Um certo centralismo vigente em países latinos
tornar-se-ia tolerável se tivesse como ponto mitigador o respeito pelo
regionalismo. De facto, o centralismo exacerbado transforma-se no inimigo
do desenvolvimento das regiões distanciando-se, ao mesmo tempo, do povo! Em
sistemas democráticos o centralismo napoleónico torna-se anacrónico.
A Suiça é o melhor exemplo de país federal que embora
pequeno (oito milhões de habitantes), com alta qualidade de vida, tem grande
influência mundial. Na Suiça a democracia ganha foros especiais com
participação directa e as regiões afirmam-se de maneira própria, o que
contribui para um maior desenvolvimento do todo, o povo suíço.
A Catalunha, a Galiza, etc. deveriam lutar pelo estatuto
de estados federados; a política espanhola cometerá um grande erro se não tomar
a iniciativa de, a nível constitucional, possibilitar a organização do Estado
espanhol numa federação ou confedreação.
A regionalização e a personalização são factores garantes
do desenvolvimento e de sustentabilidade.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4480
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