Tump reconhece Jerusalém como Capital de Israel
António Justo
Jerusalém, é uma cidade dividida entre os
interesses de judeus, muçulmanos e cristãos. É o lugar
da inquietação! No ano 70 os romanos
detruiram o templo de Jerusalem querendo com isso destruir a identidade dos
judeus. Os romanos deram o
nome de palestina à terra de Israel para humilhar os judeus. Com a
conquista muçulmana tornou-se num dos motivos para as cruzadas e hoje mantem-se
como chama acesa de conflitos internacionais.
Com
o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, pelos EUA, surgirá uma escalação
da violência, no sempre moribundo, mas artificialmente preservado processo de
paz (entre palestinos e Israel); com este acto fica também congelada a ideia de
Clinton da solução de dois Estados e o mundo árabe encontra mais um alibi para
desviar as atenções da sua má administração e das guerrilhas entre irmãos.
O status de Jerusalém é uma questão especialmente controversa entre Israel e os palestinenses. A guerra
e a paz na zona dependem dos interesses internacionais do mudo árabe e do mundo
ocidental. Neste contexto permanece o conflito como a solução real para Israel
e palestinenses.
Em
1947 a ONU declarou-se por uma administração internacional da cidade; Jerusalém
é considerada o lugar sagrado de Judeus, cristãos e muculmanos. deste modo
evitava-se o conflito entre culturas numa cidade onde vovem 542.000 judeus e
324.000 árabes. Estima-se que na parte oriental da cidade vivem 200.000 colonos
israelenses e 300.000 palestinenses (HNA 7.12.2017). Bill Clinton (2000) propôs
a devisão da cidade em parte judia e muçulmana. Na guerra de 1948 Israel ocupou
a parte ocidental da cidade e Jordânia a parte oriental. Deste modo a cidade encontra-se
dividida. Jordânia administra os
lugares santos islâmicos da parte ocidental; a Jordânia reconheceu Israel como
Estado em 1994, mas não aceita a anexação da parte oriental feita por Israel. Na
guerra dos seis dias de 1967 Israel conquistou a prte oriental e reivindica
desde então toda a cidade como “capital eterna e indivisível” e nega a pretensão
palestinense de fazer da parte oriental a capital de um estado palestinense
independente.
Foco
das tensões religiosas vêm do facto do Monte do Templo onde outrora estava o templo
dos judeus, se encontrar sob administração muçulmanaa e com a mesquita muçulmana
Al-Aksa. No muro das lamentacoes que suportava a parte ocidental do templo
judeu, destruído pelos romanos no ano 70, reunem-se os judeus nas lamentações. Em Jerusalém encontram-se também lugares de
referência cistã muito importantes, entre eles o Santo Sepulcro.
Infelizmente
este lugar da inquietação inquieta não só palestinenses e judeus, mas também
partes das sociedades que se definem e afirmam no ser contra uns ou contra
outros!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas
do Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4571
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