TSIPRAS QUER O LEITE E CONTINUAR A
TURRAR A VACA
Tsipras começou por tentar que a Troika
renunciasse aos 240 mil milhões de dívida sem se comprometer sequer em reorganizar
o país sem se importar com as consequências para os países da zona euro em
situação semelhante. Agora apela ao não no referendo e ao mesmo tempo defende
um perdão de 30% da dívida. Faz um referendo demagogo e não apresenta plano
para o dia a seguir! Tem-lhe chegado a ideologia
A Grécia teve a primeira bancarrota em Março de
2012. Os credores perderam mais de 100 mil milhões de Euros (a quota que
Portugal teve de perdoar na altura foi superior a 600 milhões de euros).
Actualmente a Grécia encontra-se de novo em situação de insolvência. No fim de
Junho não conseguiram pagar a parcela de crédito no valor de 1,6 mil milhões de
euros. Em Julho e Agosto teriam de reembolsar o BCE em 6,7 mil milhões de euros
de títulos governamentais. No caso de não pagarem o BCE terá de parar o auxílio
de crédito de emergência. Neste caso os bancos gregos cairiam imediatamente na
bancarrota. Tsipras tem conseguido trazer os políticos europeus presos pela
argola de nariz porque sabe da fragilidade do sistema e sabe que não há
regulamentação para o caso de uma saída do euro.
No caso de a Grécia voltar à Dracma podia
desvalorizar os próprios produtos e encarecer as importações. Uma medida destas
poderia levar a economia grega a produzir produtos antes importados.
Teria a vantagem de ganhar a soberania sobre a
própria moeda e de poder chantagear a UE com a sua posição estratégica entre
interesses americanos, europeus, russos e muçulmanos.
A Alemanha poderia perder entre 60 e 85 mil
milhões de euros no caso de a Grécia ir à insolvência e sair do euro. No
Tratado de Maastricht, está escrito que nenhum país se responsabiliza pelas
dívidas do outro.
António da
Cunha Duarte Justo
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