Por António Justo
Na atmosfera
social alemã, tal como em toda a atmosfera social europeia, observam-se muitas nuvens
negras no horizonte, embora, nesta zona do mundo se tenha uma vida económico-social
de alto nível.
Desde o milhão
de refugiados acorridos à Alemanha em 2015, a atmosfera social tem escurecido e
a tempestade das ideias e agressões têm-se tornado mais visíveis. Tudo isto
acontece numa Alemanha que tem registado contínuo enriquecimento económico.
O ministro do interior regista um crescimento
na violência contra albergues de refugiados. Desde Janeiro houve 449 assaltos
contra casas de refugiados, e dos quais 82 crimes violentos. Falou de um “embrutecimento
parcial da nossa sociedade”. Com 2015 quintuplicaram-se os assaltos.
Por outro lado
o partido Die Linke (A Esquerda), em convenção do partido reunido, deliberou redobrar
a sua estratégia de ataque contra os
governantes porque vê o seu partido ter dado lugar ao partido AfD no que
respeita à crítica ao governo e ao Establishment. O AfD puxou o debate público
a si e desde então Die Linke encontra-se em crise. Antes era chique votar
na Linke como expressão de descontentamento contra os Governantes e agora parece
que o eixo da protesta passa a ser o carro do AfD.
Em muitos
albergues de refugiados tem também havido muitas agressões de muculmanos contra
cristãos. Nalguns albergues ter-se-á renunciado à celebração do Natal para não ferir
a sensibilidade dos muçulmanos. Entretanto o número de seguidores do grupo
extremista salafista cresce e os guetos de turcos e árabes aumentam.
Entretanto no
Mediterrâneo continuam a morrer refugiados. Nos últimos dias mais de 700
mortos.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
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