Vice-presidente do Parlamento alemão contra o Mundial 2022 no Qatar
António Justo
Qatar tem de resolver o conflito, com os seus seis parceiros árabes, se não
quer ver em perigo a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2022. Se a FIFA
e o mundo ocidental não usassem uma atitude hipócrita o Qatar teria sido
obrigado a renunciar ao apoio económico do terrorismo internacional para poder
ver realizada a Copa mundial no seu emirado.
Cláudia Roth, vice-presidente do Bundestag alemão declarou-se contra a
adjudicação da Copa do Mundo em 2022 no Qatar advogando a revisão da atribuição
(HNA, 07.06). De facto, não sendo Qatar “um país de futebol”, a adjudicação
nada tem a ver com o “desporto, mas com o dinheiro”. Qatar não considera as
normas básicas de direitos humanos e além disso houve “corrupção na
adjudicação”.
Também o presidente alemão da DFB, membro novo na FIFA, se pronunciou
contra a concessão de torneios a países que apoiam o terrorismo, alegando que
adjudicações só deveriam ser feitas a países que defendam o respeito dos
direitos humanos, a liberdade de imprensa e respeitem normas ambientais.
A FIFA sem
requisitos morais, tem-se mostrado apenas interessada no dinheiro. Por isso não
teve escrúpulo em aceder a realização da Copa do Mundo num país que apoia
activamente o terrorismo.
O clube Real Madrid acedeu a tirar a cruz cristã da coroa do seu emblema
nos produtos a serem comercializados no mercado árabe por uma firma têxtil que
comprou os direitos de comercialização de produtos relacionados com o Real
Madrid (Tischerds, etc.) nos Emirados Árabes Unidos. O club fez uma parceria
com o banco Abu Dhabi dos Emirados Árabes (Arábia Saudita, Qatar, Kuwait,
Bahrain e Omã). Quando se trata de negócios com os árabes, os europeus
renunciam até aos símbolos da sua identidade. De facto, identidade e honra, não
são materiais com que se faça dinheiro; os
árabes jogam na avançada porque possuem identidade, honra e dinheiro.
Em contrapartida os europeus mostram-se tolerantes, à sua maneira,
suportando na Europa o uso do lenço como confissão e propaganda aberta pelo
arabismo retrógrado. Em nome da liberdade (e ainda bem para a liberdade!) dizem
bem ao uso do véu na cabeça, como legítimo símbolo cultural do domínio do homem
sobre a mulher, precavendo assim o atractivo bom-exemplo da mulher submissa!! A
intolerância conta com a força do dinheiro e com a disponibilidade dos que se
deixam comprar. O dinheiro e o negócio
juntam interesses sem que se misturem!
Qatar é um grande patrocinador do terrorismo
Qatar, um emirado do Oriente Médio, fomenta o islamismo e apoia a Milícia
Hezbollah na Síria e no Líbano. Apoiou o movimento terrorista “irmandade
muçulmana” no Egipto, apoiou os islamistas sunitas na Tunísia contra a
juventude reformista dando milhões ao Partido Emndha, parceiro da Irmandade
Islâmica, que assumiu lá o governo; apoia a organização terrorista Hamas que
governa na Faixa de Gaza; apoiou o movimento da Primavera Árabe no sentido dos
islamistas saírem como vencedores em todo o norte de áfrica; deste modo,
apoiando-os com dinheiro defendia-se deles. Se o movimento se democratizasse
constituiria um perigo à porta. Apoia a insurreição islamista em todo o mundo
porque esta é a melhor maneira de impedir a democracia e a liberdade que se
tornaria numa ameaça para a monarquia absolutista de Al-Thani, que tem Qatar
nas mãos através dos seus milhares de familiares; os cidadãos não pagam
impostos. A estratégia de desestabilizar os vizinhos tem tido sucesso.
A potência económica Qatar faz tudo isto, pela porta traseira não
oficialmente, para poder negociar à vontade com o Ocidente que hipocritamente,
por razões económicas, fecha os olhos aos fomentadores do terrorismo e em casa
contenta os cidadãos com palestras vistosas de que o Estado já não pode
assegurar a segurança dos cidadãos nas grandes cidades! 14%
das acções da VW e do Deutsche Bank estão nas mãos de Qatar.
A família monárquica Al-Thani, mantem-se no poder desde há gerações.
Já o poeta e dramaturgo comunista Bertolt Brecht dizia “primeiro está o comer e depois a moral”!
António da Cunha Duarte
Justo
Pegadas do Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4289
1 comentário:
Artigo muito interessante tanto mais que em Portugal os mídia não aprofundam
este tema. Aprendi muito neste artigo, o que muito agradeço.
Maria Manuela
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