O Imamato
Ismaelita é liderado por Aga Kahn
Por António Justo
A sede mundial Ismaelita (Imamat Ismaili), que
em Portugal é representada pela Fundação Aga Khan, “vai ser no palácio onde
hoje funciona parte da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa”,
vendida pelo “Governo Geringonça” de Costa por 12 milhões de euros, livres de impostos.
Pelo acordo assinado entre o Estado português e o Imamat Ismaili, a rede Aga
Kahn terá em Lisboa a sua sede mundial com um estatuto semelhante ao do
Vaticano na Itália.
Aga Khan, título religioso do actual imam Xá Karim Al Hussaini, é o líder
muçulmano de 20 milhões de xiitas Ismaelitas Nizaris espalhados em 25 países, principalmente
na Índia, Paquistão, Afeganistão, Tajiquistão, Síria, Iémen, Irão, Omã, Bahrein
e no leste da Turquia; em Portugal vivem 8.000 ismaelitas Khoja (India,
Moçambique). Karim Aga Khan IV é descendente (não comprovado) de Maomé; é o 49º
imam nizari e pretende ser a avant-garde no Islão. Os ismaelitas procuram ser
em todo o lado a “avant-garde do progresso” embora nos seus antepassados se encontrem
os Assassinos, os modelos dos jihadistas homens-bomba de hoje. Nizaris
-Ismailis eram conhecidos na Europa da Idade Média como Assassinos (homens das
adagas, haxixe, na tradição romana dos sicários, “ascensor asini”, e outros
vêem o termo Assassin derivado do árabe “asas” que também é empregue na
maçonaria no sentido de Assis, “guardiões „ da herança, guardiões dos segredos,
etc.).
Os ismaelitas confessam o testemunho islâmico da chahada de que "Não
existe nenhum outro deus senão Alá e Maomé é o Seu profeta" e o Corão como
palavra eterna de Deus.
De mentalidade moderada querem um islão socialmente empenhado (escolas,
hospitais, etc. e ajudam os lavradores e comerciantes a organizarem-se
concedendo créditos através dos seus bancos). A revista de negócios americana
"Forbes" elogia o Aga Khan como um “Venture Capitalist
para Países em Desenvolvimento". Uma estrela da alta sociedade que
consegue unir a ideia do islão à modernidade. Aga Khan é um homem esperto que
aposta no negócio, o grande factor que arrasta a educação, a mundivisão e o progresso.
Os ismaelitas crentes, que podem, cedem, 10% do seu ordenado, à Fundação
Aga Khan. Nazim Ahmad é o representante da rede Aga Khan em Portugal. Rahim
Firozali Ahmad é o director-geral da empresa de seguros Combined Insurance em
Portugal. Como é comum entre muçulmanos, têm um grande espírito de cooperação e
de solidariedade entre os membros da própria religião. Na Fundação Aga Khan em
Portugal, e no Centro Ismaelita de Lisboa trabalham 600 ismaelitas
gratuitamente.
O gordo título da notícia “Acordo milionário para Portugal” da VISÃO
de que fora assinado o “acordo entre o Estado português e o Imamat Ismaili
trará para Portugal investimentos de centenas de milhões de euros” não será tão
cândido como parece. Contudo, a necessidade obriga, o ouro encanta e o sucesso
económico convence!
Aga Khan, o papa dos ismaelitas, tem uma fortuna estimada, no mínimo, em dez
mil milhões de euros; ele é um dos principais accionistas de vários grupos
internacionais, incluindo Grupos Fiat e Lufthansa e também é dono de bancos,
jornais, minas de pedras preciosas, companhias aéreas, raças de cavalos e
cadeias hoteleiras; está bem especializado no management mundial e pretende
forjar novos pensadores e representantes de um Islão esclarecido. (Contudo haverá
suspeitas de membros da religião financiarem grupos terroristas).
A Aga Khan Foundation (Fundação Aga Khan) é uma organização não confessional,
uma organização de desenvolvimento não-governamental, que foi fundada em 1967
por Karim Aga Khan IV na Suíça e tem filiais em 15 países para
a promoção especialmente na Ásia e na África Oriental. Como homem versado e
inteligente sabe que a arte é um meio privilegiado para se criar ouvido e aceitação;
por isso investe também em museus e eventos de arte.
Como outras organizações de cooperação para o desenvolvimento, a Fundação
Aga Khan, com o seu corpo diplomático, arranja acordos de parceria (1) entre
países desenvolvidos (2) e países subdesenvolvidos ou emergentes. Os países
desenvolvidos precisam de mediadores para efectuarem o pagamento dos dinheiros
que cada país disponibiliza em apoio dos países subdesenvolvidos. A Fundação
Aga Khan é a maior organização de desenvolvimento privada do mundo. A sua
empresa ganha por ano mil milhões de euros.
Aga Kahn conseguiu de Sarkozy a isenção de impostos na
França (em particular imposto sobre o rendimento) e terá, para isso apoiado
financeiramente Sarkozy, aquando da sua propaganda para as eleições.
Os ismaelitas são fundamentalmente uma elite religiosa e inteligente que se
dedica sobretudo ao comércio, advocacia, engenharia, medicina e imobiliário; A instituição
religiosa tem direito de imunidade e isenção de impostos. Gostam da discrição e
cultivam o segredo, tal como a maçonaria. Em https://www.publico.pt/sociedade/noticia/ismailitas-a-elite-muculmana-da-diplomacia-e-dos-negocios-1728365
pode ler-se muitos pormenores sobre o grupo discreto que se apresenta de rosto
brilhante vindo do capital. Expressam uma forma pacífica e diplomática do Islão.
Um problema fundamental nas relações com entidades muçulmanas está o seu
princípio da Taqiyya (“Engano e ofuscação”) dos não crentes como método da
diplomacia. O Islão é uma fé, um modo de vida e um movimento para a criação de
ordem islâmica no mundo. Esperemos que Aga Kahn, se torne de facto, contra a tradição
islâmica num islão moderno e aberto.
Nos tempos que
correm Aga Kahn parece ser um homem que reconhece os sinais dos tempos e os
grupos de interesses que os lideram.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo http://antonio-justo.eu/?p=3970
- Também fazem negociações com os Ministérios do Desenvolvimento dos países dadores e os governos dos países recebedores a cooperação em projectos de desenvolvimento industrial e de infraestruturas. As empresas e mediadores envolvidos nos negócios entre parceiros doadores e recebedores conseguem grandes lucros, dado estes negócios envolverem grandes empresas e empreendimentos geralmente de milhões.
- Por trás desta ajuda económica a países emergentes encontra-se também o interesse dos países doadores criarem novos mercados para as próprias exportações a nível militar, económico, político, etc.) e países que recebem apoio para o desenvolvimento por países dadores, para cooperam com países desenvolvidos em projectos de desenvolvimento dos quais também usufruem.
2 comentários:
Caro amigo,companheiro e sr.António Justo , uma opinião detalhada ao seu oportuno artigo ou texto daria um romance . No entanto,eu resumo a minha opinião ao seguinte…da sra.Merkel representante de produtos da poderosa alemanha até ao actual Costa importador de tóxicos,que escolha o diabo . Ainda mais directo – enquanto o capital desregulado comandar os autoproclamos politicos,o continente árabe não consegue sanear os gravissimos problemas globais que tem,o continente africanos cairá ainda mais no pântano.
Francisco Barbosa Velho
FB
O que me surpreende é o facto de Aga Kahn querer a sede da sua religião na Europa e não num país asiático onde tem muitíssimo mais fiéis.
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