Ângela Merkel
Chanceler alemã: O Rosto do Poder feminino
O Governo de
Coligação CDU/CSU/SPD tem lugar para optimismo
António Justo
O governo da coligação está de pé
e traz a cesta básica (o cabaz dos bens necessários) com prendas para todos.
Ângela Merkel, a “mãezinha”, como a chamam (uns com afecto, outros com desdém),
é chanceler pela terceira vez consecutiva.
Para não perder tanto a
influência do seu partido, aumentou os cargos governamentais e assim satisfez
os desejos do SPD e CSU. Deste modo assegura indirectamente o poder governativo
que, em muitas iniciativas legislativas, precisará da aprovação do Bundesrat
(Conselho Federal) onde o SPD tem a maioria. Este governo soube também
secundar-se de grandes especialistas independentes que aconselham os vários
ministérios.
A Chanceler quer uma Europa
reformada, forte e sem medo ao lado da China da Índia e do Brasil. Quer que os
asiáticos não admirem a Europa só pelas suas igrejas mas sobretudo pelas suas
inovações; não nos quer ver “morrer como museus”, citam-na os jornais!
Membros do
Governo
Ângela Merkel (CDU) é a antiga e
nova chanceler; Sigmar Gabriel (SPD), é o Vice-Chanceler e Ministro da Economia
e da Energia; Frank-Walter Steinmeyer (SPD), Ministro dos Negócios
Estrangeiros; Wolfgang Schäuble (CDU), Ministro das finanças; Thomas de
Maizière (CDU), Ministro do Interior; Úrsula von der Leyen (CDU), Ministra da
Defesa; Haiko Maas (SPD), Ministro da Justiça e dos Consumidores; Andrea Nahles
(SPD), Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais; Hermann Gröhe (CDU). Ministro
da Saúde; Manuela Schwesig (SPD), Ministra da Família; Joana Wanka (CDU),
Ministra da Educação e Pesquisa; Alexander Dobrindt (CSU), Ministro dos
Transportes e da Infraestrutura Digital; Barbara Hendricks (SPD), Ministra do
Ambiente e Habitação; Gerd Müller (CSU), Ministro do Desenvolvimento; Peter
Altmaier (CDU) Ministro do Kanzleramt; Aydan Özoguz (SPD), Ministra de Estado
para Migração, Refugiados e Integração; Monika Grütters (CDU), Ministra
de Estado da Cultura e dos Média; Hans-Peter Friedrich (CSU), Ministro da
Alimentação e Agricultura.
A grande surpresa foi a nomeação
de Úrsula von der Leyen para Ministra da Defesa, para chefe de uma instituição
com 255.000 soldados e civis. A este propósito, o jornal HNA cita
vice-presidente da CDU na vontade de reformas com as palavras: ”Talvez se vá
tornando tempo de um homem se tornar Ministro da Família e da Mulher”. Talvez
os cristãos democratas queiram introduzir um novo estilo de comandar e
obedecer! Von der Leyen, mulher corajosa de 55 anos, promete ir longe; Merkel
coloca-a num cargo difícil mas o seu exemplo pode ajudá-la!
Wolfgang Schäuble é o tesoureiro
e homem forte da nação; a política europeia fica nas suas mãos e nas mãos de
Merkel.
Frank-Walter Steinmeyer não
assume comulativamente o cargo de vice-chanceler que tradicionalmente pertencia
ao MNE. Muitos esperam dele que a política exterior saia da sombra dos USA e da
Grã-Bretanha; isto seria por outro lado incómodo porque a Alemanha teria de
abandonar a política da discrição tendo de se comprometer mais na
“estabilização” da periferia o que fatalmente levaria a investir mais em armas
de intervenção.
O Rosto do poder
feminino
O acordo de coligação também é
fruto do poder feminino discreto na procura de um denominador comum, que deixa
a filharada pular e saltar mas só na hora do recreio. Ângela é mulher natural
que se não deixou dominar pela afectação masculina do poder. Depois desta
legislatura talvez seja a mulher mais propícia para governar os destinos da
Europa como presidente da União Europeia.
