quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

MIRAGENS DO PODER GIHADISTA

 No deserto imenso, a alma se inflama,

Sob o véu do Islão, ergue-se a trama.

Política e fé, num só coração,

Unem tribos dispersas numa nação.

 

Do solo árido, a miragem brotou,

Espelho de sonhos, que a areia sulcou

E a luta do Corão em ventos sem fim,

Modela espíritos, duros assim.

 

A fé que invade, força e visão,

Confunde a aridez com a ilusão.

Mas no encontro do sagrado e do poder,

Surge um sistema que consegue vencer.

 

Na democracia forjada na crença,

Deus só une, enquanto compensa.

Longe do conforto das democracias,

Aqui, a unidade é que desafia.

 

E no contraste, o devoto se entrega,

Com feminilidade que o espírito rega.

Enquanto líderes, com força viril,

Guiarem miragens de um povo febril.

 

Assim é o Islão, deserto e clarão,

Miragem concreta, força e paixão.

Um mundo que ecoa a sua razão,

Num espelho eterno, de fé e nação.

 

António da Cunha Duarte Justo

In Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9655

Sem comentários: