sábado, 17 de março de 2018

DIREITOS CULTURAIS CONTRA DIREITOS HUMANOS NA ALEMANHA


Administração permite poligamia a refugiados e proíbe-a a alemães

António Justo
No Município de Montabaur foi reconhecido asilo a um sírio (refugiado) com quatro mulheres e 23 filhos. Antes as mulheres viviam em diferentes cidades da Síria em casas do marido. A lei do reagrupamento familiar concede também aos refugiados o direito a mandar vir a família. O problema começa, porém, com a definição do modelo de família. 

O islão permite ao homem possuir até quatro mulheres e um número arbitrário de escravas, desde que o homem as possa manter.
 
Devido aos protestos de cidadãos alemães que se sentem discriminados pela lei alemã, as autoridades responderam:” A legalidade de um casamento é regida exclusivamente pela lei do país em que foi concluída. E na Síria, os homens podem ter até quatro mulheres.”

Casos como este dificultam a compreensão para a integração de muitos refugiados até porque, naquela família, os membros masculinos impediam as meninas de frequentar a escola. Surgiram outros problemas como se relata aqui, (1) no jornal “Rhein Zeitung”.

Também em Schleswig-Holstein, no distrito de Pinneberg, um refugiado da Síria, que vive na Alemanha com sua esposa desde 2015, conseguiu que os 4 filhos da segunda mulher viessem para a Alemanha e recebeu agora a permissão para que a sua segunda esposa se venha juntar a ele (2). As autoridades disseram que agiram no "interesse das crianças" e certamente também no interesse do islão. A Constituição alemã, no artigo 3, diz: “Todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança”. Segundo a lógica, também o casamento de homens com crianças será permitido, dado isso ser da competência do país onde se realiza o casamento!

O Estado negligência os seus deveres perante a própria cultura 

Nas situações descritas observa-se um conflito entre a defesa de interesses individuais e a defesa de direitos culturais e, por outro lado o confronto entre direitos culturais de uma nacionalidade em relação à outra. São confundidos interesses de pessoas com os interesses das suas organizações contribuindo-se para situações discriminatórias quer para a sociedade maioritária quer para a minoritária. Na discussão pública confunde-se a defesa de interesses culturais com a defesa de direitos individuais. Isto leva aos mesmos preconceitos como a discussão se o islão pertence à Alemanha e se o cristianismo pertenceria à Turquia em vez de se respeitar a liberdade de religião apesar das diferentes estratégias de autoafirmação entre elas.

O regime político europeu tem negligenciado uma política do equilíbrio e da defesa dos direitos humanos também dentro dos grupos muçulmanos (a mulher é desprotegida e mantida na qualidade de pessoa subjugada ao homem!). 

Para legitimar o negócio das armas e para dar resposta ao envelhecimento da população europeia a classe política tem em conta a desvalorização de valores humanos europeus e negligencia o aspecto da bilateralidade nas relações interculturais. O Estado, ao permitir, no seu território, a imposição de direitos culturais contra direitos humanos, esvazia necessariamente os direitos culturais europeus (baseados nos direitos individuais humanos) e deste modo favorecer a cultura muçulmana (baseada no seu direito cultural sobre o indivíduo) contra a cultura europeia! 

Dado os estados de maioria muçulmana se definirem sobretudo pela religião, os estados europeus, embora provenientes da cultura cristã (nela inculturada gregos, romanos, judeus e bárbaros), ao incluírem nas suas relações com outras culturas apenas o aspecto económico e político (comércio de produtos) criam um vazio cultural na sociedade maioritária, proporcionando assim um clima de desconfiança entre os diferentes grupos populacionais.  Em nome da religião, uma cultura hegemónica pode afirmar-se contra uma cultura aberta e permissiva. Este dilema não encontra suficiente interesse político. Assim no povo europeu surge cada vez mais uma consciência antissistema político, como reacção a uma política liberalista de anticultura ocidental. A classe política não tem a coragem de dizer ao povo que o que lhe interessa é a conquista camuflada, o negócio, a venda de armas legitimadoras dos seus interesses apostados nos países queridos de guerra e por isso têm a obrigação moral de receber aquele povo que procura fugir do fogo das armas e dos interesses cruzados de grupos e elites organizados de cá e de lá.  

