António Justo
No seu relatório
anual “Tendências Globais”, o ACNUR
(Agência da ONU
para Refugiados) informa que 68,5 milhões de pessoas em 2017 se encontravam
deslocadas por guerras e conflitos.
Em 2017 viviam 19,9 milhões de pessoas num outro
país como refugiados. 70% desses refugiados provêm de 5 países: da Síria 6,3
milhões, do Afeganistão 2,6 milhões, do Sudão do Sul 2,4 milhões, de Mianmar
1,2 milhões e da Somália 1 milhão.
Os países com mais
refugiados são Turquia (3,5 milhões), Paquistão 1,4 milhões, Uganda 1,4 milhões,
Líbano 1 milhão, Irão 1 milhão e Alemanha 1 milhão. 52% dos refugiados são
menores.
Deu-se uma redução no número de refugiados que vêm
através do Mediterrâneo; este ano até meados de junho vieram 40.000.
A maior parte dos
refugiados na Europa vêm através da Itália e da Grécia.
Entre janeiro e março
de 2018 houve 34.400 requerimentos de asilo na Alemanha. Na EU o número de
requerimentos reduziu-se de 15% (houve 131.000 requerimentos).
Em Portugal em
217 foram feitos 1.749
pedidos de asilo dos quais, 500 viram confirmados o seu pedido de
reconhecimento do estatuto de proteção internacional. Muitos refugiados seguem
de Portugal para o Norte da Europa, por isso a política europeia orienta-se no
sentido de refugiados que já tiveram entrada num país da EU possam ser
reenviados para o país onde primeiro foram registados ou onde tiveram entrada.
Os Estados Unidos
foram o país a registar o maior número de pedidos (330.000)
essencialmente provenientes de cidadãos de países da América Latina. Segundo a
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos), os EUA
superam a Alemanha que desde 2013 liderava a qualificação.
Cada vez se torna
mais difícil distinguir entre refugiados políticos e refugiados económicos.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do tempo,
http://antonio-justo.eu/?p=4854
Sem comentários:
Enviar um comentário