Forte Emigração de Estados em Decomposição
Por António Justo
A realidade criminal na
Alemanha
A delinquência do dia-a-dia, aliada à criminalidade
de motivação ideológica, é “preocupante” como afirma o ministro do interior alemão
ao apresentar a estatística criminal de 2016.
Em 2016, na Alemanha houve 6,37 milhões de infrações
criminosas registadas pela polícia. Houve
2418 casos de assassinatos e homicídios; 7.919 casos de violações e agressões
sexuais; 151.265 casos registados de assaltos a casas. A quota de esclarecimento geral é de 56,2%. É
alarmante o à vontade com que bandos de estrangeiros vão ocupando as grandes
cidades.
De motivação ideológica ou política registaram-se
23.555 infrações de extremistas da direita, 9.389 infrações de extremistas de
esquerda e 3.372 casos de criminalidade de estrangeiros. À conta de requerentes
de asilo, refugiados da guerra civil e refugiados tolerados houve 174.438
infratores (nos delitos não estão incluídas as violações contra as leis de
imigração; muitas das vítimas são também elas refugiados!) Os infratores provêm
na maioria de países da África do Norte; os crimes praticados por sírios cf. www.bmi.bund.de não são tão frequentes. Dado a política
de refugiados ter falhado, a soberania da opinião sobre criminalidade faz parte
dos extremos da sociedade. Tornou-se rotina a apresentação da estatística sem
que haja consequências a tomar em relação a elas. Enquanto for o povo a aguentar,
o Estado prefere branquear a situação. Berlim é a capital do crime, com uma
quota de 16.161 infrações por 100.000 habitantes.
O
problema é cultural e como tal de grande sustentabilidade
A esmagadora maioria dos imigrantes é muçulmana e não
se integra na sociedade, como revela a recente percentagem de 70% de turcos na
Alemanha a apoiarem o ditador turco Erdogan. O partido liberal (FDP) reagiu ao
fenómeno desta votação que contradiz a mundivisão alemã de um Estado
democrático de direito (e revela a mentalidade da comunidade turca a viver na
Alemanha desde há 60 anos), exigindo publicamente que pessoas com dupla nacionalidade só devem ter a possibilidade de votar
num país, para evitar conflitos de lealdade. Juridicamente é um caso quase
impossível e como tal um tema propício para épocas de eleições.
Bandos de jovens do próximo Oriente, Eritreia e da
Ásia central afirmam a sua presença nos centros urbanos europeus.
Estados em decomposição devido a fragmentações religiosas
e tribais produzem bandos criminosos especialmente entre a numerosa juventude
abandonada a si mesma que provoca distúrbios nos seus países (bolhas de
juventude: Youth Bulges) e avalanches demográficas em direção a países fora de
África e do próximo oriente; através da Líbia vêm africanos do sul do Saará
(sobretudo da Somália, Eritreia e do oeste africano islâmico). Há muitos grupos
criminosos que enriquecem à custa dos movimentos migratórios.
Na política de descolonização
e de protetorados, o Ocidente criou estados-nação em regiões de cultura tribal
cujos interesses são contrários a instituições nacionais centrais (justiça, polícia, administração central).
Por exemplo a Líbia tem muitas tribos, mas não tem um povo nacional. Líbia e
Somália têm governo, mas não têm Estado (No mundo árabe só Marrocos e o Egipto são
países com estruturas estatais estáveis). A Europa incorreu no erro de
transplantar a democracia de pluralidade partidária para sociedades de tradição
tribal, o que não funciona, porque nelas, os factores de identidade seguem por
outras rotas (etnia e religião) à margem da identidade nacional (Cf. “Tribes
and State Formation in the Middle East”).
Fundaram-se Estados nacionais nominais sem comunidade, muitos deles são Estados
em desintegração, como se observa na Somália, Síria, Iraque, Líbia e Iémen,
etiópia e Quénia, Nigéria (tribos em revolta). O crescimento da população nestas
regiões cria gerações agressivas, sem futuro, que vêm para a Europa como Youth
Bulges.
“É autoengano quando os políticos falam, de
poderem fazer face à Integração de pessoas em briga religiosa, étnica e tribal
entre elas próprias” como refere o
Prof. Dr. Bassam Tibi em Cícero 2/2017.
A Alemanha, com a sua política de refugiados
descontrolada, favoreceu uma situação imprevisível e quer, em nome da
solidariedade obrigar os outros países europeus a aceitar mais refugiados. Em 2015
a Alemanha acolheu quase um milhão e meio de refugiados; a França acolhe imigrantes
até um limite máximo de 30.000.
A miopia política e a irresponsabilidade de
cientistas da migração, para não serem intitulados de racistas, não se atrevem a
apresentar análises realistas da situação. (Também é verdade que uma apresentação
realista da situação desestabilizaria o sistema político europeu e fomentaria
ainda mais os nacionalismos).
A tarefa europeia é mastodôntica: criar futuro
para a geração sem futuro acolhida e criar um islão europeu compatível com a
democracia ocidental.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do
Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4228
1 comentário:
TANTO ROUBO – TANTA FALTA DE RESPEITO PELO ALHEIO
Em 2016 houve na Alemanha 332.486 bicicletas roubadas. Esta semana em Hamburgo a polícia decobriu um armazém onde ladrões da Europa de Leste guardavam a pilhagem para depois levarem para fora do país e outra para venderem nos mercados do piolho. Três homens foram presos.
Atenção, não chega um só aloquete para a bicicleta!
Enviar um comentário