UM EXEMPLO PARA PORTUGAL, BRASIL, ETC.?
António Justo
Torna-se
oportuno recordar que o Presidente do Peru anunciou a “pena de morte civil”
para corruptos no governo e contra empresas corruptas.
O governo quer
criar uma “barreira para os corruptos”: “Não vamos contratar novos projetos com
empresas sancionadas por actos de corrupção ou que tenham admitido participação
nesses actos”.
Certamente, com
“pena de morte civil”, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, entenderá a
impossibilidade da corrupção se poder afirmar a nível de empregos do Estado e
de empresas em parceria com o Estado.
No Irão, China,
Arábia Saudita e Coreia do Norte há pena de morte para quem corrompe ou se
deixa corromper. Apesar da pena de morte nestes países a desumanidade continua.
A pena de
morte, seja onde for, é uma aberração e significaria a abdicação da dignidade
humana em favor de um poder anónimo estatal. Também nenhum cristão que tenha
entendido o valor da pessoa no cristianismo não deveria defender a pena de
morte! Para o cristianismo a pessoa humana é um absoluto. Nas sociedades
comunistas e muçulmanas as penas de morte deixam-se justificar por culturas que
consideram o Homem, não como sujeito, mas como meio para atingir um fim.
Pouco a pouco
as civilizações e as sociedades vão-se desenvolvendo do primitivismo e dos
interesses grupais no sentido da dignidade humana e do bem-comum. Algumas
pessoas, alguns estados e algumas culturas precisam de mais tempo.
Esta medida
deveria ser bem discutida na sociedade e no parlamento português dado, além de
muitos casos de corrupção (ex. PPPs, etc.) e do tráfico de influências, haver um clima benevolente da Justiça
e de outros órgãos do Estado no que toca à corrupção estrutural e ao tráfico de
influências.
O livro “Como o Estado gasta o nosso
Dinheiro” do juiz jubilado Carlos Moreno, daria muitas pistas a seguir em muitas
empresas de parceria com o Estado.
Uma sociedade
cada vez mais evoluída preocupa-se por uma ética do bem-estar de todos.
Pessoas eleitas
têm um compromisso acrescentado para com o bem-comum e como tal terão de se
preocupar com o seu papel exemplar. Precisamos todos de criar uma “civilização
do amor” que tenha por base a dignidade humano-divina, de que cada pessoa
António da
Cunha Duarte Justo
In Pegadas do
Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4802
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