França liberta-se gloriosamente do malfadado Destino
depois de 62 anos
António Justo
Os franceses encontram-se em
festa; a alegria é tanta como se tivessem ganhado o campeonato. Com esta vitória
contra a Alemanha conseguiram o fim da praga de 1958. Desde há 62 anos a França
tinha perdido sempre com a Alemanha em jogos a valer.
A equipa francesa iniciou o jogo
com tanta velocidade e destreza que nem parecia a simples força dela; por trás
dela estava a força de um povo, a força que vem dos nervos.
Parabéns à França, pelo jogo e
pelo estilo de jogo da equipa e pela capacidade de contra-ataque! Respeito à
equipa alemã pelo espectáculo que deram de bom jogo com actores, todos eles de
alta qualidade e conseguindo estar 69% do tempo em posse da bola. Algumas
questões pequenas e os fantásticos contra-ataques franceses deram grande
suspense ao jogo e determinaram o seu resultado.
Pelo que me é possível avaliar do
jogo, a equipa alemã era tecnicamente a melhor; tinha o problema de não possuir
nenhum Ronaldo que premiasse o trabalho da equipa. A tarefa, que terão levado
como trabalho de casa, será treinar melhor avançados que materializem o
trabalho em golos.
Muitíssimos dos 80 milhões de
alemães, estiveram também presentes no relvado, muitos deles a ajudar a sua
equipa com mais um copo de cerveja na mesa e mais uma salsicha demasiado
torrada. Depois da derrota foram desconsolados para a cama mas também conformados
porque conscientes de que quem perde, perde também a razão.
Típico alemão!... Na derrota, equipa
e os comentadores não se ficaram em lamúrias nem perdem tempo a lamber as
feridas. Louvam o adversário (doutro modo seriam pequenos!), louvam-se uns aos
outros e passam já a jogar na avançada, pensando já no mundial de 2018 na
Rússia e na maneira de se treinarem par o vencerem.
No próximo Domingo, espera-nos o
jogo Portugal-França! O rompante com que os franceses estão, e com o jogo em casa
não serão factores que ajudam a equipa portuguesa. Que a sorte acompanhe a
equipa Portuguesa, porque também dela depende o resultado dos jogos. Doutro
modo seria mesmo interessante se o jogo tivesse de ser prolongado para ser
decidido por penaltis!
Portugal como a França, com
tantos problemas económicos e sociais que têm bem precisam da vitória. No
momento em que os problemas crescem fora do gramado seria um investimento
psicológico, doutro modo a realidade será mais difícil de gramar. Vamos torcer
por Portugal, na esperança porém que, nesse caso, o António Costa não se
aproveite da enxurrada do entusiasmo para continuar a adiar a reputação do Portugal
económico.
António da Cunha Duarte Justo
http://antonio-justo.eu/?p=3753
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