A sua capacidade feminina fez
dela a mulher mais poderosa do mundo num Mileu dos homens. O poder já não tem
género e aqui revela-se feminino, pelo menos no seu modo de ser. O poder
feminino é imperceptível e discreto. A chanceler apresenta-se reservada e
respeitadora; até na propaganda eleitoral estava mais interessada em destacar a
semelhança do que a diferença; preocupava-se em mencionar os argumentos e
contra-argumentos de cada matéria de interesse; nunca se perdeu em rectóricas,
o que era próprio dos concorrentes masculinos. Assim nunca tem a perder penas
de auto-apresentação. A base do seu poder está na defesa da Alemanha como povo,
no respeito dos parceiros da coligação e no partido CDU que, discretamente, vai
mudando e deste modo tornando os outros partidos cada vez mais compatíveis.
Rodeia-se de mulheres e homens em quem confia; por isso mesmo todos a temem e
respeitam. Tornou-se numa moderadora indispensável para a nação. Para ela o
governar é um trabalho normal. A filha de um pastor e esposa de um professor
universitário não sofre do desejo de dominância nem de aparecer; o seu poder é
temido porque natural e discreto. Domina como a mãe consciente de ter filhos
também gabirus mas ciente que todos são seus. Na vitória mostra-se soberana e
feminina; a sua modéstia não lhe permite alardes de senhora triunfal. Merkel
conseguiu 462 votos dos 621 votos válidos o que corresponde a 74,39 dos votos.
Esta coligação tem poder para apostar no bem do povo. No parlamento tem uma
oposição de 20% dos deputados. A única consolação que esta teve na eleição da
Chanceler foi verificar que 39 deputados da coligação se abstiveram na votação.
Toda a nação segue os passos do
governo. O povo odeia políticos que não se preocupem com o bem-comum. Como a
chanceler não fez promessas tem um certo âmbito de acção nesse sentido. A
chanceler já definiu a grande coligação como a “coligação das grandes tarefas”.
Os rebuçados já os distribuíu ao parceiro SPD no pacto da coligação. Resta
desejar que este governo continue o tempo das vacas gordas para poder
incrementar a família, as reformas e dar solução ao buraco demográfico e dar
continuidade à obra do século que é a transição energética. Então talvez reste
algo para a EU. Esta mulher que tem sido uma bênção para o bem-estar do povo
alemão talvez se possa tornar numa bênção para o bem-estar da Europa.
António da Cunha Duarte Justo
O Governo de Coligação
CDU/CSU/SPD tem lugar para optimismo
António Justo
O governo da coligação está de pé e traz a cesta básica (o cabaz dos
bens necessários) com prendas para todos. Ângela Merkel, a “mãezinha”,
como a chamam (uns com afecto, outros com desdém), é chanceler pela
terceira vez consecutiva.
Para não perder tanto a influência do seu partido, aumentou os cargos
governamentais e assim satisfez os desejos do SPD e CSU. Deste modo
assegura indirectamente o poder governativo que, em muitas iniciativas
legislativas, precisará da aprovação do Bundesrat (Conselho Federal)
onde o SPD tem a maioria. Este governo soube também secundar-se de
grandes especialistas independentes que aconselham os vários
ministérios.
A Chanceler quer uma Europa reformada, forte e sem medo ao lado da China
da Índia e do Brasil. Quer que os asiáticos não admirem a Europa só
pelas suas igrejas mas sobretudo pelas suas inovações; não nos quer ver
“morrer como museus”, citam-na os jornais!
Membros do Governo
Ângela Merkel (CDU) é a antiga e nova chanceler; Sigmar Gabriel (SPD), é
o Vice-Chanceler e Ministro da Economia e da Energia; Frank-Walter
Steinmeyer (SPD), Ministro dos Negócios Estrangeiros; Wolfgang Schäuble
(CDU), Ministro das finanças; Thomas de Maizière (CDU), Ministro do
Interior; Úrsula von der Leyen (CDU), Ministra da Defesa; Haiko Maas
(SPD), Ministro da Justiça e dos Consumidores; Andrea Nahles (SPD),
Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais; Hermann Gröhe (CDU). Ministro
da Saúde; Manuela Schwesig (SPD), Ministra da Família; Joana Wanka
(CDU), Ministra da Educação e Pesquisa; Alexander Dobrindt (CSU),
Ministro dos Transportes e da Infraestrutura Digital; Barbara Hendricks
(SPD), Ministra do Ambiente e Habitação; Gerd Müller (CSU), Ministro do
Desenvolvimento; Peter Altmaier (CDU) Ministro do Kanzleramt; Aydan
Özoguz (SPD), Ministra de Estado para Migração, Refugiados e Integração;
Monika Grütters (CDU), Ministra de Estado da Cultura e dos Média;
Hans-Peter Friedrich (CSU), Ministro da Alimentação e Agricultura.
A grande surpresa foi a nomeação de Úrsula von der Leyen para Ministra
da Defesa, para chefe de uma instituição com 255.000 soldados e civis. A
este propósito, o jornal HNA cita vice-presidente da CDU na vontade de
reformas com as palavras: ”Talvez se vá tornando tempo de um homem se
tornar Ministro da Família e da Mulher”. Talvez os cristãos democratas
queiram introduzir um novo estilo de comandar e obedecer! Von der Leyen,
mulher corajosa de 55 anos, promete ir longe; Merkel coloca-a num cargo
difícil mas o seu exemplo pode ajudá-la!
Wolfgang Schäuble é o tesoureiro e homem forte da nação; a política
europeia fica nas suas mãos e nas mãos de Merkel.
Frank-Walter Steinmeyer não assume comulativamente o cargo de
vice-chanceler que tradicionalmente pertencia ao MNE. Muitos esperam
dele que a política exterior saia da sombra dos USA e da Grã-Bretanha;
isto seria por outro lado incómodo porque a Alemanha teria de abandonar a
política da discrição tendo de se comprometer mais na “estabilização”
da periferia o que fatalmente levaria a investir mais em armas de
intervenção.
O Rosto do poder feminino
O acordo de coligação também é fruto do poder feminino discreto na
procura de um denominador comum, que deixa a filharada pular e saltar
mas só na hora do recreio. Ângela é mulher natural que se não deixou
dominar pela afectação masculina do poder. Depois desta legislatura
talvez seja a mulher mais propícia para governar os destinos da Europa
como presidente da União Europeia.
A sua capacidade feminina fez dela a mulher mais poderosa do mundo num
Mileu dos homens. O poder já não tem género e aqui revela-se feminino,
pelo menos no seu modo de ser. O poder feminino é imperceptível e
discreto. A chanceler apresenta-se reservada e respeitadora; até na
propaganda eleitoral estava mais interessada em destacar a semelhança do
que a diferença; preocupava-se em mencionar os argumentos e
contra-argumentos de cada matéria de interesse; nunca se perdeu em
rectóricas, o que era próprio dos concorrentes masculinos. Assim nunca
tem a perder penas de auto-apresentação. A base do seu poder está na
defesa da Alemanha como povo, no respeito dos parceiros da coligação e
no partido CDU que, discretamente, vai mudando e deste modo tornando os
outros partidos cada vez mais compatíveis. Rodeia-se de mulheres e
homens em quem confia; por isso mesmo todos a temem e respeitam.
Tornou-se numa moderadora indispensável para a nação. Para ela o
governar é um trabalho normal. A filha de um pastor e esposa de um
professor universitário não sofre do desejo de dominância nem de
aparecer; o seu poder é temido porque natural e discreto. Domina como a
mãe consciente de ter filhos também gabirus mas ciente que todos são
seus. Na vitória mostra-se soberana e feminina; a sua modéstia não lhe
permite alardes de senhora triunfal. Merkel conseguiu 462 votos dos 621
votos válidos o que corresponde a 74,39 dos votos. Esta coligação tem
poder para apostar no bem do povo. No parlamento tem uma oposição de 20%
dos deputados. A única consolação que esta teve na eleição da Chanceler
foi verificar que 39 deputados da coligação se abstiveram na votação.
Toda a nação segue os passos do governo. O povo odeia políticos que não
se preocupem com o bem-comum. Como a chanceler não fez promessas tem um
certo âmbito de acção nesse sentido. A chanceler já definiu a grande
coligação como a “coligação das grandes tarefas”. Os rebuçados já os
distribuíu ao parceiro SPD no pacto da coligação. Resta desejar que este
governo continue o tempo das vacas gordas para poder incrementar a
família, as reformas e dar solução ao buraco demográfico e dar
continuidade à obra do século que é a transição energética. Então talvez
reste algo para a EU. Esta mulher que tem sido uma bênção para o
bem-estar do povo alemão talvez se possa tornar numa bênção para o
bem-estar da Europa.
António da Cunha Duarte Justo
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Copyright © António Justo
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O Governo de Coligação
CDU/CSU/SPD tem lugar para optimismo
António Justo
O governo da coligação está de pé e traz a cesta básica (o cabaz dos
bens necessários) com prendas para todos. Ângela Merkel, a “mãezinha”,
como a chamam (uns com afecto, outros com desdém), é chanceler pela
terceira vez consecutiva.
Para não perder tanto a influência do seu partido, aumentou os cargos
governamentais e assim satisfez os desejos do SPD e CSU. Deste modo
assegura indirectamente o poder governativo que, em muitas iniciativas
legislativas, precisará da aprovação do Bundesrat (Conselho Federal)
onde o SPD tem a maioria. Este governo soube também secundar-se de
grandes especialistas independentes que aconselham os vários
ministérios.
A Chanceler quer uma Europa reformada, forte e sem medo ao lado da China
da Índia e do Brasil. Quer que os asiáticos não admirem a Europa só
pelas suas igrejas mas sobretudo pelas suas inovações; não nos quer ver
“morrer como museus”, citam-na os jornais!
Membros do Governo
Ângela Merkel (CDU) é a antiga e nova chanceler; Sigmar Gabriel (SPD), é
o Vice-Chanceler e Ministro da Economia e da Energia; Frank-Walter
Steinmeyer (SPD), Ministro dos Negócios Estrangeiros; Wolfgang Schäuble
(CDU), Ministro das finanças; Thomas de Maizière (CDU), Ministro do
Interior; Úrsula von der Leyen (CDU), Ministra da Defesa; Haiko Maas
(SPD), Ministro da Justiça e dos Consumidores; Andrea Nahles (SPD),
Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais; Hermann Gröhe (CDU). Ministro
da Saúde; Manuela Schwesig (SPD), Ministra da Família; Joana Wanka
(CDU), Ministra da Educação e Pesquisa; Alexander Dobrindt (CSU),
Ministro dos Transportes e da Infraestrutura Digital; Barbara Hendricks
(SPD), Ministra do Ambiente e Habitação; Gerd Müller (CSU), Ministro do
Desenvolvimento; Peter Altmaier (CDU) Ministro do Kanzleramt; Aydan
Özoguz (SPD), Ministra de Estado para Migração, Refugiados e Integração;
Monika Grütters (CDU), Ministra de Estado da Cultura e dos Média;
Hans-Peter Friedrich (CSU), Ministro da Alimentação e Agricultura.
A grande surpresa foi a nomeação de Úrsula von der Leyen para Ministra
da Defesa, para chefe de uma instituição com 255.000 soldados e civis. A
este propósito, o jornal HNA cita vice-presidente da CDU na vontade de
reformas com as palavras: ”Talvez se vá tornando tempo de um homem se
tornar Ministro da Família e da Mulher”. Talvez os cristãos democratas
queiram introduzir um novo estilo de comandar e obedecer! Von der Leyen,
mulher corajosa de 55 anos, promete ir longe; Merkel coloca-a num cargo
difícil mas o seu exemplo pode ajudá-la!
Wolfgang Schäuble é o tesoureiro e homem forte da nação; a política
europeia fica nas suas mãos e nas mãos de Merkel.
Frank-Walter Steinmeyer não assume comulativamente o cargo de
vice-chanceler que tradicionalmente pertencia ao MNE. Muitos esperam
dele que a política exterior saia da sombra dos USA e da Grã-Bretanha;
isto seria por outro lado incómodo porque a Alemanha teria de abandonar a
política da discrição tendo de se comprometer mais na “estabilização”
da periferia o que fatalmente levaria a investir mais em armas de
intervenção.
O Rosto do poder feminino
O acordo de coligação também é fruto do poder feminino discreto na
procura de um denominador comum, que deixa a filharada pular e saltar
mas só na hora do recreio. Ângela é mulher natural que se não deixou
dominar pela afectação masculina do poder. Depois desta legislatura
talvez seja a mulher mais propícia para governar os destinos da Europa
como presidente da União Europeia.
A sua capacidade feminina fez dela a mulher mais poderosa do mundo num
Mileu dos homens. O poder já não tem género e aqui revela-se feminino,
pelo menos no seu modo de ser. O poder feminino é imperceptível e
discreto. A chanceler apresenta-se reservada e respeitadora; até na
propaganda eleitoral estava mais interessada em destacar a semelhança do
que a diferença; preocupava-se em mencionar os argumentos e
contra-argumentos de cada matéria de interesse; nunca se perdeu em
rectóricas, o que era próprio dos concorrentes masculinos. Assim nunca
tem a perder penas de auto-apresentação. A base do seu poder está na
defesa da Alemanha como povo, no respeito dos parceiros da coligação e
no partido CDU que, discretamente, vai mudando e deste modo tornando os
outros partidos cada vez mais compatíveis. Rodeia-se de mulheres e
homens em quem confia; por isso mesmo todos a temem e respeitam.
Tornou-se numa moderadora indispensável para a nação. Para ela o
governar é um trabalho normal. A filha de um pastor e esposa de um
professor universitário não sofre do desejo de dominância nem de
aparecer; o seu poder é temido porque natural e discreto. Domina como a
mãe consciente de ter filhos também gabirus mas ciente que todos são
seus. Na vitória mostra-se soberana e feminina; a sua modéstia não lhe
permite alardes de senhora triunfal. Merkel conseguiu 462 votos dos 621
votos válidos o que corresponde a 74,39 dos votos. Esta coligação tem
poder para apostar no bem do povo. No parlamento tem uma oposição de 20%
dos deputados. A única consolação que esta teve na eleição da Chanceler
foi verificar que 39 deputados da coligação se abstiveram na votação.
Toda a nação segue os passos do governo. O povo odeia políticos que não
se preocupem com o bem-comum. Como a chanceler não fez promessas tem um
certo âmbito de acção nesse sentido. A chanceler já definiu a grande
coligação como a “coligação das grandes tarefas”. Os rebuçados já os
distribuíu ao parceiro SPD no pacto da coligação. Resta desejar que este
governo continue o tempo das vacas gordas para poder incrementar a
família, as reformas e dar solução ao buraco demográfico e dar
continuidade à obra do século que é a transição energética. Então talvez
reste algo para a EU. Esta mulher que tem sido uma bênção para o
bem-estar do povo alemão talvez se possa tornar numa bênção para o
bem-estar da Europa.
António da Cunha Duarte Justo
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O Governo de Coligação
CDU/CSU/SPD tem lugar para optimismo
António Justo
O governo da coligação está de pé e traz a cesta básica (o cabaz dos
bens necessários) com prendas para todos. Ângela Merkel, a “mãezinha”,
como a chamam (uns com afecto, outros com desdém), é chanceler pela
terceira vez consecutiva.
Para não perder tanto a influência do seu partido, aumentou os cargos
governamentais e assim satisfez os desejos do SPD e CSU. Deste modo
assegura indirectamente o poder governativo que, em muitas iniciativas
legislativas, precisará da aprovação do Bundesrat (Conselho Federal)
onde o SPD tem a maioria. Este governo soube também secundar-se de
grandes especialistas independentes que aconselham os vários
ministérios.
