sábado, 16 de abril de 2022

BOAS FESTAS PASCAIS

Caros leitores e amigos

 

Desejo-vos uma Páscoa feliz e abençoada.

 

 

Junto aqui mais umas palavras, para alguém que me queira acompanhar neste reflectir:

A Páscoa é considerada a festa da vitória da vida sobre a morte e da luz sobre as trevas.

É difícil celebrar a Páscoa sem parcialidade porque as sombras das guerras, especialmente na Europa e na África, turvam o nosso horizonte.

A história da paixão com Jesus crucificado (sofrimentos, humilhações, degradação e morte) está especialmente presente nas guerras.

Como no Calvário, parecem alinhar-se de um lado Jesus nos que sofrem e morrem e do outro os que julgam, sem lugar para qualquer dúvida.

Vivem-se momentos de pensar bifurcado só em categorias de bem-mal de ambos os lados e, em consequência deste modo de pensar, surge o automatismo do ataque-defesa e contra-ataque que nos conduz à lógica da victória através da guerra.  Esta lógica impede-nos de mover a pedra que se encontra sobre o sepulcro de Jesus (do povo sofredor) e retarda o surgir da luz da manhã, o início do novo dia, a época pentecostal de veracidade e da paz!

Com a descoberta do túmulo vazio pelas as mulheres surge a certeza que Jesus vivia, que o crucificado já não se encontrava no reino dos mortos. Então as mulheres revelaram aos condiscípulos que a Vida se encontrava a caminho.

Alimento a esperança que a lógica da guerra se interrompa, com a nossa Páscoa e com a Páscoa ortodoxa (este ano uma semana mais tarde que a nossa) e se inicie uma época de tréguas entre os povos. Não chega olhar apenas para as circunstâncias externas, senão desesperaríamos.

Jesus, quando pressentiu que os soldados o viriam buscar para o crucificarem, chamou a si os seus amigos para conviverem os últimos momentos com ele, não mandou vir armas!

A atitude não-violenta de Jesus é, certamente, uma provocação. Ela distingue-se da do mainstream que manda vir armas como meio de resolver situações. No entanto, um olhar mais profundo da cruz faz-nos notar que a cruz é o madeiro que todos trazem, os de cá e os de lá, independentemente dos Pilatos da História que nos procuram alinhar nas suas fileiras.

Beijinhos e um abraço de aleluia!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7343

 

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