quinta-feira, 24 de agosto de 2017

DESMIOLAMENTO DO SISTEMA DEMOCRÁTICO EUROPEU - GOVERNO TURCO DESAFIA A EU!



O Presidente turco imiscui-se na Campanha eleitoral para o Parlamento alemão

António Justo

Os factos:
O presidente Erdogan intrometeu-se na campanha eleitoral na Alemanha apelando aos cidadãos turcos a boicotarem as eleições. Imiscui-se, tradicionalmente, através das mesquitas e associações e, agora directamente, mediante recomendação pública à população turca na Alemanha a não votar nos partidos SPD, CDU e Verdes, porque, segundo ele, são “inimigos da Turquia”; abusa da Interpol com o mandato de captura ao escritor Dogan Akhanli. As eleições para o Parlamento Federal realizam-se a 24 de setembro. 

A Alemanha federal tem uma população de 82,2 milhões de habitantes e 61,8 milhões de eleitores e um parlamento com 631 deputados.

Na Alemanha vivem 3,5 milhões de turcos (parte deles com a dupla nacionalidade); um milhão deles são eleitores na Alemanha; na actual legislatura o parlamento federal tem 32 deputados de origem turca.

Interesses da economia e de paz interior forçam a Alemanha a engolir em seco


A maneira como o presidente turco e seus ministros se têm comportado revela-se numa insolente ingerência, facilitada pelo facto de os imigrantes turcos terem, de facto, um estatuto privilegiado na Alemanha.

As associações e mesquitas turcas, na Alemanha, têm uma acção muito activa na politização da população turca e alemã. Inteligentemente, actuam de maneira a terem uma grande inserção nas administrações estatais locais e nas estruturas políticas locais e federais e de modo a poderem ter uma estratégia de poder eficiente. Enquanto imigrantes de países não muçulmanos se contentam mais com representações honorárias, eles são mais realistas e por isso com mais influência e visibilidade política.

O aparelho do Estado alemão está bem preparado para controlar o terrorismo islâmico, mas, devido ao complexo nazi e a uma certa ingenuidade popular natural, tem medo de exigir maior prontidão de integração à imigração: por isso o trabalho intercultural falhou assemelhando-se mais a um montão de cacos que funciona bem devido à riqueza económica do país e ao bom funcionamento do estado social! Mesmo assim a classe política estabelecida admira-se do surgir de grupos de protesto como Peguida etc.

Os imigrantes trazem com eles não só benefícios económicos e culturais, mas também problemas intraestatais e interculturais.

Nas passadas eleições para o referendo da remodelação da Constituição turca, no sentido de maior desdemocratização da Turquia, quase 50 por cento dos eleitores turcos residentes na Alemanha  votaram, com quase uma maioria de dois terços (63,1 %) em Recep Tayyip Erdogan. Nestas eleições tratava-se de decidir sobre uma mudança e Erdogan era o símbolo de uma alteração para um sistema autocrático.

Exportação de violência


Erdogan procura mobilizar energias criminosas contra o sistema democrático. Estados como a Turquia em vez de resolverem os problemas com decisões maioritárias aceites pelas minorias, apostam na violência. Erdogan já há muito tempo ataca as instituições, média, justiça e parlamento. 

Depois do apelo de Erdogan, desconhecidos mascarados praticaram ataques incendiários à carrinha do partido SPD e do carro da deputada Michelle Müntefering (presidente do grupo parlamentar tuco-alemão, (certamente ataques de motivação política). Também Gabriel, a esposa do Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, recebeu ameaças telefónicas depois de ter alertado para a deterioração das relações entre Berlim e Ancara. O ministro dos negócios estrangeiro culpa o presidente turco pois “a maneira como o Sr. Erdogan faz, motiva alguns” e a "minha esposa está a ser ameaçada”.

A vice-presidente do SPD, Aydan Özoguz, em campanha eleitoral, diz” Eu noto uma incerteza incrível” entre a população turca. Certamente haverá grande abstenção da parte turca nas eleições para o Bundestag.

