segunda-feira, 4 de novembro de 2019

ADMINISTRADORES INFIÉIS QUEREM MAIS PRIVILÉGIOS PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA



Políticos fracos em vez de se preocuparem em fazer boa política para o país, procuram assegurar a sua clientela concedendo privilégios aos funcionários do Estado. O “Público” diz que a ministra da Administração Pública quer facilitar a pré-reforma a funcionários do Estado  que não faltem ao trabalho, para deste modo impedir a falta de moral laborar em muitos empregados públicos.

 Não têm os funcionários estatais um dever especial para com o Estado?

Incentivos para o cumprimento do dever conseguidos à custa do dinheiro do contribuinte não deveria ser medida aceite, também porque prejudica a imagem de um Governo  que tende a beneficiar os trabalhadores do Estado em relação aos outros para melhor se colar ao Estado. Já não chegam as 35 horas de trabalho para o serviço público, quando no privado são quarenta?

A medida da redução das 40 para 35 horas foi partidária, antinacional e de consequências muito graves para um Estado deficitário com um PNB inferior ao PIB.

Portugal anestesiado

A política do dinheiro barato que favorece devedores e castiga poupadores, foi iniciada por Draghi (BCE) para salvar o Euro e com ele os países de fraca produtividade; impediu assim, por um lado, grandes crises político-sociais nos países do Sul , mas, por outro lado, em países como Portugal, a classe governante em vez de se aproveitar da situação do dinheiro barato e da compra de dívidas soberanas, para se dedicar responsavelmente ao desenvolvimento  económico do país e desembargar o futuro das gerações jovens, o governo, iludiu o povo com a abundância do dinheiro fortalecido e  vindo de fora, apresentando-se como grande benemérito, quando essa abundância é meramente artificial e sem o mínimo mérito; por outro lado o governo como não investe na produção vinga-se no operariado mantendo os ordenados muito baixos para poder compensar a não produtividade com o trabalho barato o único factor que favorece a competitividade portuguesa a nível de comercialização de bens a nível internacional (O outro factor é o turismo e as remessas dos emigrantes). A desinformação do público português, na sua generalidade, criou uma atmosfera de país anestesiado. Esta fraude a um operariado português desatento não foi notada por este. A irresponsabilidade governamental da Geringonça a ser continuada no novo governo de António Costa, será desmascarada em pouco tempo, porque na segunda legislatura o povo desatento começará a sentir as falhas da primeira. 

Isto até dá a impressão que trabalho é coisa estranha para os nossos governantes e os leva a serem maus administradores!

A respeito destas coisas, o  evangelhista Lucas (16:1/8) refere a parábola de Jesus em relação ao administrador infie: “ Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar dissipando os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: Que é isso que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não podes ser administrador! O administrador então reflectiu: Que farei, uma vez que meu senhor me retire a administração? Cavar? Não posso. Mendigar? Tenho vergonha… Já sei o que vou fazer para que, uma vez afastado da administração, tenha quem me receba na própria casa.
Convocou então os devedores do seu senhor um a um, e disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?  Cem barris de óleo, respondeu ele. Disse então: Toma tua conta, senta-te e escreve depressa cinquenta.  Depois, disse a outro: E tu, quanto deves? – Cem medidas de trigo, respondeu. Ele disse: Toma tua conta e escreve oitenta.
 E o senhor louvou o administrador desonesto por ter agido com prudência. Pois os filhos deste século são mais prudentes com sua geração do que os filhos da luz”.

António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=5670

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