUÊNCIA DO CONSUMO DE TABACO
Na Alemanha morrem 121.000 pessoas por ano em
consequência do consumo do tabaco, como refere o Centro Alemão de Pesquiza do
Cancro (DKFZ). Isto corresponde, segundo estatísticas, a 13,5% da mortalidade
na Alemanha.
O tabaco foi introduzido na Europa pelos portugueses e
pelos espanhóis na altura dos Descobrimentos. Em 1573 já se encontrava tabaco
plantado num jardim paroquial na Alemanha. Então era usado como rapé. Em 1761
médicos alertam para o cancro do nariz. Em 1904 organizam-se movimentos de resistência
contra o tabaco. Em 1964 um Estudo nos USA prova que o tabaco provoca o cancro
nos pulmões.
Segundo um estudo na Alemanha o consumo do tabaco tem
como consequência encargos para a Comunidade no valor de 80.000 milhões de
euros. Um terço dos custos directos provêm das doenças e dois terços (custos
indirectos) provêm de absentismo no trabalho e de reformas antecipadas de
fumadores. Fumadores perdem 10 anos da sua vida útil esperada. Para mais
informações pode consultar www.dkfz.de
O Estudo não diz quantas agressões foram evitadas devido
ao consumo do tabaco!
GUIA ONLINE PARA REFUGIADOS
Atendendo ao impacto das diferentes maneiras de
comportamento entre os refugiados e as pessoas do país acolhedor, alguns
municípios e organizações organizaram guias de bom comportamento para os
refugiados. Guia em alemão, árabe, francês, inglês: http://www.refugeeguide.de/
A junta de freguesia de Hardheim, na Alemanha, publicou
um aviso ainda mais concreto sobre regras de etiqueta para refugiados. Por
exemplo: a fazerem as necessidades nas toiletes e não em jardins nem parques,
as embalagens nos supermercados não devem ser abertas antes de se pagar, na
Alemanha não se deve fazer barulho a partir das 22 horas para não perturbar os
vizinhos; o lixo coloca-se nos caixotes do lixo; é considerado
assédio, um homem pedir, sem mais, o número de telemóvel ou o contacto de
facebook a uma jovem e que também não querem casar. Isto provocou crítica. À primeira vista parece um acto arrogante e até
discriminador, se não fossem muitos os casos na realidade do dia-a-dia. Em julho, em
Colónia um imame (orientador muçulmano) recusou-se a apertar a mão a uma
representante da cidade alegando que ela era uma mulher.
FIM À FORMAÇÃO DOS REBELDES ISLÂMICOS DA SÍRIA
PELOS USA
Em lugares discretos dos jornais dá-se magro espaço à
notícia do New York Times de que os USA acabam com o treino e formação de
rebeldes sírios. Segundo informações governamentais, o programa de 500 milhões
de dólares, para treinar os rebeldes, não teve efeito no sentido de melhorar o
seu poder combativo pelo que não será prolongado. Foi preciso a Rússia intervir
para chegarem a tal conclusão!
A guerra na Síria não é querida pela Síria, é obra e
negócio resultante do conflito entre xiitas e sunitas em que se envolvem os USA
(Nato) e da Rússia. no apoio ao conflito entre os muçulmanos Sunitas (Arábia
Saudita, Turquia…) e os muçulmanos xiitas (Irão e o Presidente sírio). Os USA
fazem o seu negócio com o conflito dos sunitas contra os xiitas (a Turquia
aproveita a boleia no seu conflito contra os curdos querendo ver o conflito
escalado a nível de toda a Nato) e a Rússia faz o seu contra os sunitas
apoiando o presidente Sírio e o Irão que quer desestabilizar ainda mais a
região para melhor atingir o seu fim de aniquilar Israel e se instalar na
região como superpotência também ela com a bomba atómica. Este negócio
diabólico será bem pago com a aniquilação da Síria (depois a ser reconstruida
pelas firmas russas, americanas e europeias) com a factura já a ser paga nos
refugiados e no fomento do terrorismo pelo Irão e pela Arábia Saudita e
correspondentes aliados.
António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo,
antonio-justo.eu
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