Integração
Fala-se muito de integração, mas grande parte dos turcos que se encontram na Alemanha, há várias dezenas de anos, provam o contrário de tais esperanças. Há muitos turcos a viver na Alemanha na segunda e terceira geração convictos que se tocarem numa mulher e ela tiver a menstruação, se tornam impuros. Ainda hoje noticiou um jornal (HNA) que, um polícia muçulmano da Renânia Palatinado, foi condenado a pagar 1000 euros de multa por ter recusado o aperto de mão, por razões religiosas, a uma colega polícia (justifica religiosamente a discriminação).   E depois, os políticos perguntam-se da razão por que o AfD é cada vez mais eleito! Também aqui se organiza uma discussão pública hipócrita dos a favor e dos contra, que se contentam no combate de posições ideológicas também elas abafadoras do que realmente se passa e em vez de analisarem profundamente as questões no sentido de abolir discriminação, fortalecem com a sua posição pro e contra o status quo de injustiças cometidas para com as minorias e para com as maiorias. 

Fomento do tráfico de mulheres e de casamentos fora da Europa

O facto de haver liberdade religiosa e o Corão permitir a poligamia, (excepcionalmente permitida na Administração alemã,) a prática alemã incrementa o tráfico de noivas e os casamentos em países islâmicos! O islão permite a poligamia, mas a Alemanha, mais atenta à dignidade e aos direitos da mulher, até a bigamia proíbe para os alemães

Discriminação factual da mulher
Isto torna-se num busílis, pois o governo alemão, com a sua prática, torna-se cúmplice de ajuda à bigamia e legitima a discriminação da mulher na sociedade islâmica que não permite à mulher ter vários homens! Com a sua prática a classe política põe em causa os valores da dignidade humana transportados pela civilização judaico-cristã. Esquece que a laicidade e a secularização fazem parte integrante da cristandade, ao contrário do que acontece com o islão.

Temos assim uma sociedade de duas justiças; na mesma sociedade temos uns a quem é permitida a poligamia e outros condenados a pena de prisão se a praticarem. Casar com duas ou mais mulheres também seria um privilégio masculino que muitos másculos alemães quereriam para si. Ou será que terão de se tornar muçulmanos e casar num país onde a sharia seja reconhecida, para adquirirem tão torto direito?

Exige a o governo alemão, por uma razão de bilateralidade, que os países muçulmanos reconheçam o casamento gay de uniões de homens estrangeiros? Porque é que o direito dos países que seguem o direito muçulmano (sharia) não permite às mulheres terem também elas vários homens! Ou será que a mulher só interessa em vista da procriação e consequente expansão?

Independente da liberdade ser mais ou menos masculina, a sociedade europeia, cada vez tem mais problemas, por usar dois pesos e duas medidas. 

Encontramo-nos numa situação em que, no mesmo Estado europeu, são permitidos direitos culturais contra direitos humanos e consequentemente a desigualdade de trato do homem e da mulher perante a lei. Ou será que uma política fomentadora de homens másculos quer conseguir, através da via travessa do Islão, voltar às regalias patriarcais da antiguidade?! 

A Europa quer importar pessoas, mas estas são muçulmanas e trazem consigo costumes, mesquitas enquanto que o Estados europeus, pelo facto de não serem religiosos e menosprezaram o aspecto ético, não salvaguardam o direito do seu povo religioso poder manifestar-se igualmente em religião com direito a construcção de igrejas nos países muçulmanos.  
As perspectivas mudam-se através da maciez da classe política e da bengala do Islão!!!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

19 comentários:

Anónimo disse...


O Islão não pertence à Alemanha!
Ksenija Duhovic-Filipovic

António da Cunha Duarte Justo disse...

O Islão pertence tanto à Alemanha como o cristianismo pertence à Turquia! Infelizmente a política da Turquia pretende a monocultura muçulmana perseguindo sistematicamente o cristianismo.
Cristãos e muçulmanos deveriam ter a liberdade de exercerem a sua fé onde se encontrem. A maioria dos políticos fala de islão e de Cristianismo mas não conhece a filosofia antopológica e sociológica ( o conceito de Homem e de sociedade) que se encontra neles. Geralmente, quando abrem a boca ou entra caraptão ou sai asneira.Em vez de ajudarem o Islão a evoluir apoiando os muçulmanos que aceitaram a modernidade fomentam um islão de lenço na cabeço descriminador da mulher e apagador da individualidade!

Anónimo disse...

