A sua visita alegra uns e faz levantar as vozes críticas de outros, dos mais propensos à matemática e ao direito. Estes sentem-se perturbados pelo facto de, à sua passagem, as regras de trânsito serem anuladas. Para a autoridade passar interrompe-se o trânsito, a normal corrente dos outros transeuntes, o que em democracia parece questionável além do desperdício. Esquecem que o Homem não vive só de pão.
Barroso no seu carro blindado era escoltado por mais 4 carros de Estado além de 5 polícias visíveis, 8 motas da polícia e dois carros policiais que o acompanharam nos 20 km que ligam o aeroporto a Kassel. Talvez aparato a mais para uma cidade de 200 mil habitantes e para defensores de princípios democráticos!
A pompa está prescrita pelo Protocolo da recepção de hóspedes estrangeiros e é uma coisa muito natural, alegam aqueles que já fizeram experiência de ter hóspedes em casa! Pretende-se dar boa impressão mostrando a melhor face do anfitrião. Não se pode falar de esbanjar dinheiro.
Para além de tudo isso um acto de liturgia política!... A admiração como factor estabilizador do sistema é óleo de qualidade na máquina!
A admiração não parece ter lugar numa democracia digna do nome. O tempo dos Deuses e do politeísmo já passou. Os políticos ao passear a sua importância à custa dos outros comportam-se como se fossem imperadores da China, o que não corresponde a princípios democráticos. Castas e vacas santas suportam-se na Índia. O eterno problema dos direitos especiais também na democracia…
É pena os jornais locais não terem aproveitado a ocasião para se ocuparem dos altos temas europeus.
Barroso, um português inteligente, fruto duma vontade forte e determinada!
António Justo
António da Cunha Duarte Justo
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