Uma identidade própria para reconhecer a dos outros
No Dubai o Papa Francisco apelou ao compromisso das religiões pela paz.Francisco disse: “Paz e religião pertencem juntas: Violência significa profanação do nome de Deus”... "Toda a profissão de fé é chamada a preencher a lacuna entre amigo e inimigo para tomar a perspectiva do céu, que inclui todas as pessoas sem preferências nem discriminações".
Francisco acentua que é precisa a "Coragem pela diferença"… "Isto pressupõe uma identidade própria, da qual não se tem de abdicar para agradar ao outro. Mas, ao mesmo tempo, requer a coragem de ser diferente, o que inclui o pleno reconhecimento do outro e da sua liberdade, e o consequente esforço para usar-me de tal modo que os seus direitos fundamentais sejam sempre e em toda a parte reconhecidos por todos". E acrescentou: "A oração limpa o coração do seu egocentrismo".
Al-Azhar e a Igreja Católica declaram que aceitarão "a cultura do diálogo como caminho; a cooperação comum como código de conduta; a compreensão mútua como método e critério". "Não há alternativa: ou construímos o futuro juntos ou não há futuro. Acima de tudo, as religiões não podem prescindir da tarefa urgente de construir pontes entre povos e culturas”.
Tudo isto pressupõe uma viragem de mentalidade: começar a entender o mundo como um conjunto de complementaridades.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
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