quinta-feira, 16 de abril de 2020

A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) METEU O PÉ NA POÇA

Trump acusa a OMS de negligência e partidarismo

O presidente Trump, em tempos de campanha eleitoral, puxa dos trunfos que a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) lhe deu. O Presidente suspendeu (13.04) a verba destinada à (OMS) de que os USA são os maiores financiadores. Argumenta que vai suspender o pagamento à organização por 60 a 90 dias para durante este tempo examinar o papel da OMS no “" maltratamento e disfarce da propagação do coronavírus". 

Para Trump "uma das decisões mais perigosas e dispendiosas tomadas pela OMS foi a deliberação desastrosa de se opor às restrições de viagem da China e de outros países" que ele tinha decretado nos finais de Janeiro, ao proibir a entrada nos USA a viajantes estrangeiros que viessem da China. Para Trump, a OMS ao ter contrariado tal recomendação, tornou-se cúmplice contribuindo para que a expansão do vírus acelerasse em todo o mundo. Acusa também a OMS de não ter examinado criticamente as informações de Pequim chegando até a louvar a sua “Transparência”.

De facto, a OMS ignorou as informações iniciais de Taiwan de que o vírus se transmite de pessoa para pessoa e além disso a OMS tomou partido político pela China louvando-a pela sua “transparência” quando a China tinha encoberto, durante um mês, a gravidade do vírus. A OMS declarou, em Março, o coronavírus-19 como pandemia. Foi crassa a posição da organização da ONU revelando-se como erro político ao tomar partido pela China contra Taiwan e por se ter colocado contra o encerramento das fronteiras, ao considerar que a China era um financiador importante da organização e por ser um investidor relevante em África.

A atenção jornalística e consequentemente popular tem-se centrado no Coronavirus e nas decisões dos governos, deixando assim as querelas do negócio político de dominar a cena pública. 

Uma vez que os sistemas de saúde estejam preparados para darem resposta aos contaminados pelo vírus passar-se-á a ter, no palco da opinião pública, as lutas da economia, da política e correspondentes ideologias.

A crise actual questiona não só o capitalismo globalista como o sistema comunista chinês. Tudo já leva a crer que a discussão se retomará em termos de extremismos sejam eles capitalistas ou socialistas.

António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=5831

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