A Chanceler quer uma Europa reformada, forte e sem medo ao lado da China
da Índia e do Brasil. Quer que os asiáticos não admirem a Europa só
pelas suas igrejas mas sobretudo pelas suas inovações; não nos quer ver
“morrer como museus”, citam-na os jornais!
Membros do Governo
Ângela Merkel (CDU) é a antiga e nova chanceler; Sigmar Gabriel (SPD), é
o Vice-Chanceler e Ministro da Economia e da Energia; Frank-Walter
Steinmeyer (SPD), Ministro dos Negócios Estrangeiros; Wolfgang Schäuble
(CDU), Ministro das finanças; Thomas de Maizière (CDU), Ministro do
Interior; Úrsula von der Leyen (CDU), Ministra da Defesa; Haiko Maas
(SPD), Ministro da Justiça e dos Consumidores; Andrea Nahles (SPD),
Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais; Hermann Gröhe (CDU). Ministro
da Saúde; Manuela Schwesig (SPD), Ministra da Família; Joana Wanka
(CDU), Ministra da Educação e Pesquisa; Alexander Dobrindt (CSU),
Ministro dos Transportes e da Infraestrutura Digital; Barbara Hendricks
(SPD), Ministra do Ambiente e Habitação; Gerd Müller (CSU), Ministro do
Desenvolvimento; Peter Altmaier (CDU) Ministro do Kanzleramt; Aydan
Özoguz (SPD), Ministra de Estado para Migração, Refugiados e Integração;
Monika Grütters (CDU), Ministra de Estado da Cultura e dos Média;
Hans-Peter Friedrich (CSU), Ministro da Alimentação e Agricultura.
A grande surpresa foi a nomeação de Úrsula von der Leyen para Ministra
da Defesa, para chefe de uma instituição com 255.000 soldados e civis. A
este propósito, o jornal HNA cita vice-presidente da CDU na vontade de
reformas com as palavras: ”Talvez se vá tornando tempo de um homem se
tornar Ministro da Família e da Mulher”. Talvez os cristãos democratas
queiram introduzir um novo estilo de comandar e obedecer! Von der Leyen,
mulher corajosa de 55 anos, promete ir longe; Merkel coloca-a num cargo
difícil mas o seu exemplo pode ajudá-la!
Wolfgang Schäuble é o tesoureiro e homem forte da nação; a política
europeia fica nas suas mãos e nas mãos de Merkel.
Frank-Walter Steinmeyer não assume comulativamente o cargo de
vice-chanceler que tradicionalmente pertencia ao MNE. Muitos esperam
dele que a política exterior saia da sombra dos USA e da Grã-Bretanha;
isto seria por outro lado incómodo porque a Alemanha teria de abandonar a
política da discrição tendo de se comprometer mais na “estabilização”
da periferia o que fatalmente levaria a investir mais em armas de
intervenção.
O Rosto do poder feminino
O acordo de coligação também é fruto do poder feminino discreto na
procura de um denominador comum, que deixa a filharada pular e saltar
mas só na hora do recreio. Ângela é mulher natural que se não deixou
dominar pela afectação masculina do poder. Depois desta legislatura
talvez seja a mulher mais propícia para governar os destinos da Europa
como presidente da União Europeia.
A sua capacidade feminina fez dela a mulher mais poderosa do mundo num
Mileu dos homens. O poder já não tem género e aqui revela-se feminino,
pelo menos no seu modo de ser. O poder feminino é imperceptível e
discreto. A chanceler apresenta-se reservada e respeitadora; até na
propaganda eleitoral estava mais interessada em destacar a semelhança do
que a diferença; preocupava-se em mencionar os argumentos e
contra-argumentos de cada matéria de interesse; nunca se perdeu em
rectóricas, o que era próprio dos concorrentes masculinos. Assim nunca
tem a perder penas de auto-apresentação. A base do seu poder está na
defesa da Alemanha como povo, no respeito dos parceiros da coligação e
no partido CDU que, discretamente, vai mudando e deste modo tornando os
outros partidos cada vez mais compatíveis. Rodeia-se de mulheres e
homens em quem confia; por isso mesmo todos a temem e respeitam.