Várias organizações turcas na Alemanha funcionam como tentáculos do Estado turco e do regime de Erdogan (casos de espionagem praticada com a exigência de entrega de imigrantes turcos à Turquia ) e já chegam às escolas alemãs através de professores de turco e da colaboração de Ministérios da educação dos estados federados com a federação de associações e mesquitas turcas na Alemanha para a colocação de professores de islão (Ditib) nas escolas. 

A política de Erdogan na Turquia de esvaziamento da democracia e contra os curdos tem provocado o aumento de refugiados turcos na Alemanha; só em julho, segundo as estatísticas foram registados 620.  

Erdogan é um perigo para a democracia plural no próprio país e fora dele porque cerceia os direitos individuais, a liberdade de imprensa e o poder legislativo.  A EU produz medidas de boicote económico contra a Rússia que seria o seu parceiro natural e tolera o agir do autocrata turco que quer entrar na EU e já usufrui das firmas turcas na EU para se expandir noutros países europeus!

É paradoxal, mas consequente, a democracia ter de defender também os seus inimigos!

 Os partidos alemães encontram-se numa situação delicada devido à sua dependência de muitos votantes turcos.

António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4473

terça-feira, 22 de agosto de 2017

ÂNGELA MERKEL – A MÃE DOS REFUGIADOS


Uma família de refugiados da Síria deu o nome da Ângela Merkel à sua filha nascida neste mês em Münster. Fê-lo como acto de agradecimento pela política de abertura da Chanceler alemã. A menina chama-se Ângela Merkel Muhammed. A família com 5 filhos vive desde 2015 na Alemanha.

Já em 2015 uma família de refugiados em Duisburg tinha dado o nome de Ângela Merkel a uma filha nascida em Duisburg.

António da Cunha Duarte Justo

domingo, 20 de agosto de 2017

PENÍNSULA IBÉRICA (AL ANDALUZ) DECLARADA LUGAR DE RECONQUISTA PARA O ISLÃO



O Mito da Tolerância e da Paz multicultural medieval em Al Andaluz

Por António Justo
Um dos objectivos do terrorismo internacional é a Península Ibérica (“Al Andaluz”). Esta é “a terra da guerra”, como anunciava já o médico Ayman Al-Sawahiri (vice-chefe da organização terrorista Al Quaida em 2006 ao declarar a guerra santa contra Al-Andaluz (Península Ibérica), especificando: “O objetivo da jihad é libertar os territórios que já foram a terra do islão, desde Al-Andalus até ao Iraque.”
 
Há duas semanas, antes do atentado de Barcelona (1), o Estado Islâmico (EI) apelava nos seus sites à “reconquista de Al-Andalus” (HNA,19.08.2017) e anunciava um atentado nos próximos dias, chegando a usar, em 29 de julho passado, a expressão “fogo sobre Al Andaluz”; Al Andaluz era a expressão usada pelos árabes quando se referiam à Península Ibérica, dominada pelos mouros (desde 711 a 1249 a zona de Portugal e desde 711 a 1492 grandes zonas de Espanha).  

A tradição islâmica (sharia) divide o planeta em fronteiras religiosas: a “terra da paz” (Dar el Islam) que são as regiões onde os muçulmanos dominam, e a “terra da guerra” (Dar al-Harb), as terras onde o islão ainda não domina. O sonho árabe é a reconquista de Espanha; reconquistar o que os invasores muçulmanos tinham conquistado aos cristãos da Península Ibérica.

O Mito de Al Andaluz: estímulo para uns e força alienadora para outros


A região da Catalunha (província de Barcelona) é uma terra preferida por radicais muçulmanos para aí viverem. Na Espanha há 800 mesquitas e na sua sombra há também "mesquitas de garagem" onde a pregação do ódio produz frutos. O dia 22 de agosto seria, para já, uma data propícia para mais atentados!