O Cristianismo nos países islâmicos não tem qualquer hipótese. Infelizmente, é assim. Aqui entre nós, o islão não deve influenciar as leis que fazem parte da nossa cultura. Com toda a tolerância para com os crentes muçulmanos. Devem comprometer-se a respeitar a nossa legislação e, por outras palavras, a não ter quatro mulheres, sem violência sobre as mulheres, etc.
Ksenija Duhovic-Filipovic

António da Cunha Duarte Justo disse...

Já são pelo menos 4 milhões de muçulmanos na Alemanha e os partidos querem receber os votos deles!…
Só se trata de poder; o problema é que os políticos para manter satisfeitos os muçulmanos têm de deixar a sociedade voltar, em certos aspectos, à idade média. Para que o diálogo da política com a religião seja leal teria de exigir bilateralidade no trato. Os muçulmanos para poderem construir uma mesquita na Alemanha deveriam exigir da Turquia que o Estado turco permita o mesmo para os cristãos no seu território.
A Turquia, com os seus muçulamnos podem construir as mesquitas que desejarem na Alemanha mas a Alemanha com os seus cristãos na Turquia não podem construir igrejas. A Turquia pode enviar os imams que quer para a Alemanha mas a Alemanha não pode enviar os padres que quer para a Turquia. Os estados de maioria muçulmana sabem que na Europa os políticos não são religiosos ou não defendem os interesses religiosos da sua cultura, por isso os muçulmanos aproveitam a oportunidade que lhes é dada à custa dos valores ocidentais e do povo.

Anónimo disse...

Antonio, não há dúvida de que os políticos defendem o interesse religioso, mas têm de defender os nossos valores e os nossos valores, e isso é o que eles são obrigados por constituição. Os muçulmanos podem ser humanos, mas têm de seguir a nossa legislação, e não a sharia…
Ksenija Duhovic-Filipovic

António da Cunha Duarte Justo disse...

Os estados na Europa não são religiosos e os políticos não defendem os interesses da religião. Os Muçulmanos sabem disso e por isso, muitas vezes, desprezam não só o Estado onde se encontram e aproveitam a oportunidade de se afirmarem contra os interesses do povo autóctone.
Por outro lado, os cidadãos partidários têm que defender os parceiros muçulmanos do partido. Muito do povo bonzinho, que não percebe mesmo nada da poda, e confunde direitos de organizações religiosas com direito humanos, metem-se na discussão com um humanismo fomentador de fascismos.

Anónimo disse...

Problemas talvez dificeis de resolver e compreender…Dizia-se “Em Roma sê romano” ou seja teria que se seguir as leis de Roma se estavamos lá a viver…Mas eram outros tempos!!!
Peti Freitas

António da Cunha Duarte Justo disse...

A classe dirigente não está interessada em compreender nem em fomentar o saber. O não saber ajuda o oportunismo!

Anónimo disse...

Tudo ao contrário
Alcino Francisco

António da Cunha Duarte Justo disse...

O povo em baixo e os mandarins em cima!
E quem pode manda e impõe os próprios interesses: esta é a ética de interesses entre grupos. A ética de atitude pessoal é um outro capítulo que incomoda a política de interesses grupais.

Anónimo disse...

Justo. Parece-me importante tratares este assunto como o fazes. Efetivamente todos haviam de abrir os olhos para o que está a acontecer.
Rosa De Castro Barros
FB

António da Cunha Duarte Justo disse...

Geralmente as pessoas estão, inconscientemente, interessadas em não saber as coisas até ao fundo, porque saber faz doer; muitas não querem estar informadas porque assim podem viver em paz e servir melhor o preconceito. Ver conscientemente exige responsabilidade não só para consigo mesmo mas partilhá-la com os outros.

Anónimo disse...

Trata-se de uma cedência absurda, imoral e vergonhosa das autoridades alemães (e não só, noutros países europeu a história não é muito diferente) às pretensões das – por ora – minorias muçulmanas. Uma única pergunta que se impõe: quem manda na Alemanha são os alemães ou os estrangeiros?
Francisco H. Da Silva
FB

António da Cunha Duarte Justo disse...

Quem manda na Alemanha é o Dinheiro e os interesses de quem é esperto para reconhecer que só agrupando-se se pode afirmar! O que a sociedade em geral pensa pouco tem a ver com as colunas dos interesses que a orientam; não lhes fica tempo suficiente para pensar e reflectir o que verdadeiramente acontece porque têm de viver preocupados com o ganho do pão. Quem vive dos interesses ligados apenas à economia e ao poder e não de princípios humanistas sabe disso e por isso a sociedade não se desenvolve qualitativamente e espiritualmente. Em baixo procuroapresentar algumas pistas de resposta para se compreender que os alemães não mandam na sua própria casa nem tão-pouco, os portugueses, os franceses, etc. (Tudo parece mais um jardim infantul!)

Anónimo disse...

Mas está a acontecer em toda a Europa…
Maria Dias
FB

António da Cunha Duarte Justo disse...

Toda a Europa se encontra no estado da Bela Adormecida!

António da Cunha Duarte Justo disse...

O porquê da situação?
A economia alemã depende muito do negócio com o Estrangeiro e os árabes além de fornecerem o petróleo já investiram na Alemanha e noutros países muitos bilhões de euros (Banco alemão, VW, etc. já têm uma quota-parte nas mãos deles: e o capital é quem manda!).
Na Alemanha vivem 3 milhões de turcos e grande parte deles, tal como de outros muçulmanos seguem uma política nacionalista “inteligente” de autoafirmação com uma estratégia de sustentabilidade perene que é o gueto cimentado com o Islão: Este é o melhor instrumento que serve como factor de identificação e de perpetuação.

A religião e a língua são os melhores garantes para um grupo se poder identificar e afirmar. Dado o Islão ser mais que religião uma política que vincula a pessoa inteira a todos os níveis: individual, familiar, social e politico, traz consigo, como sistema, o melhor componente para se afirmar em uma sociedade decadente como a nossa.

Na opinião das instituições muçulmanas, nós ocidentais e o cristianismo como religião não vinculada a uma só cultura, somos uma sociedade decadente, e como tal não temos futuro e, na sua lógica, não pode ser um modelo para os muçulmanos. O ocidente descorporaliza-se institucionalmente da cultura judaico-cristã, que lhe deu o ser e o atual rosto, para reduzir a sua cultura ao deus DINHEIRO com os rituais de consumo e uma religiosidade artística também em função do mesmo. Neste sentido o Islão embora limitador e ultrapassado mantem os ingredientes que levaram as culturas ao desenvolvimento e ao domínio.
Um outro aspecto que leva os políticos a serem irresponsáveis para com a sua cultura é o oportunismo baseado na circunstância dos muçulmanos como membros dos seus vários partidos, como votantes e como factores organizados economicamente. O volume de transações económicas entre os países de origem e os países onde se encontram radicado é significativo.
Por outro lado, o islão corresponde politicamente mais à cultura marxista e dado a ideologia 68 de caracter jacobino socialista ter feito a marcha em todas as instituições europeias, torna-se muito natural que a classe política europeia, favoreça o islão e o fomente de tal modo a grande parte das mesquitas se terem tornado até em órgãos nacionalistas de espionagem da Turquia na Alemanha (Ditib). Apesar disto os estados federados reconhecem a Ditib com competência para nomear professores e islão nas suas escolas! Por estas e por outras é que o gato vai às filhoses!

Anónimo disse...

Vai ser construída na Baviera mais um mesquita,apesar da grande maioria, não estar de acordo.O povo alemão está sujeito aos interesses económicos, e praticamente sómente tem direito a votar ,nada mais.Reformas miseráveis, após mais de quatro décadas de descontos, e continuação dos “Grokos Vai provocar o desaparecimento no futuro do SPD!
Manuel Adaes
FB

António da Cunha Duarte Justo disse...

Que os muçulmanos exijam que se construam mesquitas é do seu legítimo interesse. Problema é que os cristãos e outras religiões não possam fazer o mesmo que os muçulmanos fazem na europa e isto por culpa dos políticos e de todos nós que os não acordam nem desviam dos seus interesses míopes. O problema é que o islão não é uma religião como as outras e tem um elemento que o acompanha sempre através dos séculos e que é a componente activista como terrorismo. Grande parte da massa popular não tem tempo para pensar sendo como a vaca que é obrigada a olhar para o chão na procura de pão podendo levantar a cabeça de vez enquanto mugir!
Também na política de GroKo acima ou Groko abaixo não há a nível de massa uma discussão discernente. Há os contra isto e contra aquilo, mas sem grande fundamento.
Estados árabes financiam a construção de mesquitas no estrangeiro com bilhões de euros. Eles sabem porquê!