sexta-feira, 25 de maio de 2018

MEDIDAS DE ANTI-CORRUPÇÃO DO PERU CONTRA CORRUPTOS DO GOVERNO E DE EMPRESAS


UM EXEMPLO PARA PORTUGAL, BRASIL, ETC.?

António Justo
Torna-se oportuno recordar que o Presidente do Peru anunciou a “pena de morte civil” para corruptos no governo e contra empresas corruptas.

O governo quer criar uma “barreira para os corruptos”: “Não vamos contratar novos projetos com empresas sancionadas por actos de corrupção ou que tenham admitido participação nesses actos”.

Certamente, com “pena de morte civil”, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, entenderá a impossibilidade da corrupção se poder afirmar a nível de empregos do Estado e de empresas em parceria com o Estado.

No Irão, China, Arábia Saudita e Coreia do Norte há pena de morte para quem corrompe ou se deixa corromper. Apesar da pena de morte nestes países a desumanidade continua.

A pena de morte, seja onde for, é uma aberração e significaria a abdicação da dignidade humana em favor de um poder anónimo estatal. Também nenhum cristão que tenha entendido o valor da pessoa no cristianismo não deveria defender a pena de morte! Para o cristianismo a pessoa humana é um absoluto. Nas sociedades comunistas e muçulmanas as penas de morte deixam-se justificar por culturas que consideram o Homem, não como sujeito, mas como meio para atingir um fim.

Pouco a pouco as civilizações e as sociedades vão-se desenvolvendo do primitivismo e dos interesses grupais no sentido da dignidade humana e do bem-comum. Algumas pessoas, alguns estados e algumas culturas precisam de mais tempo.

Esta medida deveria ser bem discutida na sociedade e no parlamento português dado, além de muitos casos de corrupção (ex. PPPs, etc.) e do tráfico de influências, haver um clima benevolente da Justiça e de outros órgãos do Estado no que toca à corrupção estrutural e ao tráfico de influências.

O livro “Como o Estado gasta o nosso Dinheiro” do juiz jubilado Carlos Moreno, daria muitas pistas a seguir em muitas empresas de parceria com o Estado.

Uma sociedade cada vez mais evoluída preocupa-se por uma ética do bem-estar de todos.
Pessoas eleitas têm um compromisso acrescentado para com o bem-comum e como tal terão de se preocupar com o seu papel exemplar. Precisamos todos de criar uma “civilização do amor” que tenha por base a dignidade humano-divina, de que cada pessoa

António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4802

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