quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

ANIVERSÁRIO DO ASSASSÍNIO DO REI DE PORTUGAL – UM CRIME REPUBLICANO E MAÇÃO SEM PROCESSAMENTO JURÍDICO NEM HISTÓRICO


António Justo
O regicídio de 1 de Fevereiro de 1908 com o assassínio do rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, D. Luís Filipe de Bragança, foi praticado por jacobinos republicanos de influência francesa e auxiliados por elementos da Carbonária (maçonaria).

Os assassinos directos Alfredo Costa e Manuel Buíça foram imediatamente apanhados pela polícia e logo depois mortos para impedir uma investigação séria e não descobrir os cúmplices. As armas usadas no regicídio foram levantadas do armeiro Gonçalo Heitor Freire (republicano e maçon).

Em 1910, o governo republicano liderado pelo primeiro-ministro Afonso Costa impediu a investigação judicial do regicídio terminando o caso sem condenação nem conclusão.

“En 2008, el gobierno socialista de la Tercera República Portuguesa rechazó conmemorar el centenario del regicidio de Lisboa, prohibiendo cualquier participación oficial por personal militar o funcionarios del gobierno.”

A memória teria de ser apagada para que não houvesse a ideia de que a República foi filha do crime e de uma classe jacobina que desde as invasões Francesas influenciou e influencia determinantemente os destinos de Portugal.

A República não quer ter memória porque mostraria o feitio da têmpera de parte da sua classe que determina hoje os destinos de Portugal. A república esconde bem as suas vítimas nas caves da nação. Esquece porém que, deste modo, manipula o pensar da colectividade portuguesa, ao baralhar e e omitir a verdade sobre este período decisivo para Portugal. Este procedimento ajuda amelhor entender o pensar coado de grande parte da população portuguesa. A infraestrutura ideológica da nação não permite o processamento nem a digestão das partes negativas praticadas em nome do Estado e por isso vomita-as logo, de princípio.
©António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo http://antonio-justo.eu/?p=4090

5 comentários:

Anónimo disse...



De 1 de fev de 1908 a 5 de out de 1910 e Afonso Costa é que tem culpa meu caro ?

E claro não havia uma ditadura ( Joao Franco não existiu) nem mais de 100 presos pela ditadura ( entre eles Afonso Costa) nem o rotativismo não era uma farsa

Nada disso !

Talvez recordar a vergonha que a monarquia fazia passar aos reis africanos como Gungunhana ou traição ao mapa cor de rosa ou o esbulho dos dinheiros do Estado ..,

Nada disso contou ..
Joffre Justino
in Diálogos Lusófonos, hoje

António da Cunha Duarte Justo disse...

Não se trata aqui de se branquear ou demonizar um regime nem outro. O problema está apenas no facto de um país consentir a existência de um crime até hoje SEM PROCESSAMENTO JURÍDICO NEM HISTÓRICO. Por vezes tem-se a impressão que a sociedade portuguesa se empenha sempre em evitar uma discussão séria sobre o presente-passado de cada época, como se o futuro não dependesse do passado e assim por diante (Talvez o rotativismo de ontem como o de hoje seja uma possibilidade de explicação para o facto! A rotação dos diferentes governos com os seus bens e males específicos parece ser razão suficiente para descanso da alma portuguesa!).
Assim não temos sequer a possibilidade de fazer face ao passado para o integrarmos conscientemente no nosso ideário e aprender dele. A comportar-nos assim, continuaremos a viver cada vez mais na mesma e a não compreender cabalmente a nossa maneira de ser e de estar presente na sociedade política de hoje.

Os erros de um regime não justificam os do outro; os erros do presente são o estrume que alimenta o futuro! O bom lavrador não despreza sequer o estrume!

Anónimo disse...

Sempre tive essa curiosidade em saber os fatos subsequentes ao regicídio, além do óbito dos assassinos.

Aqui no Brasil, o tal marechal Deodoro, após aplicar o golpe militar, foi apresentar desculpas a D. Pedro II.
Mauro Moura
in Diálogos Lusófonos, hoje

Anónimo disse...

Interessante reflexão.
Vivemos uma ambiguidade cultivada. A cultura do fingimento.
Derrubou-se a monarquia para se ser monarca. ‘E o que parece a forma/aparato de que se rodeia o poder.
Lurdes Alexandre
in Diálogos Lusófonos, hoje

António da Cunha Duarte Justo disse...

Exactamente! Apenas uma Reflexão!
Eu não poderia resumir melhor o que penso do que fez Lurdes Alexandre ao escrever “Vivemos uma ambiguidade cultivada. A cultura do fingimento.
Derrubou-se a monarquia para se ser monarca”. Muito obrigado!
Tenho a impressão que apenas substituímos um rei por um presidente! O resto continua no emaranhado dos interesses obscuros encostados ao Estado antes e depois da república!