432 deputados
votaram contra o Acordo Brexit de May negociado entre o governo de Londres e a
União Europeia; só 202 votaram a favor.
O
comportamento de May sem qualquer tentativa de alianças em relação à oposição
mostra o espírito partidário a vencer sobre os interesses do país. Assim perde
a EU e o Reino Unido.
O cálculo
inglês também pode assim contar com a fraqueza da EU que se mostrará pronta a
fazer
concessões aos
ingleses para que haja um Brexit ordenado.
May tem-se
mostrado aguerrida e com coragem para não desistir. Pelos vistos precisava de
aprender um pouco de Merkel que domina a arte de fazer compromissos.
Uma vez que a
propaganda do Brexit foi dirigida à geração mais velha, seria bom que houvesse
um novo referendo onde a juventude, agora acordada, se pronunciaria também e
certamente um novo referendo evitará o Brexit.
No meio disto
tudo, quem mais perde é a União Europeia que perante um país forte e sem amores
pela Europa continental (como é o caso do Reino Unido), terá de ceder ainda
mais ao parceiro e consequentemente também aos interesses alemães e em parte
também da França. Os países de economia menos relevante irão ter de abandonar
direitos em Bruxelas, que na nova constelação da EU sem Londres, exigirão: um
dos primeiros direitos a abolir será o de se abdicar da necesssidade de
unanimidade para certas decisões. Doutro modo os países do sul passavam a ter
mais peso nos momentos de decisões importantes!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do
Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=5236
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