terça-feira, 26 de abril de 2022

TAMBÉM TU MARCELO?...

Abuso na Celebração do 25 de Abril

 

Portugal já é na OTAN um dos países com a percentagem mais alta do PIB empregue nas despesas das forças armadas!

Marcelo Rebelo de Sousa, na comemoração dos 48 anos do 25 de abril, em vez de apelar para a paz social, para a liberdade, cada vez mais em perigo, revela-se, na sua principal preocupação, como propagandista da militarização.

O presidente quer que o povo português gaste mais nas forças armadas e consequentemente menos em orçamentos destinados a subir o nível de vida dos portugueses!

Oportunisticamente serve-se da onda militarista que domina a opinião pública europeia, para se alinhar ao lado de Zelensky numa política de militarização da sociedade!

Já vai sendo tempo dos nossos governos se preocuparem menos com o brilho dos seus representantes que passeiam as suas personalidades-papéis na companhia dos pares nos corredores das instituições internacionais e inverter caminho no sentido de começarem a empenhar-se sobretudo pelo bem-estar do seu povo!

A situação que atravessamos não é própria para um mero companheirismo de elites que manifestam já terem perdido o senso do equilíbrio e das proporções. O orgulho das elites já parece ser tanto que nem notam a figura que fazem como meros acólitos dos EUA ou de interesses internacionais sombrios.

O 25 de Abril deveria ser comemorado como a hora do povo e da liberdade e não como a oportunidade das casernas! Vivemos numa época em que o abuso da liberdade, do povo e dos contribuintes é já insuportável! As democracias encontram-se nos trilhos das autocracias. O povo é manipulado e para iludir a própria manipulação fala-se da reprovável manipulação que domina povos adversários!

“Também tu, Bruto?” é a pergunta que o imperador Júlio César fez ao seu amigo Marcus Junius Brutus, no momento em que este estava a esfaqueá-lo! Bruto é aqui o símbolo da traição e do oportunismo político independentemente da sua forma!

Porque precisa um país pequeno ter de se pôr em bicos de pés para se sentir bem ao pé dos grandes, que se deixam servir por ele? Não notam o ridículo que as potências notam por verem os eleitos de Portugal a tornarem-se seus serviçais à custa do povo português! O companheirismo das elites a nível internacional pode ajudar a serem conseguidas mais dívidas para os pobres que as terão de pagar!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7366

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