quinta-feira, 9 de maio de 2019

O PARTIDO ALEMÃO SPD NÃO ENCONTRA PAZ NEM RUMO


Kevin Kühnert, chefe dos Jovens Socialistas, quer o seu partido SPD menos pragmático e mais esquerdo. Mais uma vez escandalizou muitos dos eleitores tradicionais ao propor agora uma coletivização democrática dos grandes empresários.

Como refere a imprensa alemã (t-online.de) depois das declarações de Kühnert os sociais-democratas caíram dois pontos percentuais em relação à semana anterior, 15%.

Uma tal intenção amedronta uma Alemanha habituada a viver mais da produção do que de ideologias passadiças.  Neste sentido, logo o chanceler Sebastian Kurz, do país vizinho, levantou a voz convidando os investidores alemães a investirem na Áustria. Ele prefere "um país de proprietários".
Desde que os sociais democratas  estão a deixar a posição de partido popular, devido à diminuição contínua do apoio eleitoral, o SPD parece encontrar-se em alto mar sem encontrar rumo.

Em tempos revoltos, seria de avaliar, até que ponto um socialismo democrático se impõe contra uma ideologia falida, um estalinismo cruel e uma ditadura chinesa que não considera a pessoa como tal.
O SPD (democracia social) foi a alternativa ao socialismo ideológico ao optar por um socialismo democrático e contra heteronomia. O bem-estar atual alemão e a sua posição privilegiada no mundo devem-se sobretudo à política real do SPD e da CDU/CSU.

A luta pela domesticação do capitalismo (a ordem capitalista económica e social) é legítima. Porém uma ideia socialista tradicionalista e radical, à la Kühnert encontra-se melhor guardada no partido comunista "Die Linke"! Die Linke é, porém, demasiado pequena para muita gente ambicionada!
Creio que Kühnert, de momento, mija no rio! Porém, pretender standards gerais de moral para uma facção política é, geralmente, desconhecer que política é negócio de interesses e cada um defende os seus. Toda a sociedade europeia se encontra insegura e desestabilizada perante os desafios que o globalismo provoca.

António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=5411

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