A lembrança da era dourada muçulmana em Espanha (Al Andaluz) é um mito para os muçulmanos no seu sonho de voltar ao fulgor da sua Idade de ouro e, para não muçulmanos, é o mito da suposta era de paz e tolerância entre o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. O sonho árabe corresponde às suas coordenadas de religião política e ao sonho de um império a realizar; da parte europeia, o desejo mitificado de um tempo de paz e tolerância que provem de um trauma de séculos de convívio e de relações frustradas com o vizinho muçulmano – temos, sociologicamente, a experiência dolorosa de uma humilhação, ainda no inconsciente, a procurar refugiar-se na ilusão de uma sublimação. 

Os muçulmanos estão na origem, de facto, de um grande desenvolvimento na Península ibérica e na Europa, através da filosofia como tradutores/comentadores das obras dos clássicos gregos (os escritos gregos da antiguidade foram traduzidos para árabe, hebraico e latim em Córdoba), das ciências da medicina (Albucasis, Averróis), das novas técnicas de agricultura, da concentração em aglomerados citadinos e da sua arquitetura própria.  

Uma certa tolerância dos potentados muçulmanos do Al Andaluz, foi conseguida então pelo facto de não terem posto em prática o que a doutrina islâmica exigia (Corão, Ditos do Profeta e Sharia). Então como hoje surgiram movimentos de radicalismo (jihadistas) que pretendem pôr em prática o que a doutrina muçulmana e o exemplo de Maomé requer.

O filósofo judeu Moisés Maimonides de Córdoba, propôs uma interpretação alegórica das passagens da Tora de maneira a, nas Escrituras sagradas, termos uma verdade simbólica para os filósofos e teólogos e uma verdade física para o povo (verdade literal!)

O sistema muçulmano perseguiu o seu grande filósofo Averróis que foi um luzeiro na medicina e na filosofia, na qualidade de comentador de Aristóteles. A sua acentuação da razão e a interpretação alegórica dos textos sagrados (semelhante a Maimonides) não agradavam nem aos senhores muçulmanos nem aos senhores cristãos, tendo sido desterrado pelo soberano muçulmano. 

O Medievalista Francisco Garcia Fitz, constata que  „a tolerância na Espanha muçulmana“ , em que as três culturas se respeitavam mutuamente, não passa de um „mito multicultural“ e não corresponde à verdade histórica. Cristãos e Judeus eram tidos como inferiores e eram marginalizados, embora considerados minorias protegidas ("dhimmis"). Na Espanha, como ainda hoje na Turquia, estavam impedidos de obter tarefas de liderança no exército ou na administração política. 

As relações entre grupos religiosos eram caracterizadas por conflitos religiosos, políticos e de raça como conclui Darío Fernández-Morera no ensaio The Myth of the Andalusian Paradise, e que “nos melhores tempos só podia ser controlado através do poder tirânico dos governantes”.

A outra parte da realidade muçulmana em Espanha


Tanto a demonização como a divinização de uma época ou cultura estão ao serviço da guerra das corporações e da estupidificação de espíritos indiferenciados. 

Nesta época, Al Andaluz era um centro de muita criatividade e de alto nível científico e intelectual. O sistema económico era favorável à formação de elites.

Os não-muçulmanos (ahl al Dhimma) eram discriminados e oprimidos. O historiador Bernard Lewis constata: «As sociedades islâmicas nunca reconheceram a igualdade nem fingiram fazê-lo [...] Sempre houve discriminação, de modo permanente e naturalmente necessário, como algo inerente ao sistema e institucionalizado pela lei e pela prática.» 

Cristãos e judeus pagavam impostos específicos - um imposto individual e um imposto sobre a terra - que eram muito mais opressivos do que os impostos aos muçulmanos. As comunidades cristã e judaica estavam proibidas de exercer a sua religião em público, não podiam construir novas igrejas nem expressar em público as suas opiniões sobre religião. Muhammad I (823–886) mandou destruir todas as igrejas construídas depois de 711. Judeus e cristãos tinham de usar vestes que os distinguiam dos muçulmanos; nos séculos XI e XII houve também conversões forçadas, deportações e emigrações maciças de refugiados para a Espanha cristã. 

