A Palestina, um buraco sem fundo a manter na miséria pela benevolência do ocidente, um bastião de interesses da Liga Árabe, continua sem solução. A ingenuidade europeia só pode servir o poderio árabe na região. A Liga Árabe à custa do sangue do povo contenta-se em lançar palavras ao vento numa política de adiamento dos problemas. Ela conta, a longo prazo, com a arabização de Israel através duma política de proliferação familiar. Trata-se portanto de aguentar.
Os nossos governantes para terem boa entrada nalguns meios internacionais fomentam também eles projectos sem sentido. Assim o Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento (IPAD), ofereceu um estádio de futebol, com capacidade para 6.000 espectadores, à cidade palestiniana de Al-Kahder, na Cisjordânea, no valor de dois milhões de contos.
Portugal brilha no estrangeiro, mas na província continuam a morrer pessoas sem assistência médica e outras a morrer a caminho dos hospitais por falta de transportes e meios adequados.
A politica de reforma dos serviços de Saúde tem fechado Serviços de Atendimento Permanente retirando também competências aos Bombeiros. Uma política racional tendente a centralizar os serviços pressuporia a disponibilização de helicópteros para casos urgentes além de outras alternativas.
É costume fazer-se leis desaferidas da realidade e à custa do povo necessitado. Em nome dum benefício criam-se muitos desbenefícios. É o caso da lei beneficiadora de pessoas abortivas que obriga as filas hospitalares a serem mais compridas. Os problemas com os serviços de Saúde no interior de Portugal são indesculpáveis. Um governo que se atrevesse a resolver o problema dos serviços de saúde em Portugal de forma digna merecia ficar no Poder pelo menos 16 anos!
António Justo
António da Cunha Duarte Justo
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