GOLPE DE ESTADO DE ERDOGAN CONTRA A DEMOCRACIA QUE
DEMOCRATICAMENTE O APOIA
O fascismo em marcha e a política europeia em
sentido a fazer-lhe continência!
Por António Justo
A Turquia torna-se cada vez mais num país de braços no ar e de lenços na cabeça.
O presidente turco Erdogan declarou a
suspensão da Convenção Europeia dos Direitos Humanos e o Estado de Emergência
por três meses, ficando assim com direitos absolutos. (Será esta uma maneira indirecta
de poder também introduzir a pena de morte?).
Chega a ter-se a impressão que nos encontramos no início da era muçulmana!
O radicalismo muçulmano determina o sentir dos povos e a cedência de liberdades
nas chamadas sociedades livres. Ao saneamento de milhares de juízes, de
soldados, de polícias e de outros funcionários da administração segue-se o
saneamento dos agentes de ensino.
O despedimento de 1.5oo
reitores de universidade e a retirada da licença de ensino a 21.000 professores
do ensino privado é mais um acto radical eficiente para o saneamento de um
Estado que Erdogan e seus sequazes querem ainda mais uniforme. Em todos os
regimes os fascistas de direita e de esquerda procuram ter sempre o ensino sob
o seu controlo ideológico. Ciente de que a religião é o melhor garante de sustentabilidade, Erdogan
aposta sistematicamente no fomento de um islão sunita retrógrado; no tempo de
sua actuação política, já foram construídas mais 10.000 mesquitas.
Este golpista enganador trabalhou sistematicamente a longo prazo para
conduzir o país ao fascismo.
Mais preocupante ainda é o facto de ter recebido 60% dos votos dos turcos
que vivem na Alemanha e ainda o facto de muitos destes se manifestarem
violentamente na Alemanha a favor do golpista Erdogan. Quando há algum acto
terrorista, os mesmos não se manifestam. Na Alemanha vivem cera de três milhões
de turcos e de turco-descendentes. À semelhança do que acontece na Turquia,
apoiantes de Erdogan, organizaram um serviço online onde se pretende fazer o
alistamento de cúmplices e simpatizantes com a intentona para poderem ser mais
eficientemente perseguidos.
A raiva do povo contra as elites turcas, de orientação moderna, é
insaciável. Erdogan, um filho do povo, vinga-se da elite secular servindo-se do
povo. Em democracia o povo é quem determina a razão!
O presidente quer ser o novo Ataturk da Turquia mas no sentido contrário. Conseguirá atrasar eficientemente o
ponteiro da história da Turquia e irá dar que fazer à política europeia que em
breve terá de abrir as portas a muito mais refugiados: os da síria e de outros
estados muçulmanos e ainda mais curdos e outros que o Estado turco ainda
perseguirá mais.
A Turquia e o comportamento de muitos turcos na Alemanha poderia ser um
sinal para o que a Europa acorde e reflita sobre o que está a acontecer à Europa sob a acção de políticos mais
interessados em administrar a miséria e a decadência da Europa, do que em
defender os valores que a tornaram grande e exemplar para todas as sociedades.
Erdogan, embora retrógrado e ditador, procura, à sua maneira, construir uma
Turquia dominante. É um líder coerente
que aposta no poder da luta cultural e religiosa, deixando atónitos os políticos
ocidentais que, à custa da própria cultura e do povo, pensam dominar o mundo
através da economia!
António da Cunha Duarte
Justo
2 comentários:
As cópias são o grande mal que nos atormenta,A esquerda copiou da direita as falcatruas e os crimes,agora pratica-os descaradamente.Os golpistas,tamb´m gostam de copiar as safadezas de uns e outros .A Turquia é um bom exemplo dessa desordem moral…O atual sofreu um golpe,aí,copiou e ppraticou…
Gabriel Cipriano
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O Poder e a violência não são propriedade nem característica de esquerda nem de direita, desta ou daquela nação! A violência e o oportunismo estão no Homem que hora usa uma estratégia ou outra para atingir o poder! Os interesses e as pessoas mudam e mudam-se com o tempo e com a oportunidade. Por isso temos a Europa que temos, o Portugal que temos e o fascismo a instalar-se na Turquia.
Erdogan foi amigo de Gülen, que agora combate; era amigo e companheiro enquanto este lhe servia os seus objectivos mas como Erdogan ganhou força e quer agora servir-se do Islão para o impor ao Estado secular fundado por Ataturk; a sua posição relativa aos seguidores de Gülen mudou porque as perspectivas do poder são outras e por isso a luta é de morte. De facto, o líder religioso Gülen é um rival de Erdogan porque Gülen quer que o islão se comporte com a política como faz o cristianismo, isto é: defende a separação intransigente entre Estado e religião.
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