O historiador Francisco Garcia Fitz:  “As operações militares do governante Almansor no século X e as expedições jihad dos Almorávidas e Almohitas no século XII, contra os territórios cristãos, eram uma correspondência às cruzadas cristãs na luta contra o Islão”. Neste pano de fundo, continua o historiador: “a ideia idílica de uma Espanha muçulmana como local de encontro para três culturas parece mais ser a resposta a uma necessidade atual. Os modelos de relações interculturais que a nossa sociedade precisa, não devem ser buscados na Idade Média. Porque o que lá se encontra é o outro lado da realidade: política de exclusão, que culminou em violência e expulsão”. “A tolerância na espanha muçulmana é um mito” .

No fim do califado em 1031, a convivência deteriora-se, chegando a haver um pogrom contra os judeus de Granada, onde milhares foram assassinados. Muitos judeus, entre eles Moisés Maimonides, refugaram-se em áreas mais tolerantes no Mediterrâneo oriental ou nos reinos cristãos emergentes no oeste da Espanha.

O domínio muçulmano terminou como começou…. Rivalidades, no século VIII, entre cristãos tinham facilitado a entrada dos muçulmanos na Península Ibérica e rivalidades, no século XIII, entre muçulmanos facilitaram a reconquista cristã. Em 1492 o último rei Abu Abdalá (Boabdil), capitulou perante os Reis Católicos, Fernando e Isabel. 

Com este contributo não quero justificar preconceitos com preconceitos. Saber é luz que vai iluminado também os nossos mais obscuros recônditos!  Importante é estarmos na disposição de descobrir e servir o espírito da luz, mas sempre conscientes das próprias trevas.

© António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo (Português e História)

(1)    A 17.08.  ocorreram dois atentados em Barcelona e Cambrilis com 14 mortos e mais de 130 feridos.

sábado, 12 de agosto de 2017

UM JOGO PERIGOSO ENTRE A COREIA DO NORTE E OS EUA



O contra-ataque verbal de Trump, tal como as acções do ditador Kim Jong Un, têm mais em vista distrair o povo dos USA e o povo da Coreia do Norte; a deslocação dos problemas do interior para o exterior facilita-lhes a governação.

O que de momento se observa tem também o objectivo de iniciar a legitimação de uma maior corrida ao armamento. Em tempos modernos a violência militar deve ser evitada pelo Conselho de Segurança da ONU. Juridicamente a Nato não estaria implicada numa guerra entre A Coreia do Norte e os USA. A União Europeia poderia assumir um papel de intermediário e convencer a China a moderar o perigo em via na Coreia do Norte. A tecnologia da Coreia do Norte depende da China.

Um anúncio de neutralidade por parte da China no caso de a Coreia do Norte lançar a primeira raquete revelar-se-ia como acto de oportunismo e renúncia a assumir responsabilidade global. Os actores que poderiam contribuir para uma solução pacífica do conflito são a Coreia do Sul, a China, a Rússia, o Japão e os USA.

António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

UMA MUÇULMANA CRENTE EXEMPLAR – SEYRAN ATES




A Fundadora da primeira Mesquita inovadora: “Mesquita Averróis-Goethe”

António Justo
Seyran Ates, nasceu em Istanbul (1963); aos seis anos emigrou para a Alemanha; frequentou os estudos de direito em Berlim, especializando-se em direito penal e em direito de família. Já, durante os estudos, apoiava mulheres vítimas de violência caseira.

Como advogada defende vítimas de “crimes da honra”, mulheres casadas à força ou maltratadas pela família. Em 1984 um marido matou uma sua cliente no seu consultório; Ates ficou gravemente ferida e teve uma experiência de quase-morte. Apesar disso, Seyran Ates continuou a empenhar-se na defesa de mulheres oprimidas, conseguindo trazer para a opinião pública alemã um aspecto escuro de muitas mulheres que sofrem em silêncio devido à pressão patriarcalista. Em 2006 abandonou a sua carreira de advogada, por algum tempo, devido a ameaças.
 
