quinta-feira, 17 de outubro de 2019

RESULTADOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2019 NA DIÁSPORA PORTUGUESA E APURAMENTO NACIONAL FINAL



António Justo

Finalmente (17.10.2019) foram apurados os resultados dos votos das eleições legislativas na emigração.

O círculo eleitoral da Europa, com direito a dois deputados, elegeu um deputado para o PS (29,06%) e um para o PSD (18,77%). No círculo fora da Europa, também com direito a eleger dois deputados, foram eleitos os dois partidos: PSD com 33,39% e PS com 20,19%. A nível de votos o PAN também recebeu 4,84% dos votos, o Bloco de Esquerda 4,75%, o CDS-PP 3,36% e o PCP-PEV 2,04%

Só 158 000 emigrantes votaram (dos 1.441.344 eleitores inscritos). Houve irregularidades, mas, como se trata dos fracos emigrantes, a política não liga; eles também não!

A participação caricata de 10% dos emigrantes inscritos nas eleições, é também ela, um factor que explica e legitima, em parte, o desinteresse das organizações partidárias e dos governos no empenho pelos emigrantes. 

Os emigrantes passam a interessar apenas no sector económico e este deve ser calado porque daí poderia resultar maior inclusão de interesses!

O resultado das eleições torna-se numa situação embaraçosa para todos as partes e explica o alibi democrático e político da eleição de quatro deputados para toda a diáspora. Em tal situação também não se pode exigir mais. 
 
Ninguém dá nada a ninguém e parra exigir é preciso voz!!

RESULTADO NACIONAL

Das eleições legislativas 2019 resultaram eleitos, para a Assembleia Nacional, 108 deputados para o PS (36,34%), 79 deputados para o PSD (27,76%), 19 deputados para o Bloco de Esquerda (9,52%),12 deputados para a CDU (PCP-PEV) (6,33%), cinco deputados para o CDS-PP (4,22%), quatro deputados para o PAN (3,32%), um deputado para o Chega (1,29%), um deputado para a Iniciativa Liberal (1,29%) e um deputado para o Livre (1,09%).

A taxa de abstenção foi de 51,43% e votos em branco 2,51% e votos nulos 2,36%.
A representação democrática em Portugal revela-se assim muito fraca, dado o partido da maioria silenciosa abstencionista ser de 51,43%.

Perante tal facto os partidos terão mais razão para calar do que para regugizar!


António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=5640

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