quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

JERUSALÉM É O CORAÇÃO DE CIVILIZAÇÕES E TAMBÉM O SEU BARRIL DE PÓLVORA

Tump reconhece Jerusalém como Capital de Israel

António Justo
Jerusalém, é uma cidade dividida entre os interesses de judeus, muçulmanos e cristãos. É o lugar da inquietação!  No ano 70 os romanos detruiram o templo de Jerusalem querendo com isso destruir a identidade dos judeus. Os romanos deram o nome de palestina à terra de Israel para humilhar os judeus. Com a conquista muçulmana tornou-se num dos motivos para as cruzadas e hoje mantem-se como chama acesa de conflitos internacionais.
Com o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, pelos EUA, surgirá uma escalação da violência, no sempre moribundo, mas artificialmente preservado processo de paz (entre palestinos e Israel); com este acto fica também congelada a ideia de Clinton da solução de dois Estados e o mundo árabe encontra mais um alibi para desviar as atenções da sua má administração e das guerrilhas entre irmãos.
O status de Jerusalém é uma questão especialmente controversa entre Israel e os palestinenses. A guerra e a paz na zona dependem dos interesses internacionais do mudo árabe e do mundo ocidental. Neste contexto permanece o conflito como a solução real para Israel e palestinenses.
Em 1947 a ONU declarou-se por uma administração internacional da cidade; Jerusalém é considerada o lugar sagrado de Judeus, cristãos e muculmanos. deste modo evitava-se o conflito entre culturas numa cidade onde vovem 542.000 judeus e 324.000 árabes. Estima-se que na parte oriental da cidade vivem 200.000 colonos israelenses e 300.000 palestinenses (HNA 7.12.2017). Bill Clinton (2000) propôs a devisão da cidade em parte judia e muçulmana. Na guerra de 1948 Israel ocupou a parte ocidental da cidade e Jordânia a parte oriental. Deste modo a cidade encontra-se dividida. Jordânia administra os lugares santos islâmicos da parte ocidental; a Jordânia reconheceu Israel como Estado em 1994, mas não aceita a anexação da parte oriental feita por Israel. Na guerra dos seis dias de 1967 Israel conquistou a prte oriental e reivindica desde então toda a cidade como “capital eterna e indivisível” e nega a pretensão palestinense de fazer da parte oriental a capital de um estado palestinense independente.
Foco das tensões religiosas vêm do facto do Monte do Templo onde outrora estava o templo dos judeus, se encontrar sob administração muçulmanaa e com a mesquita muçulmana Al-Aksa. No muro das lamentacoes que suportava a parte ocidental do templo judeu, destruído pelos romanos no ano 70, reunem-se os judeus nas lamentações.  Em Jerusalém encontram-se também lugares de referência cistã muito importantes, entre eles o Santo Sepulcro.
Infelizmente este lugar da inquietação inquieta não só palestinenses e judeus, mas também partes das sociedades que se definem e afirmam no ser contra uns ou contra outros! 
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4571

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