Depois de ter publicado o livro “O Islão precisa de uma revolução sexual” recebe contínuas ameaças de morte e e-mails transbordantes de ódio e ideias de abuso sexual, o que a levou novamente a abandonar a carreira de advogada em 2009.

A ativista de direitos humanos “vive em constante perigo de vida” porque se dedica à defesa da liberdade de outros. A muçulmana encontra-se sob proteção policial, dia e noite, com vários polícias.

Na luta por um rosto feminino para o Islão

A 16 de Junho de 2017, Seyran Ateş abriu a “Mesquita Ibn Ruschd-Goethe” em Berlin (um projecto de ligação da cultura árabe à cultura ocidental, daí o nome “Mesquita Averróis-Goethe”). É a primeira mesquita progressista na Alemanha; está aberta às correntes islâmicas sunita, xiita, alevita e sufi. O uso do nicab e do xador são proibidos por serem expressão de submissão ao homem e símbolo de um islão anacrónico (1).

Seyran Ates, quer uma mesquita onde o Corão não seja interpretado à letra e, assim, tornar possível uma interpretação moderna que  possibilitae uma educação para a liberdade, para a responsabilidade individual e para a paz universal.

As mesquitas na Alemanha não perdoam a Seyran Ates, ser a cofundadora da mesquita liberal Ibn-Rushd-Goethe-Mesquita onde rezam mulheres e homens uns ao lado dos outros e onde às vezes uma imã orienta a oração ritual.

Na imprensa da Turquia, Ates é apostrofada de “traidora da pátria e de terrorista”. “A repartição turca para os Assuntos Religiosos (Diyanet) incita a plebe mafiosa turca na Alemanha” (HNA) e  acusa Ates de querer modificar e reconstruir a religião.

Ates chama a atenção para a hipocrisia que, muitas vezes, se apresenta com duas caras:” Eles sorriem para ti e mentem-te na cara”.  É contra o uso do lenço islâmico (Hijab), contra os casamentos forçados e contra os crimes de honra. Também, devido à sua experiência amarga, desabafa: "Onde a Religião só serve a demarcação/separação, revela-se contra a democracia”.

A atitude de Seyran Ates torna-se numa ousadia promissora para o Islão (e para a paz na Europa) na medida em que lhe possibilita, por um lado,  a saída do gueto, o abandono do acorrentamento aos costumes da Arábia do século VII e, por outro, a abertura à pessoa, à feminidade,  à História e a outras culturas. No seu projecto, “Mesquita Averróis-Goethe, é apoiada por muçulmanos liberais de todo o mundo.
Entre outros louvores foi-lhe atribuída a condecoração Cruz Federal de Mérito, pelo Estado alemão.

Conclusão

A “Mesquita Averróis-Goethe é uma iniciativa válida e digna de imitação para tornar o islão compatível com a Europa e com outras culturas. O Islão só será reformado pela acção das mulheres. Nelas há que apostar para que não continuem a fomentar um estilo de cultura arcaica aliciante de instintos de homens árabes e doutras culturas! Só elas poderão trazer ao Islão um rosto feminino e recuperar a feminilidade que ele reprime e assim dar-lhe um rosto mais equilibrado e mais humano!

© António da Cunha Duarte Justo
 
(1)    Há dias dizia, no fim de uma aula, um simpático muçulmano trintanão, dirigiu-se a uma colega professora de alemão, dos seus 50 anos e disse-lhe: porque é que pinta os lábios e se veste assim, se já é casada?
Na sua mentalidade genuína até tinha lógica a sua pergunta! Porque precisa uma mulher casada de se arranjar de maneira atractiva se já tem um homem a quem pertence?! Porque traja assim, se isso é uma manifestação de liberdade e como tal uma provocação aos homens que, por natureza, andam à caça e mais à solta?!