quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Atentado à Vida de Mulheres, Idosos e de Embriões femininos




12.000 Mulheres raptadas no Quirguistão
António Justo

Preferido o Aborto de Embriões do Sexo feminino
Sociedades machistas ou de ideias arcaicas em que o homem vale mais que a mulher, além de considerarem o nascimento duma mulher como um peso, muitas vezes, também maridos e sogras exercem grande pressão sobre as mulheres para que tragam ao mundo um menino e não uma menina. Muitas vezes, a mulher é obrigada a abortar, sofrendo ela as consequências psíquicas do acto, a ponto de se suicidar, como aconteceu na Albânia a uma mulher de 28 anos. O Conselho Europeu em Estrasburgo constatou na Albânia uma maior percentagem de abortos de embriões do sexo feminino, já fora dos prazos de aborto legal. Com os diagnósticos pré-natais pode ser verificado, além de doenças hereditárias, o sexo da criança por nascer, entre a 12 e a 14 semana de gravidez. 

Uma resolução do Conselho Europeu em Estrasburgo, de Novembro 2011 afirma que “a seleção de sexo pré-natal atingiu dimensões preocupantes”. As estruturas demográficas são baralhadas. Muitas famílias fazem uso do diagnóstico pré-natal para recorrerem ao aborto de mulheres grávidas de meninas. Na Europa, também o diagnóstico genético pré-implantatório (PID), é usado em 2% para determinar o sexo.
 A relação de nascimentos, em geral, cifra-se numa média de 105 meninos por cada 100 meninas recém- nascidas. Na Albânia são 112 meninos. Esta prática de selecção, embora mais própria de sociedades patriarcais arcaicas, também se verifica na Europa.

Com a relegação do aborto para o sector da saúde, actos contra a humanidade tornam-se irrelevantes para a justiça, dado passarem a não pertencer ao sector dos direitos humanos. A tecnologia moderna dá oportunidade aos pais de, arbitrariamente, determinarem a selecção do sexo.

A Igreja Católica, o único lóbi pelas crianças ainda não nascidas, admoesta a ciência e o legislativo no sentido de universalmente se assegurar a dignidade humana e a integridade física da pessoa, como direito constitucional. A inviolabilidade da dignidade humana é um princípio da cultura ocidental a universalizar.

Hitler, no sentido do darwinismo social, já tinha praticado, a aniquilação de vidas consideradas “menos válidas”, a eutanásia, a esterilização de pessoas e a extinção de grupos ou raças não julgadas úteis à sociedade. Para quem a dignidade humana não é tabu traz consequências tremendas para a sociedade. As pessoas são influenciáveis por objectivos curtos a atingir e facilmente estão de acordo com leis desumanas, como se viu nos regimes de Estaline e Hitler e ainda hoje se constata em vários regimes jurídicos culturais.

Idosos e Doentes perturbam o Negócio
O ministro das Finanças, do novo governo japonês, acaba de afirmar que os idosos doentes devem "morrer rapidamente", para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos. „Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer… O problema não tem solução, a não ser que os deixemos morrer, e depressa" disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.

Rapto nupcial de 12.000 Mulheres num Ano - A Ponta do Iceberg
Hodiernamente, mulheres continuam a ser raptadas e a não ter direito a escolher o marido em várias sociedades.

No Quirguistão são raptadas cerca de 12.000 mulheres por ano (HNA 29.12.2013) por homens que as obrigam a casar.

Sob a pressão da crítica de defensores dos direitos humanos, o presidente do Quirguistão na Ásia Central, assinou uma lei contra o rapto de noivas. A lei prevê uma pena que vai até 7 anos de cadeia.

Em certas sociedades a mulher ainda continua a seu uma presa do homem e da sociedade. Destas coisas os Media não informam por respeito ao direito cultural, como se a barbaridade cultural fosse superior à dignidade humana. 

A nossa sociedade facilmente desvia os olhares dos próprios iniquidades falando dos crimes acontecidos na Idade Média e não se preocupa com a Idade Média com que vivemos.
António da Cunha Duarte Justo

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