Tornou-se numa moderadora indispensável para a nação. Para ela o
governar é um trabalho normal. A filha de um pastor e esposa de um
professor universitário não sofre do desejo de dominância nem de
aparecer; o seu poder é temido porque natural e discreto. Domina como a
mãe consciente de ter filhos também gabirus mas ciente que todos são
seus. Na vitória mostra-se soberana e feminina; a sua modéstia não lhe
permite alardes de senhora triunfal. Merkel conseguiu 462 votos dos 621
votos válidos o que corresponde a 74,39 dos votos. Esta coligação tem
poder para apostar no bem do povo. No parlamento tem uma oposição de 20%
dos deputados. A única consolação que esta teve na eleição da Chanceler
foi verificar que 39 deputados da coligação se abstiveram na votação.
Toda a nação segue os passos do governo. O povo odeia políticos que não
se preocupem com o bem-comum. Como a chanceler não fez promessas tem um
certo âmbito de acção nesse sentido. A chanceler já definiu a grande
coligação como a “coligação das grandes tarefas”. Os rebuçados já os
distribuíu ao parceiro SPD no pacto da coligação. Resta desejar que este
governo continue o tempo das vacas gordas para poder incrementar a
família, as reformas e dar solução ao buraco demográfico e dar
continuidade à obra do século que é a transição energética. Então talvez
reste algo para a EU. Esta mulher que tem sido uma bênção para o
bem-estar do povo alemão talvez se possa tornar numa bênção para o
bem-estar da Europa.
António da Cunha Duarte Justo
www.antonio-justo.eu
Leia mais em: http://antonio-justo.eu/
Copyright © António Justo
Leia mais em: http://antonio-justo.eu/
Copyright © António Justo
O Governo de Coligação
CDU/CSU/SPD tem lugar para optimismo
António Justo
O governo da coligação está de pé e traz a cesta básica (o cabaz dos
bens necessários) com prendas para todos. Ângela Merkel, a “mãezinha”,
como a chamam (uns com afecto, outros com desdém), é chanceler pela
terceira vez consecutiva.
Para não perder tanto a influência do seu partido, aumentou os cargos
governamentais e assim satisfez os desejos do SPD e CSU. Deste modo
assegura indirectamente o poder governativo que, em muitas iniciativas
legislativas, precisará da aprovação do Bundesrat (Conselho Federal)
onde o SPD tem a maioria. Este governo soube também secundar-se de
grandes especialistas independentes que aconselham os vários
ministérios.
A Chanceler quer uma Europa reformada, forte e sem medo ao lado da China
da Índia e do Brasil. Quer que os asiáticos não admirem a Europa só
pelas suas igrejas mas sobretudo pelas suas inovações; não nos quer ver
“morrer como museus”, citam-na os jornais!
Membros do Governo
Ângela Merkel (CDU) é a antiga e nova chanceler; Sigmar Gabriel (SPD), é
o Vice-Chanceler e Ministro da Economia e da Energia; Frank-Walter
Steinmeyer (SPD), Ministro dos Negócios Estrangeiros; Wolfgang Schäuble
(CDU), Ministro das finanças; Thomas de Maizière (CDU), Ministro do
Interior; Úrsula von der Leyen (CDU), Ministra da Defesa; Haiko Maas
(SPD), Ministro da Justiça e dos Consumidores; Andrea Nahles (SPD),
Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais; Hermann Gröhe (CDU). Ministro
da Saúde; Manuela Schwesig (SPD), Ministra da Família; Joana Wanka
(CDU), Ministra da Educação e Pesquisa; Alexander Dobrindt (CSU),
Ministro dos Transportes e da Infraestrutura Digital; Barbara Hendricks
(SPD), Ministra do Ambiente e Habitação; Gerd Müller (CSU), Ministro do
Desenvolvimento; Peter Altmaier (CDU) Ministro do Kanzleramt; Aydan
Özoguz (SPD), Ministra de Estado para Migração, Refugiados e Integração;
Monika Grütters (CDU), Ministra de Estado da Cultura e dos Média;
Hans-Peter Friedrich (CSU), Ministro da Alimentação e Agricultura.
A grande surpresa foi a nomeação de Úrsula von der Leyen para Ministra
da Defesa, para chefe de uma instituição com 255.000 soldados e civis. A
este propósito, o jornal HNA cita vice-presidente da CDU na vontade de
reformas com as palavras: ”Talvez se vá tornando tempo de um homem se
tornar Ministro da Família e da Mulher”. Talvez os cristãos democratas
queiram introduzir um novo estilo de comandar e obedecer! Von der Leyen,
mulher corajosa de 55 anos, promete ir longe; Merkel coloca-a num cargo
difícil mas o seu exemplo pode ajudá-la!
Wolfgang Schäuble é o tesoureiro e homem forte da nação; a política
europeia fica nas suas mãos e nas mãos de Merkel.
Frank-Walter Steinmeyer não assume comulativamente o cargo de
vice-chanceler que tradicionalmente pertencia ao MNE. Muitos esperam
dele que a política exterior saia da sombra dos USA e da Grã-Bretanha;
isto seria por outro lado incómodo porque a Alemanha teria de abandonar a
política da discrição tendo de se comprometer mais na “estabilização”
da periferia o que fatalmente levaria a investir mais em armas de
intervenção.
O Rosto do poder feminino
O acordo de coligação também é fruto do poder feminino discreto na
procura de um denominador comum, que deixa a filharada pular e saltar
mas só na hora do recreio. Ângela é mulher natural que se não deixou
dominar pela afectação masculina do poder. Depois desta legislatura
talvez seja a mulher mais propícia para governar os destinos da Europa
como presidente da União Europeia.
A sua capacidade feminina fez dela a mulher mais poderosa do mundo num
Mileu dos homens. O poder já não tem género e aqui revela-se feminino,
pelo menos no seu modo de ser. O poder feminino é imperceptível e
discreto. A chanceler apresenta-se reservada e respeitadora; até na
propaganda eleitoral estava mais interessada em destacar a semelhança do
que a diferença; preocupava-se em mencionar os argumentos e
contra-argumentos de cada matéria de interesse; nunca se perdeu em
rectóricas, o que era próprio dos concorrentes masculinos. Assim nunca
tem a perder penas de auto-apresentação. A base do seu poder está na
defesa da Alemanha como povo, no respeito dos parceiros da coligação e
no partido CDU que, discretamente, vai mudando e deste modo tornando os
outros partidos cada vez mais compatíveis. Rodeia-se de mulheres e
homens em quem confia; por isso mesmo todos a temem e respeitam.
Tornou-se numa moderadora indispensável para a nação. Para ela o
governar é um trabalho normal. A filha de um pastor e esposa de um
professor universitário não sofre do desejo de dominância nem de
aparecer; o seu poder é temido porque natural e discreto. Domina como a
mãe consciente de ter filhos também gabirus mas ciente que todos são
seus. Na vitória mostra-se soberana e feminina; a sua modéstia não lhe
permite alardes de senhora triunfal. Merkel conseguiu 462 votos dos 621
votos válidos o que corresponde a 74,39 dos votos. Esta coligação tem
poder para apostar no bem do povo. No parlamento tem uma oposição de 20%
dos deputados. A única consolação que esta teve na eleição da Chanceler
foi verificar que 39 deputados da coligação se abstiveram na votação.
Toda a nação segue os passos do governo. O povo odeia políticos que não
se preocupem com o bem-comum. Como a chanceler não fez promessas tem um
certo âmbito de acção nesse sentido. A chanceler já definiu a grande
coligação como a “coligação das grandes tarefas”. Os rebuçados já os
distribuíu ao parceiro SPD no pacto da coligação. Resta desejar que este
governo continue o tempo das vacas gordas para poder incrementar a
família, as reformas e dar solução ao buraco demográfico e dar
continuidade à obra do século que é a transição energética. Então talvez
reste algo para a EU. Esta mulher que tem sido uma bênção para o
bem-estar do povo alemão talvez se possa tornar numa bênção para o
bem-estar da Europa.
António da Cunha Duarte Justo
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Copyright